sábado, 5 de junho de 2010

LOROTAS BOAS...

Ontem foi os cinquenta anos do MEU AMIGO JOSÉ FILHO, funcionário do SOS UNIMED, e meu grande e especial amigo...FESTÀO no BUFETT ATHOS, não pude ir, por que estou na Barra de Cumhaú lambendo as CRIAS.mas a vontade foi grande...LHE DESEJO TODA AFELICIDADE DO MUNDO...Muitas felicidades para voce, Cícera e as tres filhas e netos.Eu preciso da sua amizade para viver...és uma parte da minha felicidade.

DR RAIMUNDO BEVENUTO,EX CONSULTOR GERAL DO ESTADO... EX CHEFE DAPROCURADORIA DO ESTADO, A filha DRA MARGARETE e o genro ROBSON.nas nossas festas Raimundo toca tamborim e afouxer.é gente do meu PEITO.



CID ARRUDA CÃMARA,VALÉRIA E THALITA MOEMA.
Carlos Penna Filho...Poeta Recifense...

Lorotas boas...


1... A Mulher dos amigos é como um muro alto...é perigoso, mas a gente trepa.

2...O pior para o político é ter que tratar URUBÚ como MEU LOURO...

3...o cúmulo da subserviência por voto...O vereador levou o doido com família,para aplicar-lhe uma injeção de benzetacil, na emergencia da cidade ...a exigência do doido: que a mãe segurasse a sua mão direita, a irmã segurasse a sua mão esquerda,, e o vereador segurasse o seu pau, para não doer...e injeção foi aplicada.

4...aos filhos:somente vocês podem me restituir as cores vivas da aurora, no ocaso da minha vida.

5...Na barra de Cunhaú, o sol, está forte bonito, o mar azul anil, e o meu coração feliz.Os bares repletos de Homens vazios....e a Vida vem em Ondas como o Mar...

6...Escutado no Camelódromo: tinha mais utilidade do que a visita de BILL CLINTON, a de MONICA LEVINSK.

7... a Sensibilidade do MODEM DA VIVO, É BEM MELHOR do que o da CLARO, aqui na BARRA De CUNHAÚ. estou blogando graças á vivo, que me emprestaram... AQUI é VIVO, TIM E CLARO, por sequencia de eficiencia...

8...de Paulo Bezerra, para análise:TRISTE DO BICHO QUE OUTRO COME.


Carlos Pena Filho
(1930 Recife/Pernambuco - 1960 Recife/Pernambuco


CHOPP
Na avenida Guararapes,
o Recife vai marchando.
O bairro de Santo Antonio,
tanto se foi transformando
que, agora, às cinco da tarde,
mais se assemelha a um festim,
nas mesas do Bar Savoy,
o refrão tem sido assim:
São trinta copos de chopp,
são trinta homens sentados,
trezentos desejos presos,
trinta mil sonhos frustrados.
Ah, mas se a gente pudesse
fazer o que tem vontade:
espiar o banho de uma,
a outra amar pela metade
e daquela que é mais linda
quebrar a rija vaidade.
Mas como a gente não pode
fazer o que tem vontade,
o jeito é mudar a vida
num diabólico festim.
Por isso no Bar Savoy,
o refrão é sempre assim:
São trinta copos de chopp,
são trinta homens sentados,
trezentos desejos presos,
trinta mil sonhos frustrados.



SONETO DO DESMANTELO AZUL

Então pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas.

Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.

E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.

E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.



SONETO

O quanto perco em luz conquisto em sombra.
E é de recusa ao sol que me sustento.
Às estrelas, prefiro o que se esconde
nos crepúsculos graves dos conventos.

Humildemente envolvo-me na sombra
que veste, à noite, os cegos monumentos
isolados nas praças esquecidas
e vazios de luz e movimento.

Não sei se entendes: em teus olhos nasce
a noite côncava e profunda, enquanto
clara manhã revive em tua face.

Daí amar teus olhos mais que o corpo
com esse escuro e amargo desespero
com que haverei de amar depois de morto.



SONETO OCO

Neste papel levanta-se um soneto,
de lembranças antigas sustentado,
pássaro de museu, bicho empalhado,
madeira apodrecida de coreto.

De tempo e tempo e tempo alimentado,
sendo em fraco metal, agora é preto.
E talvez seja apenas um soneto
de si mesmo nascido e organizado.

Mas ninguém o verá? Ninguém. Nem eu,
pois não sei como foi arquitetado
e nem me lembro quando apareceu.

Lembranças são lembranças, mesmo pobres,
olha pois este jogo de exilado
e vê se entre as lembranças te descobres.



A SOLIDÃO E SUA PORTA

a Francisco Brennand

Quando mais nada resistir que valha
a pena de viver e a dor de amar
e quando nada mais interessar,
(nem o torpor do sono que se espalha).

Quando, pelo desuso da navalha
a barba livremente caminhar
e até Deus em silêncio se afastar
deixando-te sozinho na batalha

a arquitetar na sombra a despedida
do mundo que te foi contraditório,
lembra-te que afinal te resta a vida

com tudo que é insolvente e provisório
e de que ainda tens uma saída:
entrar no acaso e amar o transitório.



SONETO DAS DEFINIÇÕES

Não falarei de coisas, mas de inventos
e de pacientes buscas no esquisito.
Em breve, chegarei à cor do grito
à música das cores e do vento.

Multiplicar-me-ei em mil cinzentos
(desta maneira, lúcido, me evito)
e a estes pés cansados de granito
saberei transformar em cata-ventos.

Daí, o meu desprezo a jogos claros
e nunca comparados ou medidos
como estes meus, ilógicos, mas raros.

Daí também, a enorme divergência
entre os dias e os jogos, divertidos
e feitos de beleza e improcedência.

2 comentários:

  1. Fico muito grato pela mensagem e desejo a voce tudo igualmente e honrado pela sua amizade. a festa foi um sucesso, senti falta da sua presença. Depois envio as fotos. Um Forte Abraço!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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