sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A POESIA DE JOÃO CABRAL DE MELO NETO: O CÃO SEM PLUMAS...

        
Foto: Cães e gatos já têm opção de medicamento até para tratar depressão. De olho em mercado em crescimento, gigantes farmacêuticos como Pfizer, Bayer e Eli Lilly criam remédio específicos para animais de estimação. Saiba mais em http://bit.ly/TQUBVR (via Economia Estadão)

Foto: Reprodução

  O CÃO SEM PLUMAS...

João Cabral de Melo Neto

A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.
O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.
Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro, 
dos peixes de água,
da brisa na água.
Sabia dos caranguejos
de lodo e ferrugem.
Sabia da lama
como de uma mucosa.
Devia saber dos povos.
Sabia seguramente
da mulher febril que habita as ostras.
Aquele rio
jamais se abre aos peixes,
ao brilho, 
à inquietação de faca 
que há nos peixes.
Jamais se abre em peixes.
Abre-se em flores
pobres e negras 
como negros.
Abre-se numa flora 
suja e mais mendiga 
como são os mendigos negros.
Abre-se em mangues
de folhas duras e crespos
como um negro.
Liso como o ventre de uma cadela fecunda, 
o rio cresce
sem nunca explodir.
Tem, o rio,
um parto fluente e invertebrado
como o de uma cadela.
E jamais o vi ferver
(como ferve
o pão que fermenta).
Em silêncio,
o rio carrega sua fecundidade pobre, 
grávido de terra negra.
Em silêncio se dá:
em capas de terra negra, em botinas ou luvas de terra negra
para o pé ou a mão
que mergulha.
Como às vezes
passa com os cães,
parecia o rio estagnar-se.
Suas águas fluíam então
mais densas e mornas;
fluíam com as ondas
densas e mornas
de uma cobra.
Ele tinha algo, então,
da estagnação de um louco.
Algo da estagnação
do hospital, da penitenciária, dos asilos,
da vida suja e abafada
(de roupa suja e abafada)
por onde se veio arrastando.
Algo da estagnação
dos palácios cariados,
comidos
de mofo e erva-de-passarinho.
Algo da estagnação
das árvores obesas
pingando os mil açucares
das salas de jantar pernambucanas,
por onde se veio arrastando.
(É nelas,
mas de costas para o rio, 
que “as grandes famílias espirituais” da cidade
chocam os ovos gordos
de sua prosa.
Na paz redonda das cozinhas,
ei-las a revolver viciosamente
seus caldeirões
de preguiça viscosa).
Seria a água daquele rio
fruta de alguma árvore?
Por que parecia aquela
uma água madura?
Por que sobre ela, sempre,
como que iam pousar moscas?
Aquele rio
saltou alegre em alguma parte?
Foi canção ou fonte
em alguma parte?
Por que então seus olhos
vinham pintados de azul
nos mapas?
(O cão sem plumas, 1949-1950)


O cão sem plumas (poema), de João Cabral de Melo Neto

O universo poético de João Cabral de Melo Neto, autor inserido no Modernismo brasileiro, é principalmente, o da zona da mata e do sertão nordestino. Sua poesia remete o leitor constantemente às cidades de Olinda e de Recife com seus casarões antigos, seus mares e rios importantes como o Beberibe e o Capibaribe, e aos canaviais da zona da mata pernambucana. Mas também remete para a vegetação escassa da caatinga e à dor do agreste brasileiro. Por isso mesmo, dois de seus livros, Pedra do sono, de 1942 e A educação pela pedra, de 1966, trazem no título a idéia de pedra, símbolo da secura sertaneja e do solo pedroso da região.

As produções iniciais de João Cabral de Melo Neto, contudo, ressentem-se de uma matéria-prima mais significativa. Apenas com este poema longo, O cão sem plumas, a linguagem depurada parece encontrar uma temática a altura: o rio Capibaribe, que corta a cidade de Recife, rio-detrito, com sua sujeira, seus detritos com a população miserável que lhe habita as margens, trágico espelho do subdesenvolvimento. O cão desemplumado, portanto, é a metáfora de Cabral para o rio Capibaribe e sua cinzenta convivência com os homens-caranguejos, que também são cães sem plumas. "Difícil é saber/ se aquele homem/ já não está/ mais aquém do homem". 

O poema foi publicado em 1950, em Barcelona, e inicia um ciclo de poemas em que o poeta explicita sua preocupação com a realidade nordestina e a denúncia da miséria. Busca, em meio uma atmosfera mineral, a vida possível. Ressalta-se na redundância, na duplicação de palavras e ritmos, o poema sugere a cadência da prosa e a monotonia das águas barrentas do Capibaribe, cão sem pêlo ou pluma, reduzido só a detritos e lama.

Anterior à peça em versos Morte e Vida Severina (escrita em 1954-55), esse cão despossuído de adornos representa um dos momentos mais altos da criação cabralina.

Poema soberbo, O Cão sem Plumas é a descrição das condições sub-humanas nas palafitas e mocambos do Recife. A dicção é dura, como convém ao tema, mas nunca resvala para o panfleto. “Só mesmo um grande artista poderia assumir ecos de um discurso social sem ser panfletário, romântico ou esteticista”, escreve o colunista Daniel Piza (Gazeta Mercantil, 18/10/1999). É um longo e hermético poema que denuncia não só o estado do rio, mas também a situação de exclusão da população ribeirinha, à margem de tudo.

O poema se constrói em duas instâncias geográficas: a da geografia física, que reflete sobre as questões regionais propriamente ditas (a descrição do rio, sua desembocadura, seus mangues e o processo de seu desaguamento no mar), e a da geografia humana, que nos faz pensar não só sobre as condições sociais e econômicas do homem que habita suas margens, mas também sobre o que faz de um homem um homem, ou seja, o poema parte de uma reflexão sobre a região e se completa com outra de caráter mais universal.

Há ainda, para a compreensão do poema, de se relevar uma oposição: a que o autor criou entre as coisas como deveriam ser e as coisas como na realidade se apresentam. Assim, ao falar da água do rio, ele sonha com a água perfeita (a água do copo, a água da chuva azul, a água que se abre aos peixes, a águaA? que teria os enfeites ou as plumas das plantas), ao mesmo tempo em que sofre ao constatar que ela não existe no rio Capibaribe, cuja água tem lodo, ferrugem e lama. Também, ao se referir ao habitante das margens do rio, o autor reflete sobre o que um homem devia ser (sonho e pluma) e se revolta diante da dificuldade de achar, naquele ser, um homem.

Outro ponto que se pode ressaltar é a pertinente análise do meio ambiente, sem isolá-lo das questões humanas - rio e homem são entidades indissociáveis no poema, tão confundidos que não é possível saber onde um começa e outro termina; a pobreza e a negritude do rio é causa da pobreza do homem negro de lama.

No poema, que se compõe de quatro momentos (Paisagem do Capibaribe, I e II; Fábula do Capibaribe, III e Discurso do Capibaribe, IV), os versos a seguir, extraídos do IV momento, ilustram com precisão o que foi dito acima.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O BRASIL DANÇA EM SEU MAR DE LAMA...




Nação

João Bosco

Dorival Caymmi falou prá Oxum
Com Silas tô em boa companhia BIS
O céu abraça a terra, deságua o rio na Bahia

Jeje minha sede é dos rios
A minha cor é o arco-íris, minha fome é tanta
Planta flor irmã da bandeira
A minha sina é verde-amarela feito a bananeira
Ouro cobre o espelho esmeralda
No berço esplêndido
A floresta em calda manjedoura d'alma
Labarágua, Sete Queda em chama
Cobra de ferro, Oxum-maré, homem e mulher na cama
Jeje tuas asas de pomba
Presas nas costas com mel e dendê agüentam por um fio
Sofrem o bafio da terra
O bombardeio de Caramuru, a sanha de Anhanguera
Jeje tua boca do lixo, escarra o sangue
De outra hemoptise no canal do mangue
O Uirapuru das cinzas chama
Rebenta a louça Oxum-maré
Dança em teu mar de lama.

POESIA...



Angústia

 
Florbela Espanca

Tortura do pensar!  Triste lamento!
Quem nos dera calar a tua voz!
Quem nos dera cá dentro, muito a sós,
Estrangular a hidra num momento!

E não se quer pensar!... e o pensamento
Sempre a morder-nos bem, dentro de nós...
Querer apagar no céu - ó sonho atroz! -
O brilho duma estrela com o vento!...

E não se apaga, não... nada se apaga!
Vem sempre rastejando como a vaga...
Vem sempre perguntando: "O que te resta?..."

Ah! não ser mais que o vago, o infinito!
Ser pedaço de gelo, ser granito,
Ser rugido de tigre na floresta!



NA BOCA DO POVÃO...










O ROSEGATE...O ESCÃNDALO DA SEMANA...


SAI O MENSALÃO. ENTRA O ROSEGATE

Ricardo Noblat
Curioso. Líderes do PT dizem não ser “adequado” ligar Lula a Rosemary Nóvoa de Noronha, indiciada na semana passada pela Polícia Federal por crime de corrupção ativa, e ameaçada de ser presa a qualquer momento.
Ora, pois. Por que não seria adequado?
Foi Lula que escolheu a moça para ser sua secretária depois de ela ter secretariado durante 12 anos o ex-ministro José Dirceu. Rosemary era reconhecidamente uma moça prendada.
Foi Lula que mais tarde nomeou a moça para a chefia do gabinete da presidência da República, em São Paulo. Ali quem desejava vê-lo tinha de passar antes pelo crivo de Rosemary, a dona da maçaneta da porta presidencial.
Foi Lula, apesar de dispor de gente habilitada para isso em Brasília, quem incumbiu Rosemary de acompanhá-lo em viagens a 24 países entre 2008 e 2009 – em média uma por mês.
Foi Lula que forçou o Senado a desrespeitar o seu próprio regimento interno para que Paulo Vieira, indicado por Rosemary, ganhasse uma das diretorias da Agência Nacional de Águas (ANA).
Foi Lula, mais uma vez acionado por Rosemary, que também empregou Rubens, irmão de Paulo, como diretor da Agência Nacional de Avião Civil.
Paulo está preso desde a semana passada, apontado pela Polícia Federal como chefe de uma quadrilha que fraudava pareceres técnicos de agências reguladoras e de órgãos federais.
Rubens também está preso por fazer parte da quadrilha, assim como outro irmão dele, o empresário Marcelo Rodrigues.
Foi Lula que interferiu junto a Dilma para que Rosemary permanecesse como chefe do gabinete da presidência, em São Paulo.
A Polícia Federal gravou 122 telefonemas trocados entre Lula e Rosemary de março do ano passado a outubro deste ano. Uma média de cinco ligações por dia. Fora e-mails passados por Rosemary com referências a Lula.
Sabe como Rosemary chamava Lula? De presidente? Não. José Dirceu chamava Lula de presidente. Antonio Palocci chamava Lula de presidente. Gilberto Carvalho, idem. Rosemary chamava Lula de “Luiz Inácio”. E ainda chama.
Quem reclamava da sua falta de cerimônia no tratamento conferido ao presidente da República, ouvia dela muitas vezes: “Tenho intimidade com ele. Trato como quero. E daí?”.
Não exagerava. Com frequência, sempre que viajava ao exterior acompanhando Lula, Rosemary se hospedava em apartamento próximo ao dele. Assim poderia atendê-lo com a presteza necessária.
Como, portanto, não seria adequado ligar Lula a Rosemary?
Não separe o que o destino uniu!
Lula deu uma de fraco, de cínico e de dissimulado ao comentar a propósito da enrascada em que Rosemary se meteu: “Eu me sinto apunhalado pelas costas”.
Que falta de originalidade!
Quando estourou o escândalo do mensalão e Lula falou em cadeia nacional de rádio e de televisão para pedir desculpas aos brasileiros, ele disse que fora traído. E acrescentou:
- Fui apunhalado pelas costas.
Sob a ótica religiosa, Lula é o São Sebastião da política nacional, flechado por todos os lados. Sob a ótica pagã, é o Tufão, personagem da novela “Avenida Brasil”, enganado pelas mulheres.
Rosemary leva vida modesta. Empregou o marido e uma filha no governo, mas não tem dinheiro para fazer face a uma eventual emergência médica, por exemplo.
Na condição de interlocutora privilegiada de Lula, recebia mimos aqui e acolá. Eram retribuições de favores que ela fazia. Nada de grande valor. E, no entanto, em pedindo tudo lhe seria dado. Quem duvida?
Ela pediu para Paulo Vieira o emprego na ANA. Mas quem pediu a Rosemary para que pedisse a Lula o emprego almejado por Paulo?
Carlos Minc, na época ministro do Meio Ambiente, sugerira a Lula o nome de uma técnica para a vaga que acabaria ocupada por Paulo. Lula desprezou a sugestão de Minc. Que no último fim de semana fez uma espantosa confissão:
- Naquela época, o nome desse cara (Paulo Vieira) já não cheirava bem.
Por que Minc não procurou Lula naquela época para adverti-lo de que o nome de Paulo cheirava mal? Por que Minc não conta agora o que sabia a respeito dele?
Por que Lula não explica seu esforço para emplacar Paulo na ANA?
Ao chegar no Senado o nome de Paulo, líderes do PMDB procuraram líderes do DEM e do PSDB e propuseram:
- Vamos derrubar a indicação?
“Eu topei porque meu negócio como líder do DEM era derrotar o governo sempre que pudesse”, relembra José Agripino Maia (RN), hoje presidente do partido. Pelo mesmo motivo, topou o líder do PSDB, Arthur Virgílio.
Na votação em plenário deu empate. No mesmo dia, ao se repetir a votação, a indicação foi derrotada pela diferença de um voto. Não poderia haver uma terceira votação, segundo a Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
Dali a quatro meses houve, sim, por insistência de Lula. O DEM e o PSDB foram pegos de surpresa. O PMDB havia sido apaziguado por ação direta dos senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL).
A sombra de José Dirceu pesa sobre a história investigada pela Polícia Federal desde o ano passado, revela a procuradora federal Suzana Fairbanks.
Em 2003, primeiro ano do primeiro governo Lula, Paulo Vieira filiou-se ao PT. No ano seguinte, teve 55 votos e não se elegeu vereador em Gavião Peixoto, cidade de menos de cinco mil habitantes a 310 quilômetros da capital paulista.
Paulo tirou a sorte grande em 2005: foi nomeado pelo então ministro chefe da Casa Civil José Dirceu para o cargo de assessor especial de controle interno do Ministério da Educação.
Rosemary sempre recorria a Dirceu para atender interesses da quadrilha comandada por Paulo, assegura a procuradora Fairbanks. Costumava citá-lo como “JD”.
Paulo usou o nome de Dirceu para tentar obter a ajuda de Cyonil da Cunha Borges, auditor do Tribunal da Contas da União e, ao fim e ao cabo, delator do esquema desmontado pela Polícia Federal.
Cyonil chegou a receber R$ 100 mil dos R$ 300 mil que Paulo lhe prometera em troca de um parecer favorável à Tecondi, empresa que opera no Porto de Santos. Dirceu prestava consultoria à empresa, de acordo com Paulo.
Como os R$ 200 mil restantes não lhe foram pagos, Cyonil bateu às portas da Polícia Federal, devolveu os R$ 100 que embolsara e entregou todo mundo.
Dirceu nega tudo.
Lula nada diz.
Rosemary jura inocência e ameaça falar caso seja presa.
Sai de cena o Escândalo do Mensalão.
Entra o Rosegate. Alguma sugestão melhor de nome?

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O SOCIOPATA...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.

          O SOCIOPATA PODE SER HOMEM OU MULHER E TER QUALQUER PREFERÊNCIA SEXUAL...

É UM INDIVÍDUO SINDRÔMICO, PARECE ATÉ QUE UM GEN PLEIOTRÓPICO DETERMINA VARIAS CARACTERÍSTICAS...

SE TRAJAM MUITO SIMPLES´...

DE PREFERÊNCIA CALÇAS JEANS,CHINELA DE RABICHO, E BOLSA TIRACOLO DE COURO CRU...

ADORAM CAVANHAQUE...

TANTO MAIS LEGÍTIMOS , QUANTO MAIS RADICAIS...


SE PROPÕEM A RESOLVER OS PROBLEMAS SOCIAIS...

SÃO LITERALMENTE DO CONTRA...

SE PROPÕEM A FAZER DIFERENTE DE TODO MUNDO...

TEM UMA TERMINOLOGIA PRÓPPRIA:


1...PRECISAMOS TRABALHAR ALGUMAS QUESTÕES...

2...MARCAM UMA REUNIÃO, CUJA CONCLUSÃO SERÁ MARCAR OUTRA REUNIÃO...

3...NO PODER SÃO EXÍMIOS NA PRÁTICA DA INCOERÊNCIA...

4...SÃO ADEPTOS DA REGRA: FAÇA O QUE EU DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO...

5...NA PRÁTICA NÃO FUNCIONAM...

6...ADMINISTRAM MAL....

7...SÃO PERSEGUIDORES...

8...SÃO FRIOS COMO LÊNIN...

9...SÃO COMO UMA ENCHENTE DE UM GRANDE RIO...PODEM ATÉ IM PRESSIONAR DE LONGE, MAS ONDE PASSAM DEIXAM UM DESASTRE.

10...SÃO DEFENSORES FERRENHOS DO ASSEMBLEÍSMO,ONDE TERMINAM IMPONDO O QUE ELES QUEREM...

11...SÃO AVES QUE VOAM EM BANDO...

12...QUEREM DERRUBAR A TODO CUSTO,QUEM DEU CERTO NUM CARGO...QUEM TRABALHA BEM...QUEM É QUERIDO...

13...REPETEM COM FREQUÊNCIA:EU, ENQUANTO GESTOR...

EU ENQUANTO,INDIVÍDUO PENSANTE...

EU,ENQUANTO CIDADÃO...

ADORAM O GERÚNDIO...QUANDO, AGORA...

NUNCA NA HISTÓRIA DESTE PAÍS...

14...O SUBSTRATO PSÍQUICO DO SOCIOPATA É O RECALQUE...

15...GOZAM QUANDO VÊEM DINHEIRO FÁCIL...

16...QUANDO PÕE A MÃO NA GRANA, SE ACABA O ESCRÚPULO, E MORRE TODA IDEOLOGIA,SÃO CÍNICOS.

NINGUÉM PODE SER PAVÃO DE ASAS VERDES E AMARELAS, SE NASCEU COM AS PENAS PRETAS DO URUBÚ...

OU, COM AS PENAS VERMELHAS DO JACÚ.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

LEMBRANDO DJALMA ARANHA MARINHO...POR LUIZ BERTO...JORNALISTA PE.



COMENTÁRIO DE BERNARDO CELESTINO PIMENTEL:

CONTAMOS COM A PRESENÇA DA DOCE LIA...

ERA ASSIM QUE DJALMA SE REFERIA NOS DISCURSO, Á MINHA MÃE...



          NASCÍ NUMA FAMÍLIA QUE IDOLATRAVA DJALMA MARINHO...

NA REALIDADE DJALMA NASCEU EM SÃO JOSÉ DE CAMPESTRE, QUE Á ÉPOCA, ERA MUNICÍPIO DE NOVA CRUZ...PORÉM SE CRIOU EM NOVA CRUZ, MORAVA NA CASA QUE  PERTENCE A COLETORIA ESTADUAL...

ERA ALI O LAR DE NESTOR MARINHO E DONA AMÉLIA, SEUS PAIS...

A MINHA MÃE FOI PASSAR UMAS FÉRIAS EM NOVA CRUZ,POIS ERA AMIGA DAS IRMÃS DE DJALMA:CLARICE,CILÍCIA, CREUSA...E FOI AÍ QUE CONHECEU UM COMERCIANTE JOVEM E PRÓSPERO, FRANCISCO BEZERRA SOUTO, O MEU PAI...

          NA SUAS FÉRIAS, DONA AMÉLIA,PERCEBENDO QUE MAMÃE SABIA COSTURAR,APROVEITAVA PARA ELA FAZER REPAROS NAS ROUPAS DE DJALMA, MILTON E NEY MARINHO...FOI UMA AMIZADE ETERNA...

          CERTA VEZ, VISITANDO NOVA CRUZ, DJALMA MARINHO,PASSOU UMA TARDE SENTADO NA CALÇADA LÁ  DE CASA,FUMANDO E CONVERSANDO, E EU CRIANÇA SÓ ESCUTANDO AS HISTÓRIAS...ELE JÁ DEPUTADO CONCEITUADO...

          SUA FRASE LAPIDAR ERA: AONDE EU VOU, CARREGO NOVA CRUZ Á TIRACOLO...

          O PADRE A QUEM O VÍDEO SE REFERE , ERA O BISPO DOM ANTÔNIO SOARES COSTA, CUJO PAI ERA UM BARBEIRO, EM LAGOA LIMPA, MUNICÍPIO DE NOVA CRUZ...

          DEPOIS, O BARBEIRO VEIO MORAR EM NATAL, E CONTINUOU FAZENDO O CABELO E BARBA DE DJALMA...

          JÁ FAZIA MEDICINA, QUANDO CONHECI SEU COSTA E DONA LULA, NA CASA DE CELESTINO PIMENTEL...ELES JÁ MORAVAM COM O FILHO BISPO...NA RUA SANTO ANTÔNIO, RESIDENCIA OFICIAL DO BISPO.


          DOM COSTA NUNCA SE CONFORMOU POR NÃO TER SIDO NOMEADO ARCEBISPO, SUBSTITUINDO DOM ALAIR...O ESCOLHIDO FOI DOM HEITOR DE ARAÚJO SALES...

          DOM COSTA TEVE UM ENFARTE FULMINANTE EM CARUARU, ONDE FALECEU, COMO O BISPO DA CIDADE...

domingo, 25 de novembro de 2012

PÃO COM QUEIJO...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.




Apareceu na escola,uma janela cujo vidro tinha sido quebrado no recreio.


O velho professor reuniu toda a classe, e ordenou que o culpado se apresentasse...fez-se um silencio sepulcral...ninguém queria se acusar...

o professor renovou a ordem, desta vez com muito mais energia e pulso...foi então que o menino mais humilde da turma, o mais franzino,criança que ninguém via,por que era quase nada, levantou a mãozinha e disse:fui eu professor....e o disse , olhando as tábuas do assoalho,com a sua tristeza habitual mais acentuada, falando de lado e olhando para O chão,afastando os colegas, e como um réu, se apresentando á punição do mestre...

.era o aluno mais comportado da turma,o mais obediente e o mais humilde.


O professor,irado deu a sentença:ficará um mês sem recreios, e fará um grande trabalho escrito,para vê se você se emenda...


A aula recomeçou no mais profundo silencio,parecia até a nave de uma igreja vazia e em ruínas, onde um círio queima,para acusar a presença do espírito...

os alunos esboçavam na face qualquer coisa DE ESPANTO E PIEDADE! E MUITO MÊDO...

SÓ SE ESCUTAVA AS BATIDAS COMPASSADAS DO PÊNDULO DO RELÓGIO DA PAREDE.


De repente,um soluço destampou no meio do silencio...era um choro...era um dos alunos...este soluço abafado despertou a atenção da classe toda...


O professor lançou os seus olhos cansados para o menino da terceira fila:levante-se Sr Lacerda...por que está chorando?

era a criança mais estabanada da sala,que já tinha cordão de ouro puro pendurado no pescoço, e já se diferenciava, por seus pais terem posses...Lacerda, ainda aos prantos revelou:fui eu professor, quem quebrou a vidraça...o mestre, vendo o depoimento, arguiu: e por que deixou o seu colega assumir a responsabilidade?

 como não houve resposta, voltou-se para o outro menino:

Sr Paulo, por que você se acusou de um ato que não cometeu?

 Paulo, o menino mais magrinho da sala, o mais bem comportado,quis se manter calado, e fingiu abotoar os botões da camisa...depois de outra insistência, falou:

Professor, eu só tomo café, e de manhã muito cedo... a minha mãe é pobre e trabalha na fábrica,não trago nada para merendar, pois o Pão lá de casa é pouco,e falta até para os meus irmãos...

a gente combinou que o pão ficaria para os meus irmão caçulas, um de três e o de quatro anos...

Na hora da merenda, o Lacerda me dá sempre um pão com queijo, dos que ele traz e sobra...um dia eu disse a ele: um dia vou retribuir esta coisa boa que você faz comigo... e o dia foi hoje,professor...

Neste instante, TODA A CLASSE DESABOU NUM CHORO em uníssono e surdo,um choro de dor que não sai no jornal...todos sofreram...afinal, a solidariedade e a gratidão aproxima todos os homens, em todas as idades...


O velho professor,visivelmente comovido,foi assaltado de súbito ,pela beleza e nobreza dos sentimentos...suspendeu a aula,suspendeu todos os castigos, e emocionadamente explicou aos alunos:

 A AULA de HOJE FOI GRANDE....

FOI SOBRE COLEGUISMO E GRATIDÃO,TIVEMOS UM EXEMPLO COMOVENTE.Hoje vocês aprenderam com a alma,o bem tocou o coração de todos vocês...podem ir, boa tarde.


O professor esperou a saída de todas as crianças...ao ficar sozinho,tirou o lenço do bolso,chorou bastante , e sentiu forte opressão no peito esquerdo,e disse a ele mesmo:

eu sou igual a todas estas criançás...só, que eu envelhecí, e há folhas no meu coração.

CORDEL...


POR ALLAN SALES.
GLOSAS SOBRE O MOTE DO POETA RAIMUNDO NONATO

Uma obra escrota e atrasada
Que parou de fazer a diferença
Pois transpor Velho Chico nos compensa
Vamos nós exigir essa parada
Nosso rio pro povo camarada
Matar sede de si, da criação
E seguir do Nordeste a redenção
Pro povão não ter mais viver no risco
Um por cento do rio São Francisco
É igual cem por cento no sertão
Um canal que precisa terminar
E levar água boa ao sertanejo
O sertão bem ferrado hoje vejo
Numa seca demais pra nos lascar
Nosso rio de vida vai salvar
Matar sede do povo de montão
Redimir nosso povo com razão
Do destino malvado tão arisco
Um por cento do rio São Francisco
É igual cem por cento no sertão
Quando a seca castiga nossa gente
Não tem como barrar tal sofrimento
O sertão fica só no desalento
É assim triste quadro deprimente
O poder quer manter por dependente
Sertanejo escravo nesse chão
O canal se não vem com solução
No futuro da gente faz confisco
Um por cento do rio São Francisco
É igual cem por cento no sertão
Ao transpor Velho Chico com canais
E levar redenção aos camponeses
Pra criar no sertão as suas reses
Redimir dos abismos colossais
Os poderes daqui são tão venais
Que só buscam o voto em eleição
E depois esquecer tal cidadão
E correr dele feito um corisco
Um por cento do rio São Francisco
É igual cem por cento no sertão

COMPARANDO...


JÁ NÃO SE FAZEM MINISTROS COMO ANTIGAMENTE…

Quando o ministro Lewandowski levantou-se da cadeira e saiu da sessão em protesto contra o relator Joaquim Barbosa, a comunidade jurídica do país pensou estar diante, novamente, de um gesto de ousadia e coragem que marcou a história da Suprema Corte e do próprio país: ao ver o STF aprovar, contra um único voto, o seu, a lei de censura prévia, o então ministro Adauto Lúcio Cardoso, numa encenação cinematográfica, levantou-se da cadeira, arrancou a toga e a jogou no meio do plenário, como o pantaneiro costuma fazer com as redes de pescar, às margens do Rio Cuiabá. E nunca mais voltou.
Mas Lewandowski não fez isso. Prevalece, portanto, ainda, na literatura jurídica do país, o vaticínio do mestre Evandro Lins e Silva, no livro-depoimento “O salão dos passos perdidos“: “A verdade, parece-me, é que a atitude do ministro Adauto Lúcio Cardoso foi única, continua única, e provavelmente nunca se repetirá”.
Lewandowski saiu, mas se esqueceu de não voltar.
* * *
Livrandowiski não joga fora nem a estrelinha do PT, que carrega no coração, quanto mais a toga de juiz, um emprego vitalício, bem pago e que lhe foi conseguido pela ex-primeira dama de Banânia, a Mudinha.
O gesto de Adauto Lúcio Cardoso, no já distante ano de 1971 e em pleno gunverno do General Médici, despindo-se da toga e renunciando ao cargo de Ministro do STF, é ato privativo de um juiz sério e decente.
Adauto Lúcio Cardoso (Dez/1904 – Jul/1974)

GATUNA...


HERANÇA MALDITA

Rosemary Nóvoa: “Concordo com Natan: Lula foi o melhor presidente desde Deodoro da Fonseca; pra mim, pelo menos…”
A chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, usava o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para fazer tráfico de influência, indicam escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal. Rosemary foi indiciada nesta sexta-feira por corrupção ativa e passiva. A investigação da PF começou há mais de um ano. Rosemary foi flagrada negociando suborno em dinheiro e favores, como uma viagem de cruzeiro (que ela depois reclamou não ser luxuoso o suficiente) e até uma cirurgia plástica. Na última conversa dela gravada antes da deflagração da operação, a ex-assistente de Lula pediu 650.000 reais pelos serviços prestados.
Segundo a investigação, o papel dela era fazer a ponte entre empresas que queriam comprar pareceres fraudulentos de órgãos do governo e as pessoas do governo que poderiam viabilizar a emissão dos documentos. Rosemary foi nomeada por Lula para esse cargo em 2005 e, desde então, esteve muito próxima ao petista. O fato de assessorar o ex-presidente fez com que ela própria se tornasse uma pessoa politicamente articulada. Assim, foi capaz de influir na nomeação de homens do alto escalão de agências do governo, como os irmãos Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), e Rubens Carlos Vieira, diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ambos presos pela PF.
Rose, como é conhecida, era presença constante nas comitivas presidenciais ao lado de Lula. Também foi assessora do ex-ministro José Dirceu por 12 anos antes de trabalhar diretamente com Lula. Em 2006, o nome de Rosemary constava de uma lista de 65 servidores que efetuaram saques a título de pagamento de despesas da Presidência da República por meio de cartões corporativos. Na época, havia registros de saques no valor de 2.100 reais no cartão dela. Deputados de oposição tentaram aprovar sua convocação para prestar esclarecimentos à CPI que investigou a farra dos cartões corporativos, mas aliados do Planalto conseguiram barrar o pedido.
A operação da PF, chamada de Porto Seguro, atingiu mais de 40 pessoas, entre elas o número dois da Advocacia-Geral da União, José Weber Holanda Alves. Na sede da AGU, foram recolhidos documentos na sala de um alto assessor do órgão. Procedimento interno de apuração foi aberto por determinação do advogado-geral Luís Inácio Adams para investigar a participação de servidores da autarquia no esquema criminoso.
Investigação – As investigações policiais levaram à desarticulação de uma quadrilha que, infiltrada em órgãos da administração pública federal, negociava a redação de pareceres técnicos fraudulentos para beneficiar interesses privados e praticava tráfico de influência.
Os investigados na operação responderão pelos crimes de formação de quadrilha, tráfico de influência, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva. As penas variam de dois a 12 anos de prisão.
Segundo o superintendente da PF de São Paulo, Roberto Ciciliati Troncon, os mandatos eram de prisão preventiva e temporária.
Além dos dois servidores da ANA e da Anac, foram presos três advogados e um empresário – todos de São Paulo. O papel dos irmãos Paulo Rodrigues Vieira e Rubens Carlos Vieira era encontrar funcionários dentro dos órgãos para produzir os laudos fraudulentos, que facilitavam processos das empresas. Já os advogados e o empresário faziam a ponte com o setor privado, oferecendo a facilitação nos procedimentos.
 
“É possível que haja funcionários de outros órgãos e localidades envolvidos, mas até agora se identificou que toda a interação da quadrilha acontecia no estado de São Paulo”, disse Troncon. Segundo o superintendente, foi investigada a atuação da quadrilha na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), no Ministério da Educação e no Tribunal de Contas da União (TCU) – além de Anac, ANA e AGU.
 
Segundo Troncon, a operação será concluída em 60 dias. A próxima fase será pedir a autorização da Justiça para o compartilhamento das provas da investigação com as corregedorias dos órgãos envolvidos para que possam aplicar suas medidas administrativas. O superintendente informou que os servidores agiam por conta própria e que não houve conivência dos órgãos, que ajudaram nas investigações.
Delação – Participaram da operação em São Paulo e Brasília 180 policiais. A quadrilha foi descoberta graças a um servidor do Tribunal de Contas da União (TCU) que foi cooptado pelo esquema com a oferta de receber 300.000 reais para produzir um laudo falso. “Ele chegou a receber a primeira parcela de 100.000 reais e fez o laudo, mas se arrependeu, devolveu o dinheiro e denunciou o esquema”, contou Troncon.

LEMBRANDO DJALMA ARANHA MARINHO...JORNALISTA LUIZ BERTO.

sábado, 24 de novembro de 2012

RECORDANDO LAURO ARRUDA CÃMARA...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.


com o bisavôp em julho de 1996




























 ESTE MÊS, ASSISTÍ  UM VÍDEO QUE FALAVA SOBRE A VIDA DE TEODORICO BEZERRA...DA FAZENDA UIRAPURU...

DURANTE A PROJEÇÃO, TIVE A GRATA SURPRESA, DE RE

VER LAURO ARRUDA CÂMARA...VÁRIAS VEZES...


ELE NO VÍDEO, BASTANTE MOÇO...

MUITO MAIS MOÇO DO QUE QUALQUER UM DOS 

SEUS FILHOS, 

HOJE...



          RECORDEI A SUA DIALÉTICA, A SUA PRESENÇA, 

O SEU SORRISO LARGO...SEMPRE 

POLÍTICO...ASTUTO...



          ME RECORDEI DE SUAS VISITAS AO NOSSO 

COMÉRCIO, EM NOVA CRUZ...SEMPRE DE PALETÓ...

PERGUNTAVA O PREÇO DO ARAME FARPADO E DO 

NITROSIN EM PÓ...

O RESTO DA MANHÃ ERA PROSA...


          IMPLICAVA QUANDO EU MUDAVA O CORTE DO 

CABELO...

EXPLICAVA: QUE A CARA DE UM  HOMEM 

DEVERIA SER SEMPRE A MESMA, NO QUE DIZ 

RESPEITO A BARBA, CABELO E BIGODE...

FAZIA 

PARTE DA SUA PERSONALIDADE...

DO SEU 

CARÁTER...

DEVERIA SER IMUTÁVELLL...

E PUXAVA PELO   

ELE, COMO DR.JOSÉ TAVARES, O GRANDE MÉDICO 

CIRURGIÃO, DO SÉCULO PASSADO...


RECORDO-ME DE ALGUMAS FRASES 

SUAS...INCONTESTES:



NÃO SOU AVE QUE VOA EM BANDO...


NÃO VIVO DE VIVAS, NEM MORRO  DE 

MORRAS...EU FALAVA, NÃO ENTENDI...

ELE EXPLICAVA:SE VOCÊ DISSER, VIVA LAURO ARRUDA, EU NÃO VOU VIVER POR ISTO...

SE MANDAR EU MORRER, EU TAMBÉM NÃO VOU MORRER POR ISTO...


IMÓVEL ?

NASCE PRA QUEM COMPRA E 

MORRE PARA QUEM VENDE...


          QUANDO NÃO GOSTAVA DE 

ALGUÉM, DIZIA QUE ERA UMA 

QUESTÃO 

DE IDIOSSINCRASIA...

          FIZ QUESTÃO DE COLOCA-LO NO MEU 

BLOG,POIS ESTE, SE DESTINA A REGISTRAR AS 

COISAS 

BOAS QUE EU CONHECÍ NA VIDA...

ESTÁ  NA HISTÓRIA, MINHA E DE NOVA CRUZ, ESTE 

HOMEM DE 1912.


     CERTA VEZ, LAURO ARRUDA FOI AO RIO, TRATAR 

DE LAURITA, A SUA FILHA...LÁ PROCUROU O DR. 

GALDINO LIMA, UM DOS GRANDES OTORRINOS DA 

ÉPOCA, QUE MORAVA NA RUA NASCIMENTO SILVA, 

NA RUA DE TOM JOBIM, IPANEMA...

               GALDINO LIMA FOI UM GRANDE OTORRINO, 

ERA PRIMO LEGÍTIMO DE MINHA MÃE,E FILHO DO 

JUIZ GALDINO LIMA, QUE POR COINCIDENCIA, 

MORREU SUBITAMENTE, ENQUANTO FAZIA UM 

CASAMENTO NO CARTÓRIO DE NOVA CRUZ:

PAROU O 

CASAMENTO E FOI AO BANHEIRO E NÃO 

VOLTOU...

FOI ENCONTRADO MORTO...

ESTE FATO FOI 

NO INÍCIO DA  PRIMEIRA METADE DO SÉCULO 

PASSADO...



CARTÓRIO DEPOIS VEIO A SER DE ALBERTO 

DELGADO, E A MORTE SE DEU NO BANHEIRO DA 

CASA VIZINHA AO CARTÓRIO, ONDE MOROU SEU 

TOSCANO,QUE ERA A CASA DO JUIZ DA COMARCA...

         

           GALDINO LIMA PERGUNTOU DE ONDE ELE ERA, 

ELE RESPONDEU:DE NOVA CRUZ...NO RN...

GALDINO DISSE:É DA TERRA DE MINHA PRIMA LIA 

PIMENTEL...

LAURO RESPONDEU:É MINHA GRANDE 

AMIGA...O MÉDICO FICOU MUITO FELIZ, E TRATOU 

LAURO E A FAMÍLIA NA PALMA 

DA MÃO...FEZ A CIRURGIA DE AMÍGDALAS, EM 

LAURITA...

NESTA ÉPOCA, MAMÃE DA UDN, E LAURO DO PSD, A 

BRIGA ERA GRANDE...


          NA VOLTA,PALMAS NA PORTA DE CASA, ERA 

LAURO ARRUDA...

MAMÃE DISSE: ENTRE LAURO, 

O QUE FOI QUE HOUVE?




 ELE CONTOU A HISTÓRIA, E 

DISSE: FUI ATENDIDO BRILHANTEMENTE POR SEU 

PRIMO, NO RIO...

DISSE-LHE QUE ÉRAMOS MUITO 

AMIGOS...

MAMÃE ACHOU GRAÇA, E FALOU: FEZ MUITO BEM, E 

ACABOU-SE A HISTÓRIA...