quarta-feira, 14 de outubro de 2020

CONHECENDO MELHOR MÁRIO QUINTANA...BERNARDO CELESTINO PIMENTEL

 Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente... e não a gente a ele!  Mario Quintana

Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente... e não a gente a ele!

Mario Quintana

Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

Mario Quintana

Há certas coisas que não haveria mesmo ocasião de as colocarmos sensatamente numa conversa - e que só num poema estão no seu lugar.

Mario Quintana

Tão bom morrer de amor! E continuar vivendo...

Mario Quintana

Mensagens de Mario Quintana sobre a vida e as pessoas

Viver e conviver não é uma tarefa fácil, segundo Mario Quintana. Mas, com um jogo de cintura aqui e uma ironia ali, o poeta traduziu de forma bem humorada e direta algumas formas de levar a vida. Vamos ver o que ele diz sobre isso 😉

A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.  Mario Quintana

A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.

Mario Quintana

A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe.

Mario Quintana

Maravilhas nunca faltaram ao mundo; o que sempre falta é a capacidade de senti-las e admirá-las.

Mario Quintana

INFÂNCIA
é quando as portas são fechadas
e abertas ao mesmo tempo,
é quando estamos metade na luz
e a outra metade na escuridão,
é quando o mundo real chama
e preferimos outro...

Mario Quintana (em Esconderijos do Tempo)

Minha vida é uma colcha de retalhos. Todos da mesma cor.

Mario Quintana

O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso.  Mario Quintana

O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso.

Mario Quintana

O POEMA ADORMECIDO
De vez em quando
Do fumo do sono
Surgem os periscópios dos ouvidos:
Parece que além, nas margens,
Estão acontecendo misérias...
(Os dinossauros mergulham, desinteressados...)

Mario Quintana

Frases e poemas de Mario Quintana sobre o tempo

O tema do tempo é também muito presente na poesia de Mario Quintana. São várias as produções literárias do autor onde aparecem relógios, a efemeridade da vida, e simbolismos diversos sobre a passagem das horas. As frases e poemas abaixo mostram bem esse viés lírico do poeta brasileiro.

O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente.  Mario Quintana

O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente.

Mario Quintana

Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.

Mario Quintana

AH, OS RELÓGIOS
(...)
Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.
(...)

Mario Quintana

O tempo é um ponto de vista. Velho é quem é um dia mais velho que a gente.

Mario Quintana

Se me esqueceres, só uma coisa, esquece-me bem devagarinho.

Mario Quintana

O DEIXADOR
Eu tenho mania de deixar tudo para depois...
Depois a contagem das cartas a responder...
Depois a arrumação das coisas...
Depois, Adalgisa... Ah,
Me lembrar mais uma vez de romper definitivamente com Adalgisa!
Depois, tanta, tanta coisa...
Depois o testamento as últimas vontades a morte.
Só porque vai sempre deixando tudo para depois
É que Deus é eterno
E o mundo incompleto
Inquieto...
Só é verdadeiramente vida a que tem um inquieto depois!

Mario Quintana

Quando duas pessoas fazem amor, não estão apenas fazendo amor. Estão dando corda ao relógio do mundo.

Mario Quintana

O MAPA
(...)
Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...

Mario Quintana

A vida é um incêndio: nela dançamos, salamandras mágicas. Que importa restarem cinzas se a chama foi bela e alta?  Mario Quintana

A vida é um incêndio: nela dançamos, salamandras mágicas. Que importa restarem cinzas se a chama foi bela e alta?

Mario Quintana

Tempo: coisa que acaba de deixar a querida leitora um pouco mais velha ao chegar ao fim desta linha.

Mario Quintana

Não faças da tua vida um rascunho. Poderás não ter tempo de passá-la a limpo.

Mario Quintana

INSCRIÇÃO PARA UM PORTÃO DE CEMITÉRIO

Na mesma pedra se encontram,
Conforme o povo traduz,
Quando se nasce - uma estrela,
Quando se morre - uma cruz.
Mas quantos que aqui repousam
Hão de emendar-nos assim:
"Ponham-me a cruz no princípio...
E a luz da estrela no fim!"

Mario Quintana

A saudade é o que faz as coisas pararem no tempo.

Mario Quintana

QUEM NÃO TEM DINHEIRO FAZ DO CÚ CANDEEIRO...BERNARDO CELESTINO PIMENTEL

                ESTA FOI MAIS UMA MÁXIMA QUE APRENDI QUANDO CRIANÇAA, COM O FILÓFOFO NOVACRUZENSE: PAULO BEZERRA...




               HOJE AO LER ESTE TEXTO, VEIO O ME A MENTE A VERDADE DE TIO PAULO E A LEMBRANÇA DA MINHA INFÃNCIA...



O Hotel Majestic colocou Mario Quintana no olho da rua.

A miséria havia chegado absoluta ao universo do poeta.
Mario está só. Encontrava o império dos homens sem sentimentos.
O porteiro joga um agasalho que tinha ficado no quarto.
“Toma, velho!”
Mario recita ao porteiro: A poesia não se entrega a quem a define.
Mario estava só.
Cadê os passarinhos?
A sarjeta aguardava o ancião.
Paulo Roberto Falcão soubera do acontecido.
Chega em frente ao hotel e observa aquela cena absurda, triste.
Estaciona e caminha até o poeta com as malas na calçada.
“Sr. Quintana, o que está acontecendo?”
Mario ergue os olhos e enxuga uma lágrima, destas que insistem em povoar os olhos dos poetas.
Quisera não fossem lágrimas, quisera eu não fosse um poeta, quisera ouvisse os conselhos de minha mãe e fosse engenheiro, médico, professor.
Ninguém vive de comer poesia.
Mario lhe explica que o dinheiro acabou.
Está desempregado, sem família, sem amigos, sem emprego.
Restaram apenas essas malas nas ruas de Porto Alegre.
Mario observa Falcão colocando suas malas dentro do carro em silencio.
E em silencio, Falcão abre a porta para Mario e o convida a sentar.
No silencio de duas almas na tarde fria de Porto Alegre o carro ruma na direção do infinito.
Falcão para o carro no Hotel Royal, desce as malas, chama o gerente e lhe diz:
“O Sr. Mario agora é meu hóspede!”
“Por quanto tempo, Sr. Falcão?”
Falcão observa o olhar tímido e surpreso do poeta e enquanto o abraça comovido, responde:
“Por toda a eternidade”.
O poeta faleceu em 1994. Esta história é linda, o Falcão na época jogava no Roma, tava fazendo fortuna, tinha comprado um Hotel 3 estrelas no Centro de P. Alegre, o Royal.
Além de hospedar gratuitamente o M. Quintana, o Falcão não permitia que fossem cobradas as refeições.
O M. Quintana tinha sido despedido do Jornal Zero Hora, estava sem emprego, sem dinheiro e doente.
Após a morte do M. Quintana, o Falcão conseguiu que o governo gaúcho comprasse o antigo Hotel Majestic, e o Falcão, junto com empresários amigos, bancou a reforma do Majestic e o transformou na Casa de Cultura Mário Quintana.
(Falcão já tinha a minha admiração como craque de futebol que ele foi e que sempre será. Agora ele tem o meu perpétuo respeito! Emmanoel Lundberg)

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

O caminho para Deus há milênios...por Bernardo Celestino Pimentel

                Sou um admirador das letras...

               O encanto permanente com a frase bonita, a eloquencia, com a palavra que fere, com a palavra que acaricia e santifica , me retirou a paixão pelo futebol e pela formula um...Sou indiferente aos esportes, onde vence a atividade física...No meu time só quem goleia é a poesia...Nunca perdí a emoção pelas coisas do espírito...isto é  meu, está no meu sangue: O mais importante é que a nossa emoção sobreviva...

               Hoje raciocinei sobre duas composições, que apesar de terem sido compostas há quase um milênio de distãncia , uma da outra,tratam do mesmo assunto:O caminho para se chegar a Deus...uma composição feita em 1200, outra composta em 1960.

               Em 1200 ,sao Francisco de assis compôs a ORAÇÃO DE SÂO FRANCISCO, em 1900, Gilberto gil compôs: SE EU QUISER FALAR COM DEUS...Apesar do linguajar diferente,das épocas de estilos diferentes, estas canções resumem a mesma orientação, possuem o mesmo sentido, representam o mesmo vetor:em módulo,sentido e direção...São duas retas paralelas  que no fundo se encontram no infinito, e trespassa o coração do justo, alimenta o espírito, engrandece a vida interior, esta que conecta o coração do homem com o Céu, com o nosso querido pai...

               No dia 4 de outubro foi o dia de são francisco, que tinha uma dedicação especial aos animais...ele faleceu em 4 de outubro de 1200...

               Hoje cheguei a me emocionar com esta história verdadeira:

               Na ITÀLIA, na região de ùmbria, onde fica Assis, a terra do Santo,na  Basílica de nossa senhora dos anjos,um casal de pombos fez seu ninho

nas mãos da imagem de São francisco...

               Isto não é somente coincidencia é uma lição divina para este mundo desumano,onde os animais estão sendo queimados com as florestas, onde se abandonam bichos de estimação no passeio público...Me emocionei...meu coração é de carne, e todo dia ele SANGRA...


Se Eu Quiser Falar Com Deus

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Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus

Oração de São Francisco de Assis

Song by Raimundo Fagner
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Senhor, fazei-me instrumento da vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz
Ó mestre, fazei que eu procure mais
Consolar que ser consolado
Compreender que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois, é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se vive
Para a vida eterna
Ó mestre, fazei que eu procure mais
Consolar que ser consolado
Compreender que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois, é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado
E é morrendo que se vive
Para a vida eterna