terça-feira, 20 de novembro de 2012

JOAQUIM MARAVILHA...


JOAQUINZÃO MARAVILHA, FAZ MAIS UM PRA GENTE VER

Neil Ferreira
Peço venia para citar ipsis litteris as palavras do Eminente Jurisconsulto  Professor Doutor Jorge Ben.
Abro aspas:
“E novamente ele chegou
com inspiração
Com muito amor, com emoção
Com explosão e gol,
Sacudindo a torcida
aos 33 minutos
Do segundo tempo
Depois de fazer uma
jogada celestial
E gol !
Tabelou, driblou Lewandowski
Deu um toque driblou o Toffoli
Só não entrou com bola e tudo
Porque teve humildade e gol!
Foi um gol de classe
Onde ele mostrou sua malícia
e sua raça
Foi um gol de anjo
Um  verdadeiro gol de placa
Que a galera agradecida
assim cantava
Joaquinzão Maravilha,
nós gostamos de você
Joaquinzão  Maravilha,
faz mais um pra gente ver.”
Fecho as aspas.
Digo eu: o Eminente Jurisconsulto Jorge Ben disse tudo o que eu gostaria de dizer e com rara sabedoria.
Joaquinzão Maravilha viu que estava sendo marcado homem a homem e nem sempre com lealdade  pelo defensor Lewandowski, jogando em linha com seus cumpanheros de time Toffoli, Weber e Cármen Lúcia.
A intenção era segurar a contenda no zero a zero para que, na prorrogação,  o ala de contenção Ayres Britto fosse retirado do jogo pela expulsória e impedido de participar da decisão final por pênaltis.
Lewandowski adentrou o gramado (adentrou, boa essa) com sua estratégia adrede desenhada pelo técnico Thomaz Bastos – fazer cera do começo ao fim na 2ª feira, quando seria a última participação de Ayres Britto;  na 4ª participaria do jogo- homenagem e daria volta olímpica por ser sua última atuação.
Mas ambos não contavam com a surpreendente capacidade de improvisação e dribles estonteantes dignos de um Pelé, do Joaquinzão Maravilha. Data maxima venia, Pelé que me desculpe, mas Negão é o Joaquinzão Maravilha.
Joaquinzão Maravilha deu uma finta espetacular ao inverter a pauta e iniciar a contenda pelo Núcleo Político, com Dirceu, Genoíno e Delúbio naquele momento à beira do xadrez, que virão a habitar.
Lewandowski se autoexpulsou “em sinal de protesto” porque não poderia ficar  horas falando  do Núcleo Financeiro. Dirceu, Genoíno, Delúbio e a Clique dos 4, Lewandowski, Toffoli, Weber e Cármen Lúcia dançaram; “é pau é pedra  é o fim do caminho”.
Lula afirma que não viu a sessão histórica que condenou seus principais  asseclas, como nada viu do Mensalão, o que me leva a oferecer a ele o endereço do meu oftalmo, um dos mais bem conceituados de São Paulo, nível Sírio-Libanês, que é o da sua preferência.
Aproveito ainda a minha boa vontade para oferecer a ele os serviços dos meus amigos da NASA, para trazê-lo de volta do mundo da Lua,  de onde afirma que “o Mensalão não existe”.
Meu notório saber jurídico me dá o direito de exigir uma Capa- Preta pra mim. Empatei com o Toffoli em sabença jurídica; decorei a sentença mais culta e bem fundamentada que ele  pronunciou: “Acompanho o Ministro Revisor”; para isso foi nomeado, sabe-se.
Dirceu O Inocente e o núcleo duro do PT–  ele mesmo, Rui Falcão, a famiglia Tatto, a Vovó Periguete Relaxa e Goza e a numerosa claque dirceusista –  insistem em afirmar que a gangue foi condenada por um Tribunal de Exceção; concordo: a exceção foi o Lula, que deveria estar lá sentadinho no banco dos réus. Lula foi o maior beneficiário pela esculhambação de costumes que foi a tentativa, em parte conseguida, da compra de um dos Três Poderes, que colocou em risco a existência do Estado Democrático e de Direito.
Do latim, decorei  os nomes dos novos suspeitos, apontados com o dedo (indigitados), com insistência pelo Douto Advogado de Defesa Doutor Lewandowski. O contumaz Bis In Idem, que aparece todas as vezes em que seus constituintes  passam a receber sentenças condenatórias; e a suspeita  Vita Ante Actum, certamente uma das garotas de vida airada da equipe de Mary Jean Corner, submersa na clandestinidade, mas em pleno uso e gozo do direito constitucional ao trabalho, legítimo e de alto valor social, como bem pode atestar Mermão Paloffi.
Chefe da numerosa e caríssima banca defensora, o Douto Defensor Doutor Lewandowski, de cara demonstrou  o ato de ofício que colocaria  em prática: gastar tempo, obstruir, atrasar, falar demais, ler votos intermináveis e repetitivos, enfim lewandowskiar o julgamento com a barriga.
Passou séculos sentado em cima da sua função de Revisor,  com os objetivos de:
(1) Impedir os votos do Ministro Peluso, que se aposentaria; conseguiu. O Ministro Peluso pouco  participou  do julgamento.
(2) Impedir que o resultado saísse antes da eleição; conseguiu em parte: as condenações ficaram conhecidas, mas não as punições.
(3) Na fase das punições, fez de tudo para atrasar  os trabalhos, caiu no campo, chamou a maca, demorou uma eternidade para bater os tiros de meta, levava horas pra cobrar um lateral, com a intenção de impedir, pela aposentadoria, que o Ministro Ayres Britto votasse as penas a serem impostas. Quase conseguiu.
Aos 33 minutos do segundo tempo, Joaquinzão Maravilha fez  a jogada celestial e gol! Você sabe o resto e vibrou comigo.
Cana Neles !

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