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Um poema de Edmilson Garcia
FILHO DO DONO
Sou herdeiro de Deus por regalia
Sou menino chamado de senhor
O aluno que honra o professor
Sou viola com o nome de poesia
Sou a festa repleta de alegria
Sou a chuva que molha a natureza
Sou o mundo encantado da princesa
Sou o alvo dos olhos da bondade
O remédio que cura a saudade
De alguém carregado de tristeza.
Me aproximo bastante do que é certo
Cem por cento eu não sou, e ninguém é.
Sou normal pecador, mas tenho fé
Sei que da perfeição nem chego perto
Mas das garras do mal estou liberto
Pois a vida me deu esse legado
De ser filho de Deus, abençoado.
Sou miragem avistada pelo mundo
Todo o tempo que há em cada segundo
Pelo meu Criador eu sou lembrado.
Sou o jeito correto de agir
Nos momentos difíceis desta vida
O consolo que há na despedida
Pra alguém quando outro vai partir
Sou o ânimo pra quem quer desistir
E que acha que tudo se acabou
Sou o sim que a noiva esperou
Pra ouvir de seu noivo bem risonho
Sou a parte mais bela de um sonho
Que ninguém até hoje decifrou.
Sou o vento que sopra e alivia
O cansaço de quem sente calor
Sou o dom que Deus deu ao cantador
Sou a rima que existe na poesia
Sou a nota melhor da melodia
Um acorde no som da humanidade
Defensor e adepto da verdade
Nos caminhos da vida eu vou seguindo
Acertando, errando e assumindo.
Sou um ente que vive sem maldade.
Sou a caça que fugiu do caçador
Sou a noite que nunca escureceu
Um bebê que ainda não nasceu
Sou o filho ausente que voltou
Sou um neto, sou pai, sou um avô.
Companhia pra quem perdeu o sono
O amparo a quem está no abandono
Sou a vida inteira num segundo
Com certeza não sou dono do mundo
Mas garanto que sou filho do dono.
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