A liberação das obras do Metrô em SP e a inútil patrulha petralha
Antigamente, a palavra de ordem dos petralhas era esta: “Todos são corruptos, menos nós”. Foi assim que Lula se criou. De 2003 para cá, eles mudaram um pouquinho — ou muito: “Os tucanos também são corruptos, não somos apenas nós”. Eles têm uma verdadeira sede de provar que todos são iguais já que não conseguem mais manter o discurso de que eles são diferentes. É uma doença moral incurável.
Por que escrevo isso? Porque a petralha fica me enchendo: “Não vai falar do Metrô? Não vai falar do Metrô?” Ué, mas eu já falei. Está aqui. E não! Não foi desta vez que os petralhas leram aqui: “Ah, todo mundo é igual”. Eu li o material disponível sobre a licitação, e acho que o Ministério Público está errado e que a primeira decisão da Justiça foi inteiramente equivocada.
Quem disse que decisão judicial não se discute? Na democracia, discute-se, sim! Ela precisa é ser cumprida (isso é outra história), não é, invasores da USP? Não é, Vladimir Safatle? O Tribunal de Justiça de São Paulo liberou as obras, mas manteve o afastamento do presidente do Metrô.
NINGUÉM ME PATRULHA, NÃO, UÉ! Ninguém me obriga a escrever aquilo que não acho que tem de ser escrito. Tenho dúvidas também sobre o procedimento jornalístico adotado para “provar” que a licitação foi direcionada. Evidencio no texto para o qual remete o link acima que, por aquele método, dá para antecipar 100% dos resultados.
Se, no curso dos fatos, eu for convencido de que há evidências de sacanagem, então digo. “Ah, mas você não escreverá nada contra os tucanos…” Não??? Perguntem ao secretário de Educação de São Paulo, por exemplo, que teve a infeliz idéia de flertar com a redução de aulas de língua portuguesa e matemática no ensino médio se escrevo ou não. Já se abandonou essa tolice. Os petralhas precisam se convencer de uma coisa: quando gosto, digo “sim”; quando não, “não”. É um método bem simples e claro. Pouco me importa se a proposta tem bico ou caninos de hiena.
Leiam abaixo o que informa o Estadão: O presidente do Tribunal de Justiça, José Roberto Bedran, decidiu na segunda-feira, 21, suspender a liminar que exigia a paralisação das obras da Linha 5-Lilás do Metrô. Bedran, porém, manteve o pedido de afastamento de Sérgio Henrique Passos Avelleda, presidente do Metrô. A liminar havia sido concedida pela juíza Simone Casoretti, que acatou pedido do Ministério Público Estadual para suspensão da obra por suspeita de fraude. Segundo a decisão de Bedran, além do provável prejuízo financeiro do Estado, o cancelamento dos contratos atuais, a preparação de nova licitação e uma outra contratação de obras levaria à impossibilidade de prever os prazos de conclusão da obra.
“De acordo com o estudo elaborado pela Gerência de Planejamento da Cia. do Metrô, o atraso na conclusão da obra implicará prejuízo mensal da ordem de mais de R$ 85 milhões, ao passo que, com a operação da linha, os ganhos aos cofres públicos podem superar a cifra de R$ 1 bilhão por mês, sem contar os ganhos sociais e de mobilidade”, afirmou Bedran no processo.
Denúncia Segundo a ação do Ministério Público Estadual (MPE), um laudo aponta um suposto prejuízo de R$ 327 milhões para o Metrô causado pelo modelo de edital da licitação da Linha 5. A suposta distorção ocorreu porque o edital previa que as empresas só podiam vencer um dos oito lotes em disputa. Isso significa que o ganhador do lote 1, por exemplo, não teria as propostas para os demais trechos abertas. Assim, mesmo que oferecesse uma proposta mais barata, estaria desclassificada porque a autora havia ganhado o trecho anterior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário