domingo, 27 de novembro de 2011

AS CONDIÇÕES BÁSICAS PARA SER POLÍTICO...JORNALISTA LUIZ BERTO.

Inconformado com as críticas que recebeu por permitir que Roseana Sarney estatizasse a fundação que leva seu nome, José Sarney tratou de responder aos adversários em parábolas, num texto sobre “a burrice na política” publicado pela imprensa maranhense e no seu novo blog.

Depois de divagar sobre diferentes temas e ressaltar que sua melhor qualidade é a “paciência”, Sarney registra o seguinte trecho:

– É assistir o injusto debate de alguns idiotas sobre uma das maiores obras de amor e benemerência ao Maranhão que eu fiz: doar ao povo do Maranhão um patrimônio, como o que outros presidentes venderam, do meu valioso arquivo de mais de um milhão de documentos, 3.000 peças de museu de obras de arte e uma biblioteca de mais de 30.000 livros, muitos raríssimos, que acumulei ao longo de minha vida. E o fiz grandeza, amor e desprendimento.

* * *

Traduzindo: o povo do Maranhão tem que ser grato pelo “amor e benemerência” que Zé prestou a sua terra de nascença, ao “doar” seu patrimônio pra ser zelado com verbas públicas…

Passei mais de três décadas trabalhando com políticos e conheço essa fauna de perto e a fundo. Desde parlamentares federais até gente que botou a bunda na cadeira presidencial, passando por ministros de estado e aspones do primeiro escalão.

Dia desses a Papisa me perguntou quais as qualidades básicas pra ser um político. E eu respondi de imediato: “Cara-de-pau a toda prova e a ausência total do medo de ser ridículo”. E isto vale pra políticos de todas e quaisquer tendências.

Toda vez que Sarney se manifesta eu tenho a satisfação interior de ver minhas palavras confirmadas. Toda vez que Lula dá uma declaração, eu reforço minha convicção. Sempre que ACM Neto é entrevistado, eu tenho mais certeza que estou com a razão.

Assim como cada vez que um ministro de Dilma ou um figurão encarnado tenta justificar gatunagens e negar a corrupção no gunverno “esquerdista” nacional, eu fico de consciência tranquila por constatar que não estou sendo injusto ou exagerado quando baixo o cacete no lombo desse bando.

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