sábado, 4 de fevereiro de 2012

RECEITA PARA SE VIVER BEM...DO GARIMPO INTELECTUAL DO DR. EÍLSON GURGEL.

RECEITA DA JUVENTUDE pelo Dr. DR. MEHMET OZ


Caros amigos,


O elixir da juventude eterna é uma busca antiga do ser humano. Ele não
existe !!! No entanto com medidas simples, conforme as sugeridas
abaixo, podemos diminuir a velocidade do envelhecimento e viver a 3a
idade de forma mais saudável.



ENTREVISTA DA VEJA COM CIRURGIÃO CARDÍACO
TURCO e CIDADÃO AMERICANO DR. MEHMET OZ - São Paulo

A especialidade do cirurgião cardíaco turco e cidadão americano Mehmet
Oz, de 47 anos, é retardar ao máximo os efeitos da idade em seus
pacientes. Diretor do Programa de Medicina Integrada da Universidade
Columbia, em Nova York , ele é consultor da famosa clínica
antienvelhecimento do médico Michael Roizen, criador do conceito de
que é possível manter o organismo mais jovem do que aponta a idade
cronológica. Oz e Roizen também assinam a quatro mãos uma série de
livros de sucesso que ensinam como manter um estilo de vida que adia a
velhice. O mais recente deles, "You Staying Young" (Você Sempre
Jovem), lançado há um mês nos Estados Unidos, já vendeu meio milhão de
exemplares. Nos últimos quatro anos, Oz se tornou uma celebridade ao
participar de um quadro fixo no programa de TV da apresentadora Oprah
Winfrey. Ele também apresenta documentários no Discovery Channel. Nos
dois casos, dá dicas aos telespectadores sobre como viver mais com boa
saúde. Esse é justamente o tema da entrevista que ele deu à VEJA.

BREVE BIOGRAFIA DO DR.OZ
Dr.Mehmet Oz nasceu em Cleveland , Ohio (EUA), de pais turcos. Ele é
casado e pai de quatro filhos. Ele se formou na Harvard Univesity em
1982, depois fez mestrado e MBA na Universidade de Pennsylvania.

Ele é autor de mais de 350 publicações e vários livros. Em maio de
2005 estava na lista do New York Times Bestseller.


ENTREVISTA DA VEJA

Veja - Existe uma fórmula para se manter jovem por mais tempo?
Oz - Sim.Há catorze agentes principais envolvidos no envelhecimento.
Sete retardam o processo, como os antioxidantes, e sete nos
enfraquecem, como a atrofia muscular. É preciso manter esses agentes
sob controle. O primeiro passo para alcançar esse objetivo é pensar
não na possibilidade de ficar doente, mas na necessidade de manter o
organismo saudável. Deve-se tirar o foco da prevenção dos males e
direcioná-lo para a preservação da saúde. Se ninguém mais morresse de
câncer e de doenças cardiovasculares, a expectativa de vida média do
ser humano subiria apenas nove anos. Isso mostra que, para aumentar
consideravelmente a expectativa de vida, não basta evitar doenças. É
preciso cuidar do corpo para que ele não enfraqueça. Quando uma pessoa
envelhece, doenças potencialmente fatais, como o câncer e o infarto,
não aparecem de imediato. Antes que elas se instalem, o corpo torna-se
mais frágil e vulnerável.

Veja - O que fazer para evitar que o corpo se torne frágil e vulnerável?
Oz - Meu novo livro, "You Staying Young" (Você Sempre Jovem, ainda sem
previsão de lançamento no Brasil),trata exatamente desse tema.




Os exercícios físicos são uma ferramenta essencial. Eles combatem o
primeiro sinal do envelhecimento, que é a perda de força muscular.
Outros recursos importantes são alimentar-se bem e meditar. Uma boa
recomendação é a prática do tai chi chuan, exercício oriental que
combina equilíbrio, coordenação motora e também meditação. Se todos
adotassem essas medidas, a vida média da população poderia subir para
110 anos. Quanto à alimentação, não podem faltar nutrientes como o
resveratrol da uva e o licopeno do tomate, que são poderosos
antioxidantes. O principal, mas também o mais difícil, é controlar a
quantidade dos alimentos. De qualquer forma, todo mundo deve comer um
pouco menos do que tem vontade.

Veja - Fazer várias pequenas refeições por dia, como recomendam alguns
médicos, faz bem para a saúde?
Oz - Deve-se comer de três em três horas. Se o intervalo é maior, a
taxa de hormônio grelina, que estimula a fome, começa a subir. O
problema é que, após uma refeição, ainda demora trinta minutos para
que a taxa desse hormônio volte a baixar. Em conseqüência disso,
acaba-se comendo mais do que se deveria. O mais importante, além de
comer alguma coisa a cada três horas, é trocar as refeições grandes
por pequenas, intercaladas por lanchinhos. Esse conceito não foi
criado por mim. É o que mostram as pesquisas científicas.

Veja - O que o senhor considera refeições grandes e pequenas?
Oz - Uma refeição grande ultrapassa 1.000 calorias. Uma pequena tem,
no máximo, 500. Quem consome por volta de 2 000 calorias diárias pode
fazer duas refeições de 300 calorias cada uma e outra maior, de até
800. Os lanchinhos podem ter até 250 calorias.

Veja - O que deve ficar de fora do cardápio?
Oz - Existe uma regrinha fácil de ser usada, a regra dos cinco. Para
isso, é preciso examinar o rótulo dos alimentos. Cinco ingredientes
não podem estar entre os primeiros listados no rótulo. São eles:
gorduras saturadas, gorduras trans, açúcar simples, açúcar invertido e
farinha de trigo enriquecida. Dois desses nutrientes são gorduras,
dois são açúcares. Os dois tipos de gordura podem estimular processos
inflamatórios no fígado que forçam a produção de substâncias
deletérias, como o colesterol. Também fazem com que o fígado fique
menos sensível à insulina, aumentando o risco de diabetes. Os açúcares
listados fazem mal por estimular a produção de insulina, o que aumenta
o depósito de gordura corporal. O pior é que esses cinco itens são os
mais comuns nas dietas atuais.

Veja - O cardápio básico do brasileiro, composto de arroz, feijão,
carne e salada, é saudável?
Oz - A princípio, sim.Esse cardápio contém exatamente os nutrientes
para os quais a digestão humana está preparada. Mas os brasileiros
comem carnes muito gordas, o que é errado. Antigamente, no mundo
inteiro, quando os métodos de criação do gado eram mais simples, a
porcentagem de gordura dos melhores cortes da carne bovina era, em
média, de 4%. Hoje é de 30%. Outro problema dos hábitos alimentares do
brasileiro é que ele come arroz em excesso, o que não traz nenhum
benefício. Melhor seria adotar o arroz integral. Os alimentos
integrais têm mais fibras, o que os mantém mais tempo no intestino e
diminui a absorção de açúcar pelo organismo. Uma vantagem dos
brasileiros é ter à disposição enorme variedade de frutas e vegetais
maravilhosos, por preço razoável.

Veja - Os hábitos que o senhor propõe para prolongar a vida são
relativamente simples, mas exigem controle estrito sobre as atividades
do dia-a-dia. Como exercer esse




controle?
Oz - A palavra-chave é automatizar.Ou seja, fazer desses hábitos uma
rotina, sem precisar pensar muito neles. Acordar, escovar os dentes e
passar o fio dental, para reduzir a quantidade de bactérias
prejudiciais à saúde. Beber muito líquido ao longo do dia,
principalmente água e chá verde. Dormir ao menos sete horas por noite.
Durante o sono se produz o hormônio do crescimento, essencial mesmo
para quem já é adulto, pois prolonga a juventude. Caminhar meia hora
por dia e praticar exercícios que façam suar três vezes por semana.
Meditar cinco minutos diariamente, o que pode estar embutido na
prática de ioga ou tai chi chuan. Evitar alimentos que estejam na
regra dos cinco, que mencionei anteriormente. Uma última coisa:
estreitar o relacionamento com as pessoas próximas e abster-se de
julgá-las. Em vez de julgar os outros, é melhor tomar conta de si
próprio.

Veja - Abster-se de julgar os outros ajuda a manter a juventude?
Oz - Sim, da mesma forma que resolver situações de conflito. O
conflito não traz nada de positivo. É apenas desgastante. Costumo
recomendar a meus pacientes que procurem as pessoas com quem mantêm
uma relação de animosidade e tentem resolver o impasse. Essa é uma
atitude para o bem-estar próprio. Não há nada de altruísta nela. É uma
atitude egoísta.

Veja - O que o senhor acha das dietas para emagrecer que surgem e
viram moda a cada seis meses?
Oz - Essas dietas fazem sucesso, mas são péssimas para a saúde. A
alimentação não deve ser encarada como uma maratona para a perda de
peso. Uma dieta que tenha como chamariz o emagrecimento rápido não é
confiável. Comer menos do que o corpo necessita é uma agressão à
fisiologia. Ou seja, aos processos químicos que fazem o organismo
funcionar. Quando a fisiologia é desprezada, os resultados das dietas
são transitórios.

Veja - Por que o senhor recomenda cuidados com o jantar?
Oz - Na verdade, há uma única regra a observar: deve-se jantar pelo
menos três horas antes de dormir. Deitar logo após a refeição facilita
o acúmulo de gordura, principalmente na cintura. Além disso, comer
muito tarde prejudica o sono.

Veja - O senhor recomenda beber muita água durante o dia. Quanto se
deve beber exatamente?
Oz - Deve-se beber uma quantidade suficiente para que a urina esteja
sempre clara. Isso varia de um dia para o outro. Em dias quentes,
sua-se muito e, por isso, é preciso beber mais água. Para quem não
abre mão da cafeína, sugiro chá verde. Em lugar de quatro cafezinhos
por dia, beba quatro copos de chá verde. Essa bebida concentra muitos
antioxidantes e nutrientes bons para a saúde.

Veja - Muitos ambientalistas condenam o consumo de água engarrafada.
Do ponto de
vista da saúde, ela é melhor que a água da torneira?
Oz - Eu acho um erro beber água engarrafada.Há dois problemas
principais com ela. O primeiro é que, se a garrafa plástica não for
reciclada, pode contaminar os mares e os rios. Isso prejudica o meio
ambiente e, indiretamente, a saúde. O plástico das embalagens vai
parar nos peixes que comemos. O resultado é que 97% das pessoas
apresentam resíduos de plástico no organismo, o que interfere no
sistema hormonal. Esses resíduos estimulam os receptores de
estrogênio, o hormônio feminino. Em excesso, o estrogênio pode causar
câncer e outros problemas. As toxinas contidas no plástico também
aceleram o envelhecimento. O segundo problema é que, como a água
engarrafada não apresenta vantagens com relação à água da torneira,
trata-se de um desperdício de dinheiro.

Veja - O senhor recomenda exercícios físicos que provoquem suor.
Exercícios leves são inúteis?
Oz - Essas recomendações visam à saúde cardiovascular. Para essa
finalidade, apenas os exercícios moderados ou intensos, que fazem
suar, apresentam benefícios. Mas os exercícios suaves e de baixo
impacto têm valor. Mesmo a caminhada movimenta grandes músculos, como
os das coxas e dos quadris, que consomem muita energia. Como o gasto
calórico muscular é maior durante o exercício, a queima de calorias
aumenta.

Veja - Os suplementos vitamínicos são criticados em muitos estudos
científicos. O que o senhor acha deles?
Oz - Eles são eficazes, mas prometem mais do que cumprem. Na verdade,
os médicos saem da faculdade sem conhecimentos suficientes sobre os
suplementos e são forçados a tirar suas próprias conclusões. De modo
geral, uma suplementação só é necessária quando as vitaminas não são
obtidas naturalmente com a alimentação. Por outro lado, acredito que
determinadas vitaminas podem melhorar a qualidade de vida e a
longevidade. Entre elas estão as vitaminas A, B, C, D e E, além de
cálcio, magnésio, selênio e zinco. A vitamina D é importantíssima,
pois previne câncer e osteoporose. Principalmente nos países mais
frios, onde a exposição solar é restrita, os suplementos são essenciais.

Veja - Além dos procedimentos já descritos nesta entrevista, o que
mais o senhor faz para adiar o envelhecimento?
Oz - Minha receita principal de juventude é brincar com meus filhos.
Também procuro descobrir coisas novas todos os dias. Aprendo ao
conversar com os outros e, apesar de ser muito assediado para
responder a perguntas, por causa de minha atuação na TV, prefiro
perguntar, saber como é a vida das pessoas, como elas trabalham. Isso
faz minha mente exercitar-se.

Veja - Nos últimos anos, o aperfeiçoamento do tratamento clínico fez
cair o número de cirurgias cardíacas. Essa é uma tendência em outras
especialidades médicas além da cardiologia?
Oz - Sem dúvida.Os recursos clínicos tornaram-se mais eficazes tanto
para a prevenção de doenças quanto para seu tratamento. Por isso,
assim como na cardiologia, a cirurgia deixou de ser a primeira opção
em outras áreas. Há poucos anos, quando o paciente machucava o joelho,
ia direto para a sala de operação. Agora, ele vai para a sala de
fisioterapia. Essa tendência também é evidente nos casos de
diverticulite, uma inflamação do intestino, que passou a ser tratada
com o consumo de fibras. O mesmo acontece com pacientes que apresentam
doença arterial obstrutiva periférica. Antes eles iam para a faca.
Agora, recebem como orientação deixar de fumar e caminhar. Mesmo que
sintam dor num primeiro momento, essa é uma maneira de estimular o
crescimento de novos vasos sanguíneos para substituir os danificados.

Veja - O senhor já esteve no Brasil. Como foi sua experiência no país?
Oz - Visitei o Brasil há muitos anos, quando ainda era estudante de
medicina.Fui ao Rio de Janeiro e conheci o doutor Ivo Pitanguy. Também
fiquei deslumbrado com as frutas brasileiras e com as lojas de sucos.
Elas misturam frutas e outros vegetais, uma combinação pouco
convencional. Conheci o açaí, que até hoje está no meu cardápio.
Compro açaí em Nova York mesmo. É um dos alimentos com maior
concentração de antioxidantes. Planejo voltar ao Brasil em meados do
ano que vem para gravar um programa. Quero muito ir à Amazônia e
conhecer as plantas medicinais da região.



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