ONTEM, HOJE E AMANHÃ...
Ontem. Lula governou como neo conservador. Assumiu a política econômica ortodoxa que lhe garantiu paz política. Pra desenvolver o projeto social do bolsa família.
No final da gestão, já sentindo efeito da fadiga da perícia, compensou a esquerda com abraços em Fidel, Ahmadnejah e Chavez. Governo bifronte.
Ele pôde efetivar o dualismo político porque alcançou píncaros de popularidade. E não subscreveu combate à corrupção. Que lhe tiraria parcela de apoio parlamentar. Omissão conveniente.
Hoje. O que pode fazer Dilma no cenário pós Lula ?
Pouco. E muito. Depende da perspectiva.
Na economia, ela praticou a ousadia de baixar os juros antecipando-se à crise européia. Tá dando certo. Anotem aí: vai registrar juro histórico de um dígito no fim do ano. E inovar em política monetária. Ajudando a política fiscal. Porque com juro menor a economia avança. O custo da divida pública diminui. O superávit fiscal fica mais viável.
No social, vai aprofundar o modelo Lula. Tome bolsa família. Pra garantir respaldo popular e assegurar a reeleição. E tentar a execução do Minha Casa, Minha Vida. Difícil porque casa precisa de terreno. E nas cidades a especulação fundiária pode inviabilizar projetos habitacionais.
Na política, tá o nó. Porque ela não apadrinha corrupção. Não é complacente com o jogo político barato. Mas, não tem a liderança política do seu inventor. Pra bancar apostas altas. Como a de reformas. Ou confrontar seu Partido em questões como a de Cuba. Então, vai andar em baixa velocidade. Na base de movimentos táticos. No espaço estreito em que foi colocada.
Amanhã. Mesmo com o PIB crescendo a 3%, 4%, se o nível de emprego ajudar e ela se reeleger em 2014, Dilma pode construir outro esquema de poder. Menos flácido partidariamente. E menos dependente que o atual. Com fronteiras mais nítidas e lealdades mais claras. E com a sombra do criador diminuída.
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