ANNA LIMA (1882-1918)
Anna Lima nasceu na cidade do Assu-RN, a 16 de maio de 1882, filha de Galdino Apolônio dos Santos Lima e Ana Souto Lima. Após a morte do pai da poeta, em 1899, a sua família se transferiu para Natal. Publicou, aos dezenove anos, o livro de poemas Verbenas (1901). Aos vinte e quatro anos, Ana Lima Pimentel se casou (em 22/12/1906) com o professor Celestino Pimentel, com quem teve seis filhos. Segundo Constância Lima Duarte e Diva Cunha:
Ana Lima, ou Ana de Lima, como também costumava assinar, colaborou em diversos jornais e revistas do Norte e Nordeste, como A República (1903), O Lyrio (Recife, 1903), Almanach Literário de Histórico do Município de Assu (1904), entre outros, utilizando muitas vezes o pseudônimo de “Sinhá”.
Aos trinta e seis anos, grávida do sétimo filho, a poetisa sofre uma queda que provocou a morte imediata de seu filho e, semanas mais tarde, a sua própria, em 18 de janeiro de 1918.
Segundo informações de conterrâneos e parentes, Ana Lima teria deixado um segundo livro com o título de “Natalinas”, que lamentavelmente desapareceu antes de ser impresso, e muitos poemas esparsos.Anna Lima era irmà de Dr. Luiz Antonio Ferreira dos Santos Lima, do Dr. Nestor lima, de Dr. Galdino Lima.
Homenagem:
LUZ E SOMBRA
Auta de Souza
(Versos escritos três dias antes da morte da autora)
À poetisa Anna Lima
Vamos seguindo pela mesma estrada,
Em busca das paragens da ilusão;
A alma tranquila para o Céu voltada,
Suspensa a lira sobe o coração.
Ris e eu soluço… (Loucas peregrinas!)
E em toda parte, enfim, onde passamos,
Deixo chorando os olhos das meninas,
Deixas cantando os pássaros nos ramos.
Porque elas amam tua voz canora,
Ó delicado sabiá da mata!
E eu lembro triste a juriti que chora
E a voz dorida em lágrimas desata.
Gostam de ver-te o rosto de criança
Limpo das névoas de um martírio vago,
O lábio em riso, desmanchada a trança,
No olhar sereno a candidez do lago.
Até perguntam quando sobre a areia
Em que tu pisas vão nascendo rosas:
“Bela criança, tímida sereia,
Irmã dos sonhos das manhãs radiosas,
Por que trilhando a terra dos caminhos,
Onde o teu passo faz brotar mil flores,
Esta velhinha vai deixando espinhos
E um longo rastro de saudade e dores?
Não lhes respondas… Pela mesma estrada
Sigamos sempre em busca da Ilusão;
A alma tranquila, para o céu voltada,
Suspensa a lira sobre o coração.
Vamos; desprende a doce voz canora,
Que ela afugenta da tristeza o açoite;
E, enquanto elevas o teu hino à aurora,
Eu vou rezando as orações da noite…
Poemas
Sr, existe alguma relação entre sua avó, a poetisa Anna Lima, e o local onde hoje é o Instituto Histórico e Geográfico?
ResponderExcluirO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO FOI FUNDADO POR NESTOR DOS SANTOS LIMA, IRMÃO DA POETISA ANA LIMA...ANA LIMA , MINHA AVÓ MATERNA... ERA CASADA COM O PROFESSOR CELESTINO PIMENTEL, E TAMBÉM IRMÃ DO DR LUIZ ANTONIO FERREIRA DOS SANTOS LIMA, UM GRANDE MÉDICO...ANA LIMA MORREU NA RUA DA CONCEIÇÃO DE IN FECÇÃO PUERPERAL...NUMA CASA VIZINHA A DE PADRE JOÃO MARIA...QUASE EM FRENTE AO INSTITUTO HISTÓRICO...
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