segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

ANNA LIMA: A POETISA DO AÇU.

SOBRE O AMOR

Amor! doce ventura inebriante,
Que faz da vida escura e desditosa
Um paraíso eterno e lourejante,
Uma estância risonha e venturosa.

Amor! divina estrela cintilante,
Nas sombras da existência dolorosa,
Louro e celeste palinuro iriante
Que conduz à ventura esplendorosa.

De minha vida o sonho resplendente,
De minha glória o sonho imaculado,
É o teu amor, o teu amor ardente!

Teu amor que me enche de alegrias,
Que simboliza o íris adorado
Da fé e da esperança dos meus dias.


Página Íntima


Não pense, minha flor, que o triste pranto,
Que ora desprende o meu olhar sentido,
Vá magoar o afeto estremecido
Que me inspirou teu virginal encanto.
Se agora eu fujo ao teu olhar querido,
Cheio de luz, de intérmino quebranto,
Eu sinto da alma num pequeno canto
Teu doce amor ao meu amor unido ...
Quebrou-se o fio dos meus sonhos belos
E caíram no manto cetinoso
Dos anéis aromais de teus cabelos.
Guarde em teu seio o meu gentil desejo,
Faz do meu canto um madrigal formoso,
E em cada verso deposita um beijo.

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