MORRE UM GUABIRU DE GROSSO CALIBRE
Morreu em São Paulo na manhã desta sexta-feira o ex-governador Orestes Quércia, de 72 anos. Ele lutava contra um câncer de próstata e estava internado no Hospital Sírio Libanês.
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Trata-se de uma das mais destacadas ratazanas da história recente do Brasil. É só bastante dizer que era Cacique e figura de proa do PMDB, o partido que irá exercer o poder efetivo a partir do dia 1º de janeiro próximo, descrito com perfeição pelo bem informado Ciro Gomes como “um bando de assaltantes”.
Cuida-se aqui de um dos maiores guabirus do Século XX e que fez uma fortuna incalculável apenas militando na política, desde a primeira eleição para vereador em 1962 até chegar ao Senado e ao governo de São Paulo. Saiu pobre e do nada para o infinito das cifras de muitos zeros.
Nunca deu um murro numa barra de sabão pra não machucar a mão, que era usada unicamente pra dar canetadas e aumentar sua fortuna. Com o dinheiro público que carreava pras suas contas particulares, tornou-se poderoso empresário dos ramos imobiliário, agropecuário e de comunicações.
Seu sócio, um folclórico e provinciano bilionário paulistano conhecido por Zé Português, prestaria um grande serviço à História Contemporânea do Brasil se um dia resolvesse abrir o bico e contar tudo o que sabe do seu falecido amigo.
O patrimônio deixado por Quércia, inteiramente construído com os alicerces no dinheiro público, é calculado na casa da dezena de milhão de dólares. Ou da centena, possivelmente.
Bateu as botas, mas, para nossa infelicidade, cresceu de modo incontrolável na última década a quantidade de homens públicos que são seus fiéis seguidores na prática de nadar de braçada nos impostos que pagamos pra financiar “pacs” e bolsas variadas.
Vai descansar em paz num esquife de luxo.
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