Quando ela passa - Fernando Pessoa
Quando eu me sento à janela
P’los vidros que a neve embaça
Vejo a doce imagem dela
Quando passa… passa … passa…
P’los vidros que a neve embaça
Vejo a doce imagem dela
Quando passa… passa … passa…
Lançou-me a mágoa seu véu: -
Menos um ser neste mundo
E mais um anjo no céu.
Menos um ser neste mundo
E mais um anjo no céu.
Quando eu me sento à janela,
P’los vidros que a neve embaça
Julgo ver a imagem dela
Que já não passa… não passa…
P’los vidros que a neve embaça
Julgo ver a imagem dela
Que já não passa… não passa…
Fernando Antônio Nogueira Pessoa (Lisboa, Portugal, 13 de junho de 1888 - Lisboa, 30 de novembro de 1935) - Considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa, foi criado da África do Sul. Além de poeta, foi tradutor, astrólogo, jornalista, crítico literário. Se tornou também muito conhecido pelos seus heterônimos literários, com especial destaque para Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário