QUEM MUDOU? O NATAL OU A PRESIDENTA?
A presidenta Dilma Rousseff exigiu punição exemplar dos grevistas que tenham ultrapassado os limites da legalidade. Irritada com o que considera abusos, especialmente na Polícia Federal e na Polícia Rodoviária Federal, ela cobrou do ministro José Eduardo Cardoso (Justiça), a identificação dos policiais que cometeram abuso de poder ou outras irregularidades.
Entre os casos que ela achou abusivos estão a placa colocada em um posto da PRF na Via Dutra com os dizeres “passagem livre para traficantes de armas e drogas” e o protesto na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu.
* * *
No gunverno anterior – naquele gunverno do Cara que inventou o Poste Dilma -, uma bem organizada quadrilha de bandidos invadiu uma propriedade particular e botou abaixo 10 mil pés de laranjas, além de destruir a sede da fazenda invadida. Atenção, leitores, o número é esse mesmo: 10 mil pés de laranja.
Foram estes mesmos bandidos que fizeram o PT provar do veneno que plantou ao longo dos anos: obrigaram Dilma a sair pela porta dos fundos do Palácio do Planalto semana passada. Os fora-da-lei estavam concentrados na Praça dos Três Poderes pra hostilizar a Presidenta. É a segunda vez que isto acontece, em menos de um mês.
Quando da absurda derrubada dos pés de laranja, da incompreensível destruição de um alimento, além de não ser tomada qualquer providência, os muderninhos zisquerdistas ainda acharam “legítima” a ação dos bandidos. Por uma questão de coerência, seria, agora, o caso dos mesmo muderninhos ficarem contra Dilma e a favor destes policiais que agem como bandidos. Mas, vocês podem esperar deitado. Coerência é a última coisa que entra na cabeça dessa turma. Aguardem que vão elogiar Dilma e o gunverno.
A Dama do Xibu de Aço no tempo em que botava o boné do MST; hoje em dia a bacurinha amoleceu, a incendiária virou bombeira, e ela quer distância dos malfeitores, que a consideram “a pior presidente para a reforma agrária”
Pouco tempo se passou e meu sádico coração fica gargalhando por constatar que uma presidenta vermêia, inventada e chocada numa corrente política que sempre exaltou greves e badernas, se sente incomodada com malfeitores do MST concentrados na porta do palácio, com grevistas baderneiros e com policiais que agem como bandidos. E esta presidenta dá ordens mandando que os policiais grevistas sejam punidos exemplarmente.
Pimenta no cu dos outros é o refresco melhor que existe neste mundo. Principalmente este mundo banânico do Socialismo Muderno, repleto e entupido até o gogó de mudanças impensáveis há tão pouco tempo.
“Soneto de Natal“,
de Machado de Assis, onde o tema é abordado.
Um homem, — era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço no Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Noite cristã, berço no Nazareno, —
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto… A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”
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