quinta-feira, 1 de setembro de 2011

NUNCA SE ROUBOU TANTO NO BRASIL...







Já está estabelecido, provado e comprovado, que a imprensa é a responsável por tudo de ruim que acontece no Brasil e, principalmente, pela fantástica onda, nos últimos tempos, de roubo ao dinheiro público e ao despejo no ralo dos impostos que pagamos. Cuida-se aqui daquilo que os imparciais e desapaixonados comentaristas fubânicos chamam de “mídia reaça” e “jornalismo sem controle social”. Um desastre, um descalabro, um fim-de-mundo, um horror!

Nunca antes na história deste país tivemos uma gatunagem de tão grosso calibre quanto a que foi perpetrada no último decênio. Segundo a imprensa, claro, que mente muito e não reflete a realidade pura.

De acordo com Esmeraldo Boca-de-Fossa, palmarense Peruador Sociológico, se somarmos o que foi roubado do dia do descobrimento do Brasil até a implantação do governo revolucionário encarnado, em janeiro de 2003, não dá nem a metade do que os guabirus já embolsaram no regime do Socialismo Muderno. Ou seja: Esmeraldo tem a cabeça feita pelas mentiras dos jornais e dos jornalistas brasileiros. Paulo Maluf já cansou de repetir: “Nunca roubei e nunca tive dinheiro no exterior”. E os jornais sempre dizem que ele está mentindo. Alguns têm até a audácia de apresentar provas e extratos bancários. Romero Jucá já cansou de desmentir todas as matérias que a Veja fez provando que ele e sua família são uma quadrilha que assalta o dinheiro público.

Vou resumir: nada disso teria acontecido se a imprensa não tivesse noticiado. Simples assim. O desconhecimento é a melhor maneira de tornar feliz e próspera uma nação. Tão lembrados do “Pra Frente, Brasil!”?? Pois é. Eu não sabia de nada e era feliz. Ou melhor, eu era feliz e não sabia de nada.

Em apenas 8 meses do Governo Dilma, a imprensa derrubou quatro ministros e dezenas de ratos do segundo escalão. Tremenda injustiça, tremenda infâmia contra homens inocentes e dedicados ao serviço da pátria e do povo.

É impossível governar com esta onda de denuncismo da imprensa, fazendo as vezes de Tribunal de Contas e fiscalizando os gastos públicos. Uma inversão absurda de valores.

Vejam o caso da honesta e proba deputada Jaqueline Roriz: logo após ser abolvido pelos seus pares, das absurdas acusações que foram feitas pelos jornais e revistas, ela deu sua primeira declaração dizendo o seguinte:

“Lamentavelmente, vivemos um período em que a mídia devora a honra de qualquer pessoa que se ponha diante dela.”

O vídeo onde ela aparece recebendo propina, amplamente divulgado pela imprensa, realmente “devorou a sua honra”. Se não tivesse sido divulgado, ela continuaria com a honra intacta até hoje. Num é mesmo??? A honra da coitadinha foi devorada pela imprensa do mesmo jeito que devoraram seu cabaço na primeira treprada.

Pra encerrar, quero registrar que não é a primeira vez que a sagrada família Roriz é vítima desta nojeira chamada “imprensa livre”. Ou, como ironicamente apelidou um desapaixonado comentarista fubânico, “Imprensa Livre S.A”.

Quando foi pego com a boca na ratoeira e teve que renunciar ao mandato de senador, no que deve ter sido o mais curto mandato da história republicana, o pai de Jaqueline, chamado Joaquim, fez um discurso histórico na tribuna e, explicando a razão de sua desgraça, declarou com todas as letras:

“…pois a imprensa, impiedosamente, trazia notícias mentirosas…”

E chorou com abundância. Como haveremos de chorar todos nós, junto com ele, ao revermos a gravação do seu pronunciamento.

Resumindo: Joaquim Roriz renunciou não porque foi gatuno e malfeitor. Mas porque a imprensa o obrigou a renunciar. Tão entendendo? Entenderam? Pois é. É assim que se raciocina mudernamente.

Vamos lutar pra estabelecer o “controle social da mídia”, fechar todos os blogues escrotos como o JBF, extinguirmos jornalões e revistas e implantarmos um “Granma Brasileño”. E teremos um Brasil colorido, sem misérias e sem roubalheira do dinheiro público.


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