Ave da agonia...
Ave da dor, do peito e sonhos feridos,
caindo coma as penas, os seus filhos...
ave sem hora , noturna e da manhà cruel,
bebes flechas de veneno e fel.
Ninho vazio,suspenso na dor,infame,
morres a cada segundo, de sede, sem fontes...
clamando justiça, de Deus,sem a dos homens,
teus ais abafados,ecoam nos montes.
Ave que é somente ferida,
na alma e na fronte,
gritas chorando, sem paz e sem fome.
Justiça fria,morta e infame,
envenena um lar, de vida e de sonhos,
lhe rouba os filhos,
a alma e a fonte,
choro incontido rolando nos montes...
Ave abatida, no peito e na alma,
a tua dor,te esfacela,te dissove e nào mata...
ave de dor,voa sem rumo,no fio da navalha.
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