terça-feira, 12 de abril de 2011

SOBRE A CORRUPÇÃO...

UM TEXTO DE RUBEM AZEVEDO LIMA


A TRAGÉDIA DA CORUPÇÃO

O ex-presidente Lula zombou, nos EUA, dos relatórios da Polícia Federal, publicados pela revista Época, sobre o chamado mensalão, que ele dizia não existir e ser invenção da direita brasileira, entidade sem cara, à qual ele atribuía todos os males do país.

Como seu amigo, senador Collor de Mello, que usou a caça aos “marajás”, para eleger-se presidente, Lula, falso esquerdista, que manteve todas as medidas conservadoras dos governos anteriores, fez o mesmo com o fantasma da direita no Brasil e elegeu-se.

Lula fora avisado pelo então deputado Roberto Jefferson e o atual governador Marconi Perillo, de Goiás, sobre os ratos da quadrilha do mensalão. De Jefferson, Lula disse que poria sua mão no fogo pelo deputado, mas fingiu não acreditar em sua denúncia.

Agora, engastalhado entre a revelação dos federais e a visão do procurador da República, que chamou seus amigos envolvidos no mensalão de “quadrilha de bandidos”, Lula faz graça com o processo contra essa quadrilha, nas mãos do ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, que o relatará.

Lula não sabe, mas os federais acharam o elo que faltava: a origem do dinheiro do mensalão, o Fundo de Incentivo Visanet, do Banco do Brasil, portanto, dinheiro público, protegido, em tese, mas não na prática, por seu governo. Pode-se dizer, hoje, que o mensalão, sob a “cegueira” de Lula, foi o maior escândalo da República, no Brasil.

Tal episódio torna a era Lula quase tão corrupta quanto a de Macbeth, de Shakespeare, que, aliás, tinha também sua “direita”: todos os seus opositores e alguns inocentes, que ele liquidou, um a um, enquanto pôde, até chegar sua vez de sair de cena, desmascarado.

Não se sabe como vai acabar nossa tragédia. A de Shakespeare, cruenta, acabou politicamente bem. Dilma jurou combater a corrupção no país. Espera-se, pois, que nossa tragédia não acabe em comédia, na qual o bobo da corte não seja o Tiririca, mas todo o povo brasileiro.

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