domingo, 6 de janeiro de 2013





Vivi muito tempo de fraldas,muitas vezes nu.

sei com quantas batatas de purga se curam

brotoejas...


depois vivi num berço...

vi carinhos e vi as almas...

o meu peito nasceu batendo palmas...


pra

vida, pro bem,pro certo, amém...



depois veio o Marista...

surpreende um

indivíduo bem criado....

avancei no amor...


vi anjos, vi o diabo...


caminhei sozinho na cidade nua...

fui boca, fui tábuas,fui lua...





depois nasceu um doutor dentro de mim..

a minha boca entortou e eu fiquei assim...

já dei conta dos filhos que pari...

gastei meu tempo precioso com solidão..

fui um pássaro, fui fogo, um tição...



Consumo o meu tempo, consumindo os 

meus sonhos...

a vida me foi demais ou foi pouca,

a boca está torta e a minha voz é rouca...


preciso colocar nas mãos os sonhos que

perdí com o juízo,


enquanto caminho penso,

enquanto penso , sinto.


o meu bem querer é a imensidão...


o meu coração ainda se acaba com uma

enchente de paixões....


talvez,na próxima primavera...



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