sei com quantas batatas de purga se curam
brotoejas...
depois vivi num berço...
vi carinhos e vi as almas...
o meu peito nasceu batendo palmas...
pra
vida, pro bem,pro certo, amém...
depois veio o Marista...
surpreende um
indivíduo bem criado....
avancei no amor...
vi anjos, vi o diabo...
caminhei sozinho na cidade nua...
fui boca, fui tábuas,fui lua...
depois nasceu um doutor dentro de mim..
a minha boca entortou e eu fiquei assim...
já dei conta dos filhos que pari...
gastei meu tempo precioso com solidão..
fui um pássaro, fui fogo, um tição...
Consumo o meu tempo, consumindo os
meus sonhos...
a vida me foi demais ou foi pouca,
a boca está torta e a minha voz é rouca...
preciso colocar nas mãos os sonhos que
perdí com o juízo,
enquanto caminho penso,
enquanto penso , sinto.
o meu bem querer é a imensidão...
o meu coração ainda se acaba com uma
enchente de paixões....
talvez,na próxima primavera...
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