domingo, 20 de janeiro de 2013

A FEBRE QUE OS MEUS NETOS VÃO SENTIR NOS SEUS NETOS...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.

                

                O PSIQUIATRA ALDIR BLANC , O SEGUNDO COMPOSITOR BRASILEIRO VIVO, POIS O PRIMEIRO É CHICO BUARQUE ,ESCREVEU UM TEXTO LINDO E MUSICOU...PENA QUE A MÚSICA NÃO SE ENCONTRA NO YOUTUBE,E PORTANTO NÃO POSSO PUBLICA-LA...

               A REFERIDA MÚSICA TRATA DESTA SUCESSÃO CONTINUA DO AMOR, QUE PASSA DOS PAIS PARA OS NETOS,O MESMO AMOR QUE VAI RENASCER TAMBÉM, NOS NETOS DOS NETOS  ....APRECIEM QUE TEXTO LINDO...ESCRITO POR UM MÉDICO QUE TOMAVA CONTA DE UMA ENFERMARIA NA

CLÍNICA  PINEL, NO RIO DE JANEIRO...

DEPOIS ABANDONOU A PROFISSÃO DE PSIQUIATRA POR QUE  OBSERVOU, QUE A ÚNICA DISTÃNCIA  ENTRE ELE E O SEU PACIENTE, ERA O BUREAU...

ESTA MÚSICA ESTÁ NO CD:CLARISSE...SOMENTE COM MÚSICAS DE ALDIR BLANC...    







“Na primeira febre a minha febre e quem é quem pedindo proteção?
Ponho a mão na testa do meu neto e é meu avô que está estendendo a mão.
Nessa comunhão dos três, eu sou avô do meu avô,
ele é o menino ali e ri das confusões que o Grande Amor pode fazer:
é um milagre essa multiplicação de mãos e febres por buscar ternura
e então com medo de morrer a Fragilíssima Trindade jura:
ficaremos sempre assim por perto
e quando meu neto tiver neto
uma febre unindo o que passou dirá pro Tempo: oi, meu avô…
É por aí: um piano em Debussy, o morcego e o sapoti na Praia dos Coqueiros…
o avô sou eu numa bicicleta: de canelas finas, mexe com as meninas…
Explode a trovoada, a chuva canta e a enxurrada leva todos nós,
fracionados sim, mas fusionados rumo ao delta, à queda, ao fim, à foz.
E uma vez que voltaremos
numa febre que menino-avô terei
até o Filósofo sorri: – “É o mesmo rio. Eu me enganei.”

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