O POETA – Maria Braga Horta
Quando nasce um poeta, é só seu corpo humano,
pois na alma do poeta o infinito vem preso
e o seu corpo não é mais que um verme profano
em que vibra o esplendor do céu, na terra aceso.
pois na alma do poeta o infinito vem preso
e o seu corpo não é mais que um verme profano
em que vibra o esplendor do céu, na terra aceso.
E no inútil labor do seu cérebro insano
– sentindo, pela vida, ansiedade e desprezo –
semeia as ilusões e colhe o desengano
e entre a terra e o céu pára o vôo, surpreso.
– sentindo, pela vida, ansiedade e desprezo –
semeia as ilusões e colhe o desengano
e entre a terra e o céu pára o vôo, surpreso.
A alma de cada poeta é um sensível compasso
medindo os sons e a cor, os ritmos e a luz,
procurando o infinito e se abrindo no espaço!
medindo os sons e a cor, os ritmos e a luz,
procurando o infinito e se abrindo no espaço!
Seu destino, na vida, é um dilema fatal:
ama a terra e ama o céu e em seus versos traduz
a ambição de ser deus e a dor de ser mortal!
ama a terra e ama o céu e em seus versos traduz
a ambição de ser deus e a dor de ser mortal!
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