segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A POESIA DE CARLOS PENA FILHO...


TESTAMENTO DO HOMEM SENSATO – Carlos Pena Filho

Quando eu morrer, não faças disparates
nem fiques a pensar: “Ele era assim…”
Mas senta-te num banco de jardim,
calmamente comendo chocolates.
 
Aceita o que te deixo, o quase nada
destas palavras que te digo aqui:
Foi mais que longa a vida que eu vivi,
para ser em lembranças prolongada.
 
 
Porém, se um dia, só, na tarde em queda,
surgir uma lembrança desgarrada,
ave que nasce e em vôo se arremeda,
deixa-a pousar em teu silêncio, leve
como se apenas fosse imaginada,
como uma luz, mais que distante, breve.


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário