sábado, 19 de março de 2011

NA PORTA DO CÚ DO DONO...

Oliveira de Panelas, poeta e repentista pernambucano, certa vez se
deparou com um desafio no mínimo inusitado:

Após consertar seu carro na oficina de um amigo e perguntar quanto havia
custado o conserto, ouviu do dono da oficina, que o conserto ficaria de
graça, caso ele fizesse um verso, falando sobre o seu orgão sexual.
Surpreso e ao mesmo tempo indignado, Oliveira resolveu brincar com o seu
amigo dono da oficina e descreveu assim, o dito cujo.




Na porta do cu do dono
(Zé Marcelino e Maciel Melo)


Essa rola antigamente
Vivia caçando briga
Furando pé de barriga
Doidinha pra fazer gente
Mas hoje tá diferente
No mais profundo abandono
Dormindo um eterno sono
Não quer mais saber de nada
Com a cabeça encostada
Na porta do cu do dono

Já fez muita estripulia
Cavou buraco de cu
Mais parecia um tatu
Fuçava tudo que via
Reinava na putaria
O priquito era seu trono
Trepava não tinha sono
Toda buceta era amada
Mas hoje vive enfadada
Na porta do cu do dono

Nunca mais desvirginou
Uma mata vaginosa
Há muito tempo não goza
A noite de gala passou
Vive cheia de pudor
Sonolenta e sem abono
Faz da ceroula um quimono
E da cueca uma estufa
Vive hoje a cheirar bufa
Na porta do cu do dono

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