segunda-feira, 7 de março de 2011

NA TONGA DA MIRONGA DO CABULETÊ...







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“TONGA DA MIRONGA DO CABULETÊ”

Durante a ditadura militar havia uma censura impertinente a certos compositores, entre eles Vinicius de Moraes. Sentindo a angústia do companheiro, Gesse, esposa baiana da época, o diverte, ensinando-lhe xingamentos em Nagô, entre eles “tonga da mironga do cabuletê”, que significa “o pêlo do cu da mãe”.

Com Toquinho, Vinícius compõe a canção com o mote anal, para apresentá-la num show no Teatro Castro Alves. Boa oportunidade de xingar os militares sem que eles compreendessem. O poeta ainda se divertia com tudo isso: “Garanto, na Escola Superior de Guerra não tem um milico que saiba falar nagô”.

Abaixo, a letra da inspirada canção da dupla, Vinicius e Toquinho:

“Eu caio de bossa, eu sou quem eu sou
Eu saio da fossa, xingando em nagô
Você que ouve e não fala
Você que olha e não vê
Eu vou lhe dar uma pala,
Você vai ter que aprender
A tonga da mironga do cabuletê
A tonga da mironga do cabuletê”

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