Peleja carnavalesca virtual entre os cordelistas Allan Sales e Thiago Martins:
Allan Sales:
Nosso lindo carnaval
Hoje está bem diferente
Pois aqui tocando brega
Assustando muita gente
Vem cantar a tal Joelma
Preferia Dona Selma
Mas Joelma é bem mais quente
Thiago Martins:
Não se é mais atraente
A cultura popular
Tiram Maciel Salu,
Lia de Itamaracá,
Pra botar Brega e Axé
Mas ainda tenho fé
Que isso um dia irá mudar!
Allan Sales:
Mas assim é de lascar
Os artistas na refrega
EMPETUR nesta folia
E aí o bicho pega
No bom senso dando murros
Bando de prefeitos burros
Contratando banda brega
Thiago Martins:
Mas há gente que se entrega,
E acha o brega bacana
Dança tanto que se acaba
Toma “mei” litro de cana
E assim nossa cultura
Vai tomando outra postura
De uma forma tão insana
Allan Sales:
Foi jogada de um sacana
Por aqui trazendo Ivete
A Kitara e o Calypso
O bom senso se derrete
Mas depois vem a campanha
E o voto aí se ganha
Pois mundiça é a tiète
Thiago Martins:
Esqueceu da Margaret,
E da banda “sensação”?
É o hit do momento
Que levanta a multidão
A estória de um viado
Que quer dá pro namorado
“E a mulher não deixa não”
Allan Sales:
O Reginho meu irmão
Pelo povo é bem querido
A mulher não deixa não
Por aí o acontecido
Mas escroto é quem governa
Nossa escravidão eterna
Num país pobre e fudido
Thiago Martins:
Isso é coisa de bandido
Pra ganhar voto na praça
Ludibria o povo besta
Conquistando toda a massa
Faz seu plano “genial”
Destruindo o carnaval
E deixando-o essa desgraça
Allan Sales:
Satanás enchendo a taça
Vendo a coisa ficar preta
Carnaval da putaria
Digo e não sou careta
Mas quem manda nem aí
Vou morar longe daqui
Onde não tem micareta
Thiago Martins:
Já nem toco mais punheta
Vou-me embora pra folia
Não é nem mais carnaval
É uma festa de orgia
As mulheres, (boi zebu)
Com shortinhos “beira-sú”
Se prestando a putaria
Allan Sales:
Na cultura a sodomia
No bom gosto algo fatal
A escolha de prefeito
Que é um débil mental
E assim avacalhando
Eles vão aputalhando
Até mesmo o carnaval
Thiago Martins:
Mas se gosta o pessoal
Do subúrbio e da cidade…
O prefeito né do povo?
Por isso faz a vontade!
Que saudade da censura
Não dou trela à ditadura,
Mas prezo a sonoridade
Allan Sales:
Ao olhar nossa cidade
Toda coisa que se cria
Desenterram do passado
Esta nova estrepolia
Minha ira assim provoca
Gente que virou Cadoca
Quando fez Recifolia
Thiago Martins:
Cadê nossa poesia
Na evocação do frevo?
Nosso canto hoje parece
Uma folha de um trevo
Que é bela e inusitada
Que não se vê na parada
E só serve de acervo
Allan Sales:
Dá até crise de nervo
Vê assim a palhaçada
Carnaval sem atrações
Estão fora ô camarada
Muitos bons desta cidade
Que estão fora da grade
Desta coisa mal botada
Thiago Martins:
Hoje em dia é só “Zuada”
Cadê nosso Caboclinho?
O batuque das alfais
Coco, Cavalo Marinho?
Sacudiram em ribanceira
Deram vez a swingueira,
Desviaram do caminho
Allan Sales:
Tem serpente neste ninho
Detonando o carnaval
Excluindo gente boa
E quem fica pagam mal
Os que ficam sim se calam
Os de fora que se abalam
Com o mau gosto musical
Thiago Martins:
Qual será o nosso aval
Já que nós somos artistas?
O apoio do governo
Nos deixando pessimistas
Se pro grande pior tá
Me responde o que será
Dos poetas musicistas?
Allan Sales:
Sem aval pra populistas
Que estão se revelando
Permitindo tal estupro
À cultura vão gestando
Ano pré-eleitoral
Temos tosco festival
E estão só começando
Thiago Martins:
E eu termino lamentando
Esse estupro cultural
Que denigre o nosso Estado
Do sertão ao litoral
Mas se for assim de fato
Eu exclamo imediato:
Que se foda o Carnaval!
Allan Sales:
Nosso lindo carnaval
Hoje está bem diferente
Pois aqui tocando brega
Assustando muita gente
Vem cantar a tal Joelma
Preferia Dona Selma
Mas Joelma é bem mais quente
Thiago Martins:
Não se é mais atraente
A cultura popular
Tiram Maciel Salu,
Lia de Itamaracá,
Pra botar Brega e Axé
Mas ainda tenho fé
Que isso um dia irá mudar!
Allan Sales:
Mas assim é de lascar
Os artistas na refrega
EMPETUR nesta folia
E aí o bicho pega
No bom senso dando murros
Bando de prefeitos burros
Contratando banda brega
Thiago Martins:
Mas há gente que se entrega,
E acha o brega bacana
Dança tanto que se acaba
Toma “mei” litro de cana
E assim nossa cultura
Vai tomando outra postura
De uma forma tão insana
Allan Sales:
Foi jogada de um sacana
Por aqui trazendo Ivete
A Kitara e o Calypso
O bom senso se derrete
Mas depois vem a campanha
E o voto aí se ganha
Pois mundiça é a tiète
Thiago Martins:
Esqueceu da Margaret,
E da banda “sensação”?
É o hit do momento
Que levanta a multidão
A estória de um viado
Que quer dá pro namorado
“E a mulher não deixa não”
Allan Sales:
O Reginho meu irmão
Pelo povo é bem querido
A mulher não deixa não
Por aí o acontecido
Mas escroto é quem governa
Nossa escravidão eterna
Num país pobre e fudido
Thiago Martins:
Isso é coisa de bandido
Pra ganhar voto na praça
Ludibria o povo besta
Conquistando toda a massa
Faz seu plano “genial”
Destruindo o carnaval
E deixando-o essa desgraça
Allan Sales:
Satanás enchendo a taça
Vendo a coisa ficar preta
Carnaval da putaria
Digo e não sou careta
Mas quem manda nem aí
Vou morar longe daqui
Onde não tem micareta
Thiago Martins:
Já nem toco mais punheta
Vou-me embora pra folia
Não é nem mais carnaval
É uma festa de orgia
As mulheres, (boi zebu)
Com shortinhos “beira-sú”
Se prestando a putaria
Allan Sales:
Na cultura a sodomia
No bom gosto algo fatal
A escolha de prefeito
Que é um débil mental
E assim avacalhando
Eles vão aputalhando
Até mesmo o carnaval
Thiago Martins:
Mas se gosta o pessoal
Do subúrbio e da cidade…
O prefeito né do povo?
Por isso faz a vontade!
Que saudade da censura
Não dou trela à ditadura,
Mas prezo a sonoridade
Allan Sales:
Ao olhar nossa cidade
Toda coisa que se cria
Desenterram do passado
Esta nova estrepolia
Minha ira assim provoca
Gente que virou Cadoca
Quando fez Recifolia
Thiago Martins:
Cadê nossa poesia
Na evocação do frevo?
Nosso canto hoje parece
Uma folha de um trevo
Que é bela e inusitada
Que não se vê na parada
E só serve de acervo
Allan Sales:
Dá até crise de nervo
Vê assim a palhaçada
Carnaval sem atrações
Estão fora ô camarada
Muitos bons desta cidade
Que estão fora da grade
Desta coisa mal botada
Thiago Martins:
Hoje em dia é só “Zuada”
Cadê nosso Caboclinho?
O batuque das alfais
Coco, Cavalo Marinho?
Sacudiram em ribanceira
Deram vez a swingueira,
Desviaram do caminho
Allan Sales:
Tem serpente neste ninho
Detonando o carnaval
Excluindo gente boa
E quem fica pagam mal
Os que ficam sim se calam
Os de fora que se abalam
Com o mau gosto musical
Thiago Martins:
Qual será o nosso aval
Já que nós somos artistas?
O apoio do governo
Nos deixando pessimistas
Se pro grande pior tá
Me responde o que será
Dos poetas musicistas?
Allan Sales:
Sem aval pra populistas
Que estão se revelando
Permitindo tal estupro
À cultura vão gestando
Ano pré-eleitoral
Temos tosco festival
E estão só começando
Thiago Martins:
E eu termino lamentando
Esse estupro cultural
Que denigre o nosso Estado
Do sertão ao litoral
Mas se for assim de fato
Eu exclamo imediato:
Que se foda o Carnaval!
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