sábado, 10 de agosto de 2013

SOBRE OS POLÍTICOS BRASILEIROS...

Poetas repentistas Jorge Macedo e Daniel Olímpio improvisando com o mote:
“Nenhum dorme uma noite atrás da grade
nem devolve um centavo pra nação”
* * *
Sebastiana de Almeida Job (Bastinha)
O político incorrupto
Que o Brasil encantou
Conchavou com o corrupto
Que nossa pátria lesou;
Tem “vampiro”, tem juiz
Tem Valdomiro Diniz
Na gang, na roubalheira
Para aumentar nossa mágoa,
Nossa esperança deságua
Na queda da “cachoeira”.
* * *
Antônio Dutra
Os políticos brasileiros
São lenha da mesma mata
Pólvora do mesmo barril
Ferro da mesma sucata
Veneno da mesma cobra
Sobejo da mesma sobra
Ferrugem da mesma lata.
* * *
comício
Merlânio Maia
No período eleitoral
Candidato vira santo
Bota a cara em todo canto
Favela, sítio, hospital,
Tapera, escola, curral,
Velório, igreja, pensão,
Promete o céu e o chão
Jura descaradamente
Mas muda radicalmente
Quando acaba a eleição!
A teta é bem saborosa
Por isso, quem quer deixar?
O salário é um manjar
E a função é poderosa
A mala preta formosa
Enche os cofres e o colchão
Pois é na corrupção
Que o ganho se multiplica
E a politicalha enrica
Quando acaba a eleição!
O pobre eleitor coitado
Detém o real poder
De banir, cobrar, deter,
E excluir o candidato
Mas o político de fato
Encanta e ilude o povão
Como um piolho malsão
Retorna ao poder de novo
Pra sugar o nosso povo
Quando acaba a eleição!
Mau político tem prazer
De enganar quando promete
Setecentos vezes sete
Promete sem se conter
Sabe que vão esquecer
Nunca houve punição
Não há lei que diga não
Quem paga a promessa é o povo
E o peste vai rir de novo
Quando acaba a eleição!
Pobre do povo enganado
Trucidado em sua calma
Vende o voto e perde a alma
Paga caro ter votado
Não verá do combinado
Nem saúde, educação,
Nem infra-estruturação
Nem água, esgoto ou transporte,
Segurança só na sorte
Quando acaba a eleição!
O que se vê todo o dia
É a briga pelo poder
Quem mais tem mais faz pra ter
E haja dinheiro e folia
A bandidagem alicia
No caos da corrupção
A ética perde a razão
Ser honesto é coisa rara
Falta vergonha na cara,
Quando acaba a eleição!
E a gente sente vergonha
De ver chafurdando em lama
Símbolos que a gente ama
De forma torpe e bisonha
Mas a nação ainda sonha
Botar na grade o ladrão
E sanear a nação
Pra ter sua honra de novo
E o governo ser do povo
Quando acaba a eleição!
comigio2
* * *
Adriano Santori
Eita, que tempo bom
A época de eleição.
Todo homem é do povo,
Não existe enganação
E quem um pobre não beije,
Ou cabra que não almeje
O bem geral da nação.
Até quem nunca riu,
Vive mostrando os dentes.
Falando alto e bonito
Dos planos mais atraentes.
E ganhando a eleição
Faz jura de coração
Não empregar seus parentes.
Trocar voto por dentadura?
Onde foi que já se viu.
Pode haver noutro canto
Não nesse meu Brasil.
Aqui só tem cabra honesto,
Nem venha fazer protesto
Da dor que nunca sentiu!
Essa tal de “Ficha Limpa”,
Ô coisa sem necessidade.
Onde foi que já se viu,
Político com falsidade?
Ache ruim quem quiser
Quase todo candidato é
Um defensor da verdade.
Não importa o salário
Ou verbas de gabinete…
Aluguel, compra de paletó,
Pinico, carro, tamborete…
Todos fazem por amor
Que tem ao seu eleitor
Para que ele se ajeite.
Às vezes me dá uma dó,
Ao ver um candidato,
Suado no meio do povo,
Clamando por um mandato,
Sujando o carro do ano,
E ainda levando cano
Do eleitor tão ingrato.
É por isso que o coitado
Fica desesperado,
Põe dinheiro na cueca,
Na meia, outro bocado.
E ainda vem a Justiça,
Com uma ruma de carniça,
Para prender o coitado.
Isso é coisa que se faça
Com um povo tão bom?
Que nem perturba a gente
Com esses carros de som…
Ah, se eu fosse o Criador
Esse pobre trabalhador
Só teria o que é bom!
Trabalharia meia hora,
E só um dia por mês.
Teria casa e transporte,
Apartamento e talvez
Vinte contas na Suíça,
Pra coisa ficar omissa
E não parar no xadrez.
Aí esse povo ingrato
Na rua, falando mal
Que o salário que ganha
É distante do ideal…
E não vê que o Senador
É sim o mais sofredor,
Na época eleitoral.
Tem que tirar do bolso
O agrado do eleitor,
Chapa, feira e cimento.
Pagar sem ser devedor.
Rogando que um devoto
Digite na urna o voto
Em prol do seu protetor.
Já o deputado amigo
Pensando em reeleição,
Sai gastando o sapato,
Apertando de mão em mão
Do eleitor mal-amado
Que quer seu voto trocado
Por emprego em repartição.
Um dia essa coisa muda,
E o candidato no jeito
Aprende a enganar o povo,
Diz no discurso perfeito,
Pretender sim, se eleger,
Mas só querendo fazer
Seu pé-de-meia bem feito.
* * *
Zé Bezerra glosando o mote:
Comprar voto é um crime que só faz
Levar muitos corruptos ao poder.
É comércio ilegal, abominável
Um abuso para a democracia
Isso é mais que absurdo hoje em dia
É um ato insano, imperdoável
Desleal, descabido, deplorável
Faz vergonha, isso ainda acontecer
Essa clandestinagem era pra ser
Excluída dos meios sociais
Comprar voto é um crime que só faz
Levar muitos corruptos ao poder.
É corrupto e safado o candidato
Que se presta a fazer o tal negócio
Desse crime o eleitor é sócio
Corrompendo-se ao praticar o ato
Passa a ser vulnerável e barato
Porque a consciência quis vender
Ajudando a uma máfia promover
Indivíduos ladrões e imorais
Comprar voto é um crime que só faz
Levar muitos corruptos ao poder.
Todo ano em campanha de eleição
Essa prática abusiva é repetida
Candidato de forma descabida
Compra voto até a prestação
Isso aí é a pre-corrupção
Que bem articulada vai crescer
E se o salafrário se eleger
Vê-se a roubalheira aumentar mais
Comprar voto é um crime que só faz
Levar muitos corruptos ao poder.
Candidato sem ética e sem moral
Sai atrás de eleitor que o voto vende
Esse é ignorante e não entende
Que se trata de crime eleitoral
O que vende, o que compra, é tudo igual
Ambos fazem o pior acontecer
Punição é difícil de haver
É por isso que os casos são banais
Comprar voto é um crime que só faz
Levar muitos corruptos ao poder.
Não dê chance a político trapaceiro
Que insiste em oferecer dinheiro
Corrompendo intencionalmente
Veja como afastar-se dessa gente
Não permita o delito ocorrer
Se você evitar se corromper
Os larápios não se elegem mais
Comprar voto é um crime que só f
az
Levar muitos corruptos ao poder.

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