domingo, 11 de agosto de 2013

AOS NOSSOS FILHOS...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.

                    O poema que melhor traduz a expectativa de um pai,o desprendimento de um pai, o sacrifício do pai em relação aos seus filhos, foi escrito pelo compositor Ivan Lins, e foi sucesso na voz de Elís Regina....chama-se AOS NOSSOS FILHOS...

               CHOREI NA VIDA, todas as vezes que escutava-o...nunca conseguí escutar sem chorar...na minha batalha de criar três filhos honestamente, batalhando, e entregando ao mundo três pessoas de bem...cujas referencias maiores são a lucidez, o humanismo, e a fé em Deus, o maior patrimônio de um homem...
               Hoje os meus três filhos estão comendo a fruta, da qual muitas vezes me abstive...estão sentindo o gosto por mim...graças ao meu bom Deus, que nunca nos faltou...
              É  impossivel ser pai, sem se sensibilizar com esta realidade, retratada nesta canção...

               Meu pai não conheceu esta canção,mas hoje, eu também degusto das frutas,que ele deixou de degustar, para deixar para mim...lembro-me dos seus pequenos gestos para me poupar,a sua célebre frase:NÃO SE BRINCA COM AS COISAS DE DEUS...lembro quando ele me disse, contemplando o tempo,COMO EU SINTO,VOCÊ TER QUE TRABALHAR PARA FAZER MEDICINA...QUANDO ELE FOI ACOMETIDO DE  UM AVC ISQUÊMICO, E O MUNDO DESMORONOU!!!,UM MÊS APÓS EU TER PASSADO NO VESTIBULAR...
               OBRIGADO MEU PAI, EU VENCI,E LHE OFEREÇO TRÊS NETOS,SORVENDO A DOÇURA DAS FRUTAS,QUE DEIXAMOS DE SORVÊ LAS,PARA QUE PERMANECÊSSEMOS DEPOIS DE NÓS...
É O MILAGRE DA CRIAÇÃO, É A SAGA DE SER UM BOM PAI...
REPAREM SE VOCES ESCUTAM ESTA CANÇÃO SEM SE EMOCIONAR...É IMPOSSIVEL!!!


AOS NOSSO FILHOS

IVAN LINS

Perdoem a cara amarrada 
Perdoem a falta de abraço 
Perdoem a falta de espaço 
Os dia eram assim 

Perdoem por tantos perigos 
Perdoem a falta de abrigo 
Perdoem a falta de amigo 
Os dias eram assim 

Perdoem a falta de folhas 
Perdoem a falta de ar 
Perdoem a falta de escolha 
Os dias eram assim 

E quando passarem a limpo 
E quando cortarem os laços 
E quando soltarem os cintos 
Façam a festa por mim 

E quando lavarem a mágoa 
E quando lavarem a alma 
E quando lavarem a água 
Lavem os olhos por mim 

E quando brotarem as flores 
E quando crescerem as matas 
E quando colherem os frutos 
Digam o gosto pra mim! 

Digam o gosto pra mim!

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