A minha avó materna, a poetisa Ana Lima,era prima e amiga de Elias Souto,o dono do diário de Natal...era um líder natural e de muito prestígio...
Empregou minhas tias na receita federal...mamãe não quis o emprego ,poi resolvera casar com um jovem comerciante próspero,meu pai,em Nova Cruz...
A descendencia de Elias Souto é Álvaro Alberto,Mário Barreto,etc.
Não existia computador,e as declaraçôes de imposto de renda eram feitas na ponta do lápis....eu,criança atenta,brechava o zum zum zum...
Certa vez,chegou uma denúncia contra seu Patrício,um homem de bem,escravo do trabalho,que fabricava vinho,em Nova cruz...
Um fiscal da receita saiu para Nova Cruz,para multar o infrator...
Chegou na fábrica de Vinhos na hora do almoço,bateu palmas e ninguém respondeu...o fiscal deu uma brechada, e avistou apenas um homem de calção, nú da cintura pra cima,trepado numa escada,com uma estaca na mão,mexendo um alambique de três metros...era um homem branco,sério e bastante suado...
O fiscal perguntou:está fechado? O homem sem parar de mexer a garapa responde: é a hora do almoço...o fiscal volta a perguntar, e que
horas eu posso falar com Seu Patrício? O homem de calção azul respondeu: Seu Patrício sou eu...estou mexendo esta mistura para não perde lá....
O fiscal se apiedou diante do trabalho e do esforço daquele batalhador, e depois nos confessou:eu tive vontade de chorar...eu que vinha certo de multa lo,pois ele vacilara na compra de uns selos...
Não podia ser cruel com um pequeno industrial, que ganhava a vida com o suor do seu rosto...
orientou ao acusado que tivesse mais cuidados com a compra dos selos...que ele tinha vindo para multa lo ,mas que havia sido impedido pela sua consciência...
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