sábado, 29 de setembro de 2012

UMA ANÁLISE DOS PARTIDOS BRASILEIROS...


POR HARDY GUEDES.
O PT NÃO QUER MILITANTES, QUER FANÁTICOS!

Independente dos resultados das urnas, o PT é um partido agonizante.
Pode eleger vários prefeitos e vereadores nestas eleições e, futuramente, deputados, senadores, governadores e mesmo reeleger Dilma Roussef ou o próprio Lula, que continuará sendo um partido agonizante.
Isso porque virou uma coisa amorfa, sem sentido. Consegiu igualar-se ao PMDB que só se interessa por poder pelo poder. Não tem mais ideologia e, hoje em dia, pretende-se de esquerda, mas é só da boca pra fora.
Como, de resto, praticamente todos os demais partidos brasileiros têm uma ideologia somente no papel. Na prática, o que prevalece é o fisiologismo.
Esquerda de verdade não se vende, não corrompe, nem se deixa corromper.
O PT, fingindo-se de esquerda, mantém o mesmo discurso de sempre. Fala contra as “zelites” e contra os “conservadores”, mas anda de braços dados com eles, seus aliados, como Sarney, Maluf e outros mais.
Partidos políticos só sobrevivem como tal, quando mantêm uma identidade coerente com a sua filosofia e, principalmente, se prega e permanece nos limites da ÉTICA.
O PMDB, por exemplo, começou na esquerda, lutando pelas liberdades democráticas, por eleições livres, em posição antagônica à ARENA, que era o partido da ditadura.
Depois, para conquistar o poder, trouxe José Sarney para os seus quadros e este, por um acaso do destino, tornou-se presidente do Brasil.
De lá pra cá, o PMDB, dito o maior partido do ocidente, ficou girando em torno do poder, fazendo alianças, aceitando toda sorte de políticos em seus quadros… Perdeu a identidade inicial.
Perdeu tanto a legitimidade que, não raro, sequer tem mais candidato próprio a cargos majoritários. Gruda em alguém bem cotado em troca de apoio parlamentar.
O PSDB agiu da mesma forma. Um partido que deveria ser de esquerda, dentro da filosofia da social-democracia, mas aliou-se à direira (DEM) e esqueceu de seus estatutos e filosofia.
O PT segue o mesmo caminho. Aliou-se à direita para conquistar o poder e se perdeu tanto que, por conta do mensalão e do envolvimento de alguns dos seus “expoentes” com a corrupção, foi obrigado a “inventar” Dilma Roussef, oriunda do PDT de Brizola, para substituir Lula na presidência, já que os possíveis candidatos de seus quadros tinha telhado de vidro demais.
Agora, com o julgamento do mensalão despertando a população e até mesmo os militantes do PT de que foram ludibriados por um governo que pregou a ética antes de chegar ao poder e abandonou os seus princípios depois de assumir o comando da nação, os dirigentes do PT querem que o povo saia às ruas para defender os malfeitores e, consequentemente, os malfeitos.
Ora, é pretensão demais!
Obviamente, alguns fanáticos poderão querer erguer a bandeira do PT, mas os militantes tradicionais que aderiram ao partido em função da ética e de uma administração pública voltada para a decência e salvaguarda dos interesses da população, abraçando a causa socialista, não irão, por certo, cair mais nessa conversa.
O povo (incluindo-se militantes autênticos do PT) não quer mais safadeza na política. Quer decência, quer ética e, tenho certeza, quer a condenação exemplar daqueles que patrocinaram o mensalão e encheram os bolsos seus e de outros políticos, em detrimento de toda a pregação anterior do partido.
Espero, sinceramente, que as urnas demonstrem isso.

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