POR LUIZ OTÁVIO CAVALCANTI.
ATRAÇÃO FATAL
Morrer politicamente é fato natural. Líderes nascem, crescem e desaparecem. Como tudo na vida, têm seu ciclo. Uns, vão-se subitamente, em meio a crises. Consequência de atos violentos que os atingem. Foi o caso de Getúlio, fundador do Brasil moderno. Apontando o revólver contra o peito. E ferindo seus adversários.
Outros, vão-se vagarosamente, esperneando nostalgia, gotejando saudade do poder. Não conseguem viver sem o calor de palácio. E quanto mais o tempo passa, e o sol de põe, mais estressados ficam. É o caso de Lula, fundador do Brasil social.
Antigas lideranças diminuem ou crescem com o passar do tempo. Dependendo da qualidade de sua obra. E da lapidação que sobre ela produz a memória. Memória é artigo vivo. Que se atualiza no conhecimento aprofundado de fatos de antiga gestão. Em condutas do cidadão que existe em todo ex poderoso. Em fazeres infindos de quem caminha na areia prateada de passada glória, feita retrato na parede.
A grandeza de um líder não desaparece com seu ocaso político. Ela apenas se coloca em outro patamar. O do respeito pela contribuição pública, o da reverência por conquistas alcançadas. Ou não. Por isso, é preciso zelo e compostura. Zelo com a história. E compostura consigo próprio.
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