DEPOIS DA TEMPESTADE – Chico Jó
Nessas noites incertas e terríveis
Em que a farsa da vida me amedronta,
Dentro em meu ser um temporal aponta,
Rasgado por relâmpagos horríveis.
Chove; a água borbulha nos desníveis;
Não vê o sol que outra manhã desponta;
Monstro malsão de assombrações sem conta,
O vento inventa sons inexprimíveis.
Em que a farsa da vida me amedronta,
Dentro em meu ser um temporal aponta,
Rasgado por relâmpagos horríveis.
Chove; a água borbulha nos desníveis;
Não vê o sol que outra manhã desponta;
Monstro malsão de assombrações sem conta,
O vento inventa sons inexprimíveis.
Porém eu sei que essa aflição termina
E em minha alma lavada e cristalina,
Depois que a paz de espírito vier,
E em minha alma lavada e cristalina,
Depois que a paz de espírito vier,
A brisa irá, como um clarim plangente,
Passando entre as folhagens, suavemente,
A murmurar um nome de mulher.
Passando entre as folhagens, suavemente,
A murmurar um nome de mulher.
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