TODO ÚLTIMO DIA DO ANO eu sinto uma sensação de leveza...me sinto como quem partiu ou morreu...eu paro,relaxo, reflito...ás vésperas de um ano novo é para reflexão,zerar o velocímetro,fazer o update e upgrade do seu espírito...do seu caminho,das suas emoções...
O QUE A VIDA nos deu foi presentes dela, O QUE A GENTE SE TORNOU, é um presente nosso, para a vida...
ME LEMBRO DA MINHA AFLIÇÃO,na passagem do ano, na barraca da festa da padroeira em Nova Cruz...lá na minha cidade, o ano novo só chegava, quando o maestro da banda de música,levantava as mãos e a banda executava o HINO NACIONAL...imediatamente, da janela da igreja matriz, o padre levantava o SANTO SANTÍSSIMO, E DESCREVIA NO AR UMA CRUZ,ABENÇOANDO TODOS E O ANO QUE CHEGARA...depois disso, chuvas de beijos e abraços entre todos...
MAS, por que a aflição...meu ouvido, já musical,escutava uma canção que dizia:SESSENTA VEM AÍ E NEGRO VAI VIRAR MACACO...eu tinha o pavor de , em plena festa, ser atacado por muitos gorilas...na hora da passagem do ano, mamãe despachava no buffet da festa,ajudando a paróquia,vendendo...me colocou sentado no balcão da barraca, e eu entrei o ano sozinho e com medo...quando o ano passou eu procurei nos transeuntes um AFRODESCENDENTE, e vi que a história era falsa...mas secretei muita adrenalina na hora...era a primeira solidão do poeta...
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