MARÍLIA MURICY.
A fibra, como talento humano, não grita. Nem agride. Ela é simplesmente sonora. Diz o que é preciso dizer. Na hora exata. No tom firme e sereno de quem sabe o que faz.
Neste Brasil masculino, duas mulheres deram exemplo de coragem consciente: a primeira foi Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça. Disse que é preciso enfrentar corruptos que atuam no Judiciário.
A segunda foi Marília Muricy, integrante da Comissão de Ética Pública da presidência. Autora do relatório que recomendou à presidente da República que demitisse o ministro do Trabalho por improbidade e falta compostura.
As duas mulheres, cada uma na sua seara, contribuíram para fortalecer as instituições republicanas. Foram exemplares na sua conduta. Enfrentando a incompreensão de seus pares, no primeiro caso. E assumindo, no segundo caso, o desafio de apontar caminho apropriado e duro ao poder.
É assim que se reafirma a democracia. A Bahia, que deu ao país o republicano Rui Barbosa, está duplamente honrada com essas duas mulheres de fibra.
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