sexta-feira, 13 de agosto de 2010

UM BÔLO PARA FIDEL CASTRO...O ATRASO...A FALTA DE LIBERDADE...A TORTURA...


HOJE É SEXTA FEIRA, É TREZE, E É DE AGOSTO...ALÉM DO MAIS É DIA DE SATANÁS. É DIA DE DITADOR.
Fidel Castro é a SÙMULA de toda a injustiça do mundo...é um poço de Tortura,sacanagem,exploração,banditismo...é o FAÇA,O QUE EU DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO.XÔ SATANÁS.




Meu caso de amor com Fidel Castro

ARNALDO JABOR


Já contei esse "causo" aqui e vou repeti-lo. Por quê? Porque Fidel Castro morreu. Não da "fatal ceifadeira" que se aproxima, mas de uma morte simbólica que ecoou dentro de mim. Quando o vi, vestido de abriguinho Adidas (meu Deus, por que o "merchandising" do capitalismo esportivo?), quando o vi, trôpego, olhado com carinho oportunista pelo pavoroso Hugo Chávez, usando- o para seu lucro de gordo psicopata, tive um baque de angústia.

Eu que, na adolescência, fui animado a viver pelas imagens da conquista de Havana, com os heróis lindos e suas metralhadoras, hippies armados, intelectuais corajosos, também morri um pouco. Fidel era jovem, macho, libertador, barbado, tudo.

Fui a Cuba em 87 com meu filme "Eu Sei que Vou Te Amar", que passou no Festival de Havana.

Mas, muito antes de ir, eu sonhava com essa ilha tropical igual à Bahia (vi depois), onde o socialismo paranóico de Stalin seria criticado e salvo. Naquela época, o socialismo era nossa religião e os operários, os santos, símbolos do futuro. Eu era editor do jornal dos estudantes e, às vezes, ficava até de madrugada na Lapa, na oficina gráfica. E via os operários como líderes, sentia sua força calma, uma beleza "pura", uma grandeza simples, superior aos intelectuais neuróticos. Como amávamos os operários!...

Na alta madrugada, eu os olhava, imprimindo as páginas ainda no chumbo e eles, com seus braços fortes, pareciam gravuras soviéticas. Andava atrás deles, com ensinamentos políticos, elogios, sorrisos. Alguns (hoje vejo) ficavam desconfiados de tanto amor. "Serão bichas esses garotos, veadinhos?", pensavam com certeza. Não, éramos apenas comunistas.

Passaram-se 20 e tantos anos e finalmente fui a Cuba. Depois da derrocada de uma fé atrás da outra, restava-me ainda a paixão pela paixão que eu tivera por aquela utopia e seu comandante. Comi lagostas no ex-palácio do milionário Dupont, em Varadero, e ouvi o jazz do grande Arturo Sandoval. Mas minha primeira impressão foi um choque: as casas de Cuba não estavam pintadas; todas as fachadas de tradição espanhola se descascavam em verdes pálidos ou em rosa desmaiada.

Senti ali o primeiro calafrio de decepção - o descuido com a beleza e a preservação. Achava que o trabalho socialista era do amor à coisa pública, o cuidado com a tradição. Não sabia ainda do burocratismo, dos privilégios da "nomenklatura", do egoísmo e da fragilidade do sentimento generoso do trabalho coletivo. Aliás, o que mais me entristeceu no socialismo foi a incompetência geral que percebia em detalhes, na lentidão das providências, no medo de decidir que eu via entre os funcionários. O filme "Guantanamera", de Gutierrez Alea, é um retrato perfeito da ineficiência cubana. Claro que sei do bloqueio brutal norte-americano e da "ajuda" soviética oportunista. Além dos desmandos posteriores de Fidel, da repressão, dos fuzilados, quando vi Cuba caindo nos braços de Kruschev, o sonho acabou.

Mas, minha fé e meu amor, mesmo em 87, ainda me fizeram esquecer as dúvidas e decepções. Uma noite, fui a um coquetel no Hotel Nacional. A grande atração seria o próprio Fidel. Suspense geral entre os convidados. Tudo ficava meio provisório, porque Fidel iria chegar. Lá pelas tantas, estou de costas para a porta e senti, como um vento, a chegada do comandante, cercado de seguranças, que entrou pela sala como um trem. Fidel foi cercado por todos, latinos, europeus, asiáticos. Uma amiga a meu lado fez uma crítica "fashion": "Uniforme de tergal, com esse verde horroroso... Tinha de ser de puro algodão, sei lá, outro verde..." Senti a crise do socialismo estampada naquele tergal barato.

Mas, tudo era pequeno diante da presença de Fidel. Era a materialização de um herói, como se Aquiles tivesse saído da "Ilíada" pra conversar comigo. Enfiei-me no grupo que o cercava e consegui chegar até bem perto dele.

"Comandante...ó..." - falei com firmeza. Fidel me olhou, sorriu e me deu a mão. Arfante, agarrei-lhe a mão e comecei a falar: "Soy de Brasil... y hago peliculas..." Mas o grupo de tietes era voraz e Fidel foi empurrado para o outro lado da sala. Firme em meu propósito, continuei agarrado em sua mão, enquanto ele respondia à pergunta de um asiático pigmeu chatíssimo falando do "bloqueio". Fidel jogava como um barco e eu ali, grudado, não largava sua mão. Lembro-me até hoje que sua mão era quente e larga, a palma generosa e macia.

Sua mão se aninhava confortavelmente na minha, enquanto eu tentava lhe falar. "Comandante"... - comecei de novo, gago de emoção. Fidel me olhou, vagando naquele mar de gente e eu, feito um náufrago da revolução, pressionava sua mão com vigor, sorrindo-lhe, fixando-me em seus olhos para ele me ouvir. Mas os tietes canalhas atrapalhavam.

Foi então que a mão de Fidel começou a sentir demais a presença da minha. Sua palma começou a estranhar aquele contato. O que fora uma irmanação política, fraternal de "companheiros", foi virando uma intimidade física, com as duas peles se colando. Uma finíssima camada de suor umedeceu a palma do comandante, pois se apagava a fina fronteira entre a amizade revolucionária e o perigo homossexual: dois homens ali de mãos dadas.

E a mão de Fidel começou a querer se livrar do firme aperto da minha. Ela tentou sair pela direita, pela esquerda, se contorceu, se apinhou em dedos juntos e foi se desprendendo da minha, que insistia no aperto emocionado. Eu lutava para não largar a palma do comandante, mas sua mão, cada vez mais sinuosa, impaciente, se apequenou e num esforço, quase um solavanco, conseguiu afinal se libertar da minha, enquanto o olhar espantado de Fidel cortou o meu olhar por um segundo.

"Será que é uma bicha brasileira, infiltrada?" - tenho certeza que ele pensou. Não, comandante, eu não era uma bicha; apenas um excomunista. Foi a única vez que vi Fidel. E sei que sua morte vai me fazer morrer um pouco.




Cuba já começou a festejar os 84 anos do líder da revolução comunista Fidel Castro, cujo aniversário será na sexta-feira (13), mas a festa durará três dias. Nesta quinta-feira (12), jovens cubanos dedicaram o Dia Internacional da Juventude, ao ex-presidente e à paz, informaram os organizadores.

"Com Fidel e pela paz" é o tema de concertos, lançamentos de livros, realização de murais, foros literários e coros infantis. Eles também são voltados para o perigo de uma guerra nuclear, alertada por Castro, ante um possível ataque dos Estados Unidos e Israel ao Irã.

O presidente da Associação Hermanos Saíz, Luis Morlote, um dos patrocinadores da jornada, falou sobre o objetivo dos eventos.

- Fomos convocados por Fidel a trabalhar para deter uma guerra nuclear de terríveis consequências para a humanidade. Devemos utilizar os meios a nosso alcance para mobilizar homens e mulheres de boa vontade em todo o mundo.

Há mais de uma década, as organizações juvenis realizam atividades culturais para festejar o aniversário do líder.

-Estas comemorações são traduzidas em mensagem de paz na voz de artistas e intelectuais cubanos de todas as idades, com a aspiração de que nosso chamado seja ouvido mais além de nossas fronteiras.


Jingle Bell... acabou o papel na ilha de Fidel...
Em Cuba há apenas um jornal, o Granma, que é uma publicação oficial. Ele é ansiosamente esperado pela população, mas não para a leitura das notícias distorcidas (todo governo com vocação para o totalitarismo odeia imprensa livre e só acha que exerce liberdade de imprensa quem lhe elogia; quem critica, é "antidemocrático". Há até quem queira fechar rádios, jornais, TV´s e revistas que não vivam a adular o salvador da pátria de plantão...).
É que o papel usado na impressão do Granma é bastante absorvente e suas cores não mancham o bumbum, o que faz com que seja muito apreciado seu uso como papel higiênico, que é artigo raro na ilha de Fidel. Há também quem use o livro de 300 páginas "Dicionário de Pensamentos de Fidel Castro" (dizem que dura três meses)...
Alguns dirão que a culpa é do embargo americano; eu digo que a culpa é da ditadura cubana, que fechou o país para o resto do mundo há décadas. Leia parte de uma reportagem de Duda Teixeira sobre o assunto:
"Uma única fábrica produz papel higiênico em Cuba, mas em quantidade insuficiente para a demanda. (...) Papel sanitário é apenas um item da lista de produtos de higiene escassos em Cuba. Por falta de sabonete, os cubanos tomam banho com sabão de coco. As mulheres cortam pedaços de toalha para servir de absorvente. Não há expectativa de melhora."

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