segunda-feira, 30 de agosto de 2010

ARTIGO DO JORNALISTA LUIZ BERTO...EDITOR DO JORNAL DA BESTA FUBANA PE........







Esse negócio de calor de campanha é pra quem gosta. Eu prefiro o calor de bacurinha.

Passei a maior parte da vida adulta longe do meu estado de nascença, Pernambuco, e isto me rendeu duas grandes benesses pra minha maneira de ser: num sou machista e não me deixo cegar por campanha política.

Quando completei a maioridade, tirei meu título de eleitor em Brasília, cidade onde, felizmente, não havia eleições. A cidade era muito bem administrada, não havia políticos e nem era necessário fazer abaixo-assinado pra trocar uma lâmpada na rua. Invoco o testemunho de Raimundo Floriano, meu parceiro, entre outros, durante inúmeras conversas que tivemos pra bendizer esta fato extraordinário.

Desgraçadamente, a Constituinte de 88, entre várias outras tragédias e bizarrias - como tabelar juros e impor a felicidade por decreto -, trouxe a praga da eleição para o Distrito Federal. E, desde então, tudo piorou sensivelmente na cidade, na cidadania e na vida pública do lugar. Surgiu até mesmo a mais corrupta de todas as assembléias existentes no Brasil e um coronel, Joaquim Roriz, que deixa pra trás, muito pra trás mesmo, a soma de todos os outros coronéis ladrões e safados de todas as outras regiões do país.

O fato é que passei muitos anos de minha vida adulta longe de campanhas e gozando da felicidade de não me tornar estúpido, cego ou fanático por partidos ou candidatos.

Depois que me aposentei, voltei pra minha terra e retomei o contato com estas duas pragas, o machismo e a paixão eleitoreira. Confesso que isso me deixa num tremendo desconforto.

Na editoração diária do JBF procuro me colocar acima da ojeriza que sinto por campanhas e, muitas vezes, fecho os olhos pra publicar o material que me enviam. Estou me referindo ao material pretensamente “sério” ou “ideológico”, pois o deboche e a gozação são partes integrantes do espírito desta gazeta da bixiga lixa. Sacanagens como a desta charge, serão muito bem vindas:



Acontece que, com a proximidade da eleição, o volume de mensagens contendo material de campanha aumentou assustadoramente. É facilmente detectável um batalhão de militantes profissionais de plantão, sobretudo da parte da candidata do governo, disparando ininterruptamente mensagens e contra propaganda. Da parte do moribundo candidato oposicionistas (e isto eu já falei aqui) a munição é pesadamente ideológica, com ataques perversos ao passado “guerrilheiro e terrorista” de Dilma.

Eu continuo dizendo e repetindo que Serra e Dilma são duas merdas, que seus eleitores são igualmente tabacudos e que a melhor consequência da próxima eleição é que nos veremos livres de uma vergonha nacional chamada Luiz Inácio. Qualquer coisa que vier após ele, certamente não irá jogar na lama, como foi jogada até agora, a liturgia do cargo mais importante do país.

Por mais que eu queira abrir as páginas do JBF e liberar este espaço democrático para todo tipo de manifestação, lamento informar que vou reduzir ao mínimo, ao mínimo absolutamente possível, a publicação de material de campanha. E qual o critério que vai ser usado? Ora, o meu critério. O critério do editor. O menino que é dono da bola num é quem escala os times pra bater pelada? Pois é. O critério é este.

Darei preferência à propaganda dos candidatos aos parlamentos, estaduais e federais. Só em casos bem avaliados e estudados, botarei no ar material da campanha presidencial. Terão preferências as gozações e as sacanagens, como esta contida no vídeo abaixo.

Não custa nada lembrar, insistir e ressaltar que nada tenho contra eleições e candidatos. Apoio integralmente a afirmação de Churchil dizendo que a “democracia é o pior sistema que existe; salvo todos os outros”. O que desejo é ver um dia eleições decentes e candidatos decentes. Mesmo assim, entre eleições bostosas como as nossas e eleição nenhuma como em Cuba, sou mais a pátria de Maluf, Sarney e Collor, pois a esperança é a última que morre e eu ainda creio que um dia as coisas mudarão.

Há poucos dias, atendendo ao pedido de um amigo particular, publiquei um poema engajado sobre a campanha a governador aqui do estado de Pernambuco. E um leitor postou um comentário que dizia:


“A Besta está esquentando e eu gostando!”

Pois eu repito: o único calor que me faz dizer “tô gostando” é o calor de bacurinha.

Com este time de candidatos e com este eleitorado brasileiro, eu prefiro apenas torcer pra que meus netos tenham a esperança de um dia viver num Brasil decente, livre da corrupção e “louvando o que bem merece”. Um Brasil onde não exista mais a jurisprudência lulo-petralha de que “posso fazer porque todo mundo fazia antes”.

Dr Bernardo Celestino Pimentel Diz:

30 agosto 2010 às 11:23
Meu querido PAPA BERTIUS I

Estou abismado com a eficiencia,a eficácia e a efetividade da VERDADE do seu artigo…era isso que eu sentia , mas não sabia dizer…
Seu artigo faz um grande BEM a esta nação ABANDONADA, que pelo VOTO DIRETO, VAI ESCOLHER O AUTORITARISMO…

Vida LONGA Meu papa…precisamos de VOSSA SANTIDADE.

PADRE CELESTINO PIMENTEL…NATAL.RN

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