sábado, 14 de agosto de 2010

DO SEGUNDO MAIOR COMPOSITOR DO BRASIL...ALDIR BLANC...

ENFIM UMA GRAVAÇÃO MOSTRANDO O AMBIENTE DA BOÉMIA CARIOCA...NO PIANO TOCA O MONSTRUOSO PIANISTA CRISTÓVÃO BASTOS,CANTAM ALDIR BLANC E JOÃO BOSCO,E O DIRETOR DA GRAVAÇÃO É TAMBÉM UM GRANDE COMPOSITOR:MOACIR LUZ...NO VIOLÃO TEMOS JOÃO LYRA, QUE É CHAMADO PARA TODAS AS GRAVAÇÕES...FUI APRESENTADO A JOÃO LYRA NO HOTEL PIRÃMIDE, EM NATAL ,PELO MEU AMIGO MINGO:O MAIOR PERCUSSIONISTA DO BRASIL, QUE APÓS TRABALHAR COM PAUL SIMON, NOS EUA, VEIO TRABALHAR COM FAGNER, POIS QUERIA ESTAR PERTO DE PONTA NEGRA, ONDE MORA A SUA MÃE, E DE FORTALEZA,ONDE MORA A ESPOSA, QUE ADMINISTRA A FUNDAÇÃO DE FAGNER. NESTA TURMA SOBRA TALENTO, POESIA E BOEMIA E, A ENZIMA GAMA GT,COM CERTEZA É MUITO ALTA.


Me Dá A Penúltima





Eu gosto quando alvorece

Porque parece que está anoitecendo
E gosto quando anoitece,que só vendo
Porque penso que alvorece
E então parece que eu pude
Mais uma vez,outra noite,
Reviver a juventude.

Todo boêmio é feliz
Porque quanto mais triste,mais se ilude.
Esse é o segredo de quem,como eu,vive na boemia:


Colocar no mesmo barco,realidade e poesia
Rindo da própria agonia,
Vivendo em paz ou sem paz
Pra mim tanto faz,
se é noite ou se é dia.

50 Anos
Paulinho da Viola
Composição: Aldir Blanc e Cristóvão Bastos


Eu vim aqui prestar contas
De poucos acertos
De erros sem fim
Eu tropecei tanto as tontas
Que acabei chegando no fundo de mim
O filme da vida não quer despedida
E me indica: ache a saída
E pede socorro onde a lua
Que encanta o alto do morro
Que gane que nem cachorro
Correndo atrás do momento que foi vivido
Venha de onde vier
Ninguém lembra porque quer
Eu beijo na boca de hoje
As lágrimas de outra mulher
Cinquenta anos são bodas de sangue
Casei com a inconstância e o prazer
Perdôo a todos, não peço desculpas
Foi isso que eu quis viver
Acolho o futuro de braços abertos
Citando Cartola:
- Eu fiz o que pude
Aos cinquenta anos
Insisto na juventude



Resposta Ao Tempo
Aldir Blanc
Batidas na porta da frente
é o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter
argumento
Mas fico sem jeito, calado
ele ri
Ele zomba de quanto eu chorei
porque sabe passar
e eu não sei

Num dia azul de verão sinto vento
há folhas no meu coração é o tempo
recordo um amor que eu perdi
ele ri
Diz que somos iguais
se eu notei
pois não sabe ficar
e eu também não sei

E gira em volta de mim
sussurra que apaga os caminhos
que amores terminam no escuro
sozinhos

Respondo que ele aprisiona,
eu liberto
Que ele adormece as paixões
e eu desperto
E o tempo se vai com inveja
de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
pra tentar reviver

No fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
me esquecer

Nenhum comentário:

Postar um comentário