domingo, 25 de abril de 2010

O Chôro...O DIA DO CHÔRO...


O Chôro é um Ritmmo genuinamente brasileiro...tudo começou com o LUNDUN, depois veio o Maxixe, e por fim o Samba...o chôro é uma mistura dos tres rítmos...

Alfredo da Rocha Vianna Jr. nasceu no dia 23 abril de 1897, no bairro da Piedade, Rio de Janeiro. Devido a uma informação errada dada pelo próprio, que era meio desligado, o ano de seu nascimento constava como 1898. Havia também um erro no nome de sua genitora.

Coube a Jacob do Bandolim, um de seus maiores amigos, a tarefa de desfazer os equívocos, conseguindo os seus dados corretos no registro de batizados da Igreja de Santana.

Pizinguim foi o seu primeiro apelido, segundo ele, dado por sua avó africana. Depois, por ter contraído bexiga, passaram a lhe chamar de bexiguinha e mais tarde, Pexinguinha. Ele mesmo não soube explicar como virou Pixinguinha.

Seu pai foi funcionário da Repartição Geral dos Telégrafos e músico. Dos seus treze irmãos, alguns também seguiram a carreira que ele abraçou antes de completar 15 anos de idade. Chegou a se apresentar em algumas casas de espetáculos ainda vestindo calça curta.

Mesmo estudando no Colégio São Bento, que era particular e primava pela rigidez, conseguia “queimar” algumas aulas para se dedicar ao cavaquinho, que logo foi trocado pela flauta. Fez algumas apresentações vestido com a farda do colégio.

Sua primeira composição – um choro de três partes - chamou-se Lata de Leite e foi feita quando ele tinha entre 11 e 12 anos. Seu pai Alfredo, nunca criou dificuldades para que ele seguisse a brilhante carreira de músico, iniciada com o primeiro emprego antes de completar 15 anos de idade. Depois de muito tempo tocando flauta, mudou para o saxofone.

Na sua biografia, escrita pelo jornalista e pesquisador Sérgio Cabral, aparecem algumas citações que justificam o porquê da grande veneração que todos os músicos e admiradores nutrem por esse gênio da música brasileira e maior expressão do choro.
Meu Caro Amigo
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque / Francis Hime
Meu caro amigo me perdoe, por favor
Se eu não lhe faço uma visita
Mas como agora apareceu um portador
Mando notícias nessa fita

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando e também sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu não pretendo provocar
Nem atiçar suas saudades
Mas acontece que não posso me furtar
A lhe contar as novidades

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

É pirueta pra cavar o ganha-pão
Que a gente vai cavando só de birra, só de sarro
E a gente vai fumando que, também, sem um cigarro
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu quis até telefonar
Mas a tarifa não tem graça
Eu ando aflito pra fazer você ficar
A par de tudo que se passa

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

Muita careta pra engolir a transação
E a gente tá engolindo cada sapo no caminho
E a gente vai se amando que, também, sem um carinho
Ninguém segura esse rojão

Meu caro amigo eu bem queria lhe escrever
Mas o correio andou arisco
Se me permitem, vou tentar lhe remeter
Notícias frescas nesse disco

Aqui na terra tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol

Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta

A Marieta manda um beijo para os seus
Um beijo na família, na Cecília e nas crianças
O Francis aproveita pra também mandar lembranças
A todo o pessoal
Adeus

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