Mario Quintana
Quintana, o poeta das coisas simples, nasceu em 1906, em Alegrete. E morreu em Porto Alegre em 1994.
Trabalhou na Editora Globo e no Correio do Povo. Traduziu mais de cem obras da literatura mundial. De Proust a Virgínia Woolf.
Em 1966, foi publicada sua Antologia Poética. Em 1980, recebeu o prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras – ABL. Candidatou-se três vezes à ABL. Sem êxito.
Fechemos a semana com o poema Esperança:
“Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E – ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
– Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
– O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…”.
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E – ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
– Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
– O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…”.
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