– Federico Garcia Lorca
Nascido na , em 1898, García Lorca estudou Direito em Granada. Em 1919, transferiu-se para Madrid. Na capital espanhola, tornou-se amigo do cineasta Luis Buñuel e do pintor Salvador Dali.
Publicou trabalhos sobre temas da Andaluzia (Impressões e Paisagens, 1918), sobre música e folclore regionais (Poemas do Canto Fundo, 1921-1922) e sobre ciganos (Romancero Gitano, 1928).
Visitou os Estados Unidos e Cuba, expressando desapreço pela cultura estadunidense. Manifestou essa visão crítica da civilização norte americana no poema Poeta em Nova Iorque, publicado em 1940. Professava ideias socialistas.
Chegou a pintar, compor e tocar piano. Como dramaturgo, Lorca trilhou o drama histórico antes de obter sucesso com a tragédia. As três tragédias passadas na Andaluzia, Bodas de Sangue (1933), Yerma (1934) e A Casa de Bernarda Alba (1936) asseguraram sua posição como grande dramaturgo.
Chegou a pintar, compor e tocar piano. Como dramaturgo, Lorca trilhou o drama histórico antes de obter sucesso com a tragédia. As três tragédias passadas na Andaluzia, Bodas de Sangue (1933), Yerma (1934) e A Casa de Bernarda Alba (1936) asseguraram sua posição como grande dramaturgo.
Morreu assassinado, em 1936, vítima da guerra civil espanhola.
Fechemos a semana com trecho de Este é o Prólogo:
“Deixaria neste livro
toda a minha alma.
este livro que viu
as paisagens comigo
e viveu horas santas.
toda a minha alma.
este livro que viu
as paisagens comigo
e viveu horas santas.
Que pena dos livros
que nos enchem as mãos
de rosas e de estrelas
e lentamente passam!
que nos enchem as mãos
de rosas e de estrelas
e lentamente passam!
Que tristeza tão funda
é olhar os retábulos
de dores e de penas
que um coração levanta!
é olhar os retábulos
de dores e de penas
que um coração levanta!
Ver passar os espectros
de vida que se apagam,
ver o homem desnudo
em Pégaso sem asas,
de vida que se apagam,
ver o homem desnudo
em Pégaso sem asas,
ver a vida e a morte,
a síntese do mundo,
que em espaços profundos
se olham e se abraçam.
a síntese do mundo,
que em espaços profundos
se olham e se abraçam.
Um livro de poesias
é o outono morto:
os versos são as folhas
negras em terras brancas,
é o outono morto:
os versos são as folhas
negras em terras brancas,
e a voz que os lê
é o sopro do vento
que lhes incute nos peitos
– entranháveis distâncias.
é o sopro do vento
que lhes incute nos peitos
– entranháveis distâncias.
O poeta é uma árvore
com frutos de tristeza
e com folhas murchas
de chorar o que ama.
com frutos de tristeza
e com folhas murchas
de chorar o que ama.
O poeta é o médium
da Natureza
que explica sua grandeza
por meio de palavras.”
da Natureza
que explica sua grandeza
por meio de palavras.”
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