sexta-feira, 24 de julho de 2015

AJUDADNDO A CARREGAR A CRUZ DOS OUTROS...POR BERNARDO CELESTINOM PIMENTEL



               Ontem pela manhã, ao sair da gosto de Pão da jaguararí, após tomar um lauto café,um rapaz muito gentil, com as feições dos meus filhos, suplicante, de uns 17 anos, me abordou,pedindo até desculpas por ter fome:Doutor um pão com manteiga é um e noventa,me dê um, pra eu tomar café...se o senhor não acreditar que eu compro, compre o senhor mesmo e me dê...É claro que eu dei o dinheiro,mas fiquei passado de pena...ainda hoje estou sofrendo...Jamais me acostumo com a injustiça do mundo...com a injustiça social,criada pelo próprio homem...tenho cinquenta e cinco anos,mas não perdí a capacidade de escutar os pobres...não perdí a capacidade de sofrer diante de certas cenas...é por isto que eu tenho tanto ódio de quem desvia dinheiro público...quero que Deus me leve, um dia antes,daquele dia que eu ficar indiferente a dor dos pobres...é a minha lei...é a minha questão.
Quem merece mais a nossa atenção, a nossa compreensão, a nossa ternura e o nosso respeito são os pobres... é esta a reflexão permanente da minha solidão, neste dialogo permanente que eu tenho com Deus.
A maior felicidade que tenho na vida é ter passado para os meus filhos o sentimento da caridade,que só poderia vir de Deus...Brena hoje é defensora pública em Mossoró,com certeza é uma prenda da vida ao lado dos pobres...a caridade é o outro lado do executivo e engenheiro Breno augusto...e Bruno Marcelo, meu médico, é a certeza de que:Depois de mim eu estarei presente...como minha mãe, que se perpetuou na vida até hoje,regulando os meus gestos e a minha consciência.Ainda hoje a escuto me tratando como em criança, e me saudando:BENADO TELETINO,BICHO DANADO... GOSTA DE TUDO O QUE EU GOSTO... era a sua síntese, para referir-se a afinidade que tínhamos por Deus, pela música, pelas letras, pela poesia, e pela caridade...para lembrar o nosso respeito aos dedos, e o nosso descaso com os anéis.
O ano passado,os alunos do curso de medicina que estavam no ambulatório do Hospital Onofre Lopes viram uma cena inusitada, numa consutlta médica atual...atendia a um Garí da Urbana, qua há anos tinha uma supuração perianal, e procurava uma solução...ao apertar a minha mão o senhor segurou-a e caiu num pranto...eu perguntei, por que tanto choro?ele respondeu , é a felicidade de estar diante do senhor...fiz tudo para fingir para os doutorandos que não estava chorando também...A ALMA ficou em prantos, e os olhos e a fala denunciaram...não consegui disfarçar...Em seguida, continuei segurando-lhe a mão, apertei-a fortemente,lhe passando pelo tato, a confiança, e a certeza que a minha inteligencia estava a sua disposição.Na sexta póxima,operei-o...problema resolvido.
Eu sou do povo como o Sol é do Luar... não de aparencias, MAS,INTRINSECAMENTE.

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