Paulo Mendes Campos
Paulo Mendes Campos nasceu em Belo Horizonte, em 1922. E encantou-se, no Rio, em 1992. Nos anos 1940, participou, em Belo Horizonte, da vida literária como integrante da geração mineira a que pertenceram Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino e Murilo Rubião.
Em 1945, vai para o Rio de Janeiro onde já estava morando o amigo mineiro Fernando Sabino e para onde depois também se mudarão Otto Lara Resende e Hélio Pellegrino. Colabora nos principais jornais cariocas.
Como tradutor de prosa e poesia, traduziu Júlio Verne, Oscar Wilde, John Ruskin, Jane Austen, Shakespeare, William Butler Yeats, C. S. Lewis, Charles Dickens, Gustave Flaubert, Guy de Maupassant, H. G. Wells, Pablo Neruda, Rosalía de Castro, Verlaine, T. S. Eliot, Emily Dickinson, James Joyce, Cummings, William Blake, Umberto Saba, Jorge Luis Borges.
Como poeta, publicou, entre outros livros, Domingo Azul do Mar, Diário da Tarde (poesia e crônicas),Trasumanas e Poemas.
Fechemos a semana com
Três coisas
“Não consigo entender
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo é muito comprido
A morte não tem sentido
Teu olhar me põe perdido
A morte não tem sentido
Teu olhar me põe perdido
Não consigo medir
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo
A morte
Teu olhar
O tempo, quando é que cessa?
A morte, quando começa?
Teu olhar, quando se expressa?
A morte, quando começa?
Teu olhar, quando se expressa?
Muito medo tenho
Do tempo
Da morte
De teu olhar
Do tempo
Da morte
De teu olhar
O tempo levanta o muro.
A morte será o escuro?
Em teu olhar me procuro.
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