Jorge de lima.
Queima-me Língua de Fogo!
Sopra depois sobre as achas incendiadas
e espalha-as pelo mundo
para que tua chama se propague !
Transforma-me em tuas brasas
para que eu queime também como tu queimas,
para que eu marque também como tu marcas !
Esfacela-me com tua tempestade,
Espírito violento e dulcíssimo,
e recompõe-me quando quiseres
e cega-me para que os prodígios de Deus se realizem,
e ilumina-me para que tua glória se irradie !
Espírito, tu que és a boca de todas as sentenças,
toca-me para que os meus irmãos desconhecidos
e longínquos e estranhos compreendam a minha fala
para todos os ouvidos que criares !
Exceder-me-ei em meus limites,
crescerei em todas as distâncias,
serei a palavra transcendente, a profecia,
A revelação e as realidades!
Devora-me, renova-me, ressurge-me
Em sua vontade criadora diante da morte e diante do nada!
Aguça a minha intuição,
Descansa em minhas pupilas,
Agita a minha lentidão,
Faze-me numeroso como tu,
Cobre todo o meu corpo de pálpebras
Que espreitem todas as latitudes e longitudes
E expectativas e anunciações e partos e concepções
E gerações e séculos de séculos!
Ressurgirei de todos os ventres e voarei no sentido
Da perpetuidade sobre as águas e sobre as terras!
Desata-me Espírito Paráclito! Corta os meus laços,
Sopra a terra que há sobre a minha sepultura!
Enche-me de tua verdade e sagra-me teu moderno apóstolo!
Amo como poeta a forma com que te apresentaste
À Assembléia do Cenáculo!
E sinto a tua presença,
A tua aproximação, a tua unção sobre minha alma!
Dá-me tua fecundidade sobrenatural,
Tua heroicidade, e tua luz!
Unge-me teu sacerdote, teu soldado, teu vinho, teu pão,
Tua semente, tuas perspectivas !
Espírito Paráclito, dedo da direita do Pai,
Soergue as minhas pálpebras descidas
E sopra sobre elas o teu hálito e tua essência!
Espírito Paráclito amo-te, com os meus cinco sentidos,
Com a minha imaginação, com a minha memória
E com os outros dons poéticos e proféticos.
E reconstitui dores
Que ultrapassam minha espessa matéria
E meu espírito translúcido!
Sou teu ramo de oliveira que trazes
Dos dilúvios constantes da humanidade
e cujo óleo ungirá os iguais e os desiguais do meu tamanho !
Espírito Paráclito, tu que és o único pássaro que desce
Sobre mim na minha noite untuosa,
Fura os meus olhos para que eu veja mais,
Para que eu penetre na unidade que tu és,
A liberdade que tu és,
A multiplicidade que tu és,
Para eu subir de minha pequenez e me abater em ti!
Sopra depois sobre as achas incendiadas
e espalha-as pelo mundo
para que tua chama se propague !
Transforma-me em tuas brasas
para que eu queime também como tu queimas,
para que eu marque também como tu marcas !
Esfacela-me com tua tempestade,
Espírito violento e dulcíssimo,
e recompõe-me quando quiseres
e cega-me para que os prodígios de Deus se realizem,
e ilumina-me para que tua glória se irradie !
Espírito, tu que és a boca de todas as sentenças,
toca-me para que os meus irmãos desconhecidos
e longínquos e estranhos compreendam a minha fala
para todos os ouvidos que criares !
Exceder-me-ei em meus limites,
crescerei em todas as distâncias,
serei a palavra transcendente, a profecia,
A revelação e as realidades!
Devora-me, renova-me, ressurge-me
Em sua vontade criadora diante da morte e diante do nada!
Aguça a minha intuição,
Descansa em minhas pupilas,
Agita a minha lentidão,
Faze-me numeroso como tu,
Cobre todo o meu corpo de pálpebras
Que espreitem todas as latitudes e longitudes
E expectativas e anunciações e partos e concepções
E gerações e séculos de séculos!
Ressurgirei de todos os ventres e voarei no sentido
Da perpetuidade sobre as águas e sobre as terras!
Desata-me Espírito Paráclito! Corta os meus laços,
Sopra a terra que há sobre a minha sepultura!
Enche-me de tua verdade e sagra-me teu moderno apóstolo!
Amo como poeta a forma com que te apresentaste
À Assembléia do Cenáculo!
E sinto a tua presença,
A tua aproximação, a tua unção sobre minha alma!
Dá-me tua fecundidade sobrenatural,
Tua heroicidade, e tua luz!
Unge-me teu sacerdote, teu soldado, teu vinho, teu pão,
Tua semente, tuas perspectivas !
Espírito Paráclito, dedo da direita do Pai,
Soergue as minhas pálpebras descidas
E sopra sobre elas o teu hálito e tua essência!
Espírito Paráclito amo-te, com os meus cinco sentidos,
Com a minha imaginação, com a minha memória
E com os outros dons poéticos e proféticos.
E reconstitui dores
Que ultrapassam minha espessa matéria
E meu espírito translúcido!
Sou teu ramo de oliveira que trazes
Dos dilúvios constantes da humanidade
e cujo óleo ungirá os iguais e os desiguais do meu tamanho !
Espírito Paráclito, tu que és o único pássaro que desce
Sobre mim na minha noite untuosa,
Fura os meus olhos para que eu veja mais,
Para que eu penetre na unidade que tu és,
A liberdade que tu és,
A multiplicidade que tu és,
Para eu subir de minha pequenez e me abater em ti!
Nenhum comentário:
Postar um comentário