domingo, 31 de maio de 2015

UM DIA DOS PAIS INESQUECÍVEL...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL




              Fustigado ainda pelas longas viagens,acordei com uma pessoa entrando no meu quarto...era o meu filho do meio, Breno Augusto, que falou:
          VIM DEIXAR O SEU PRESENTE PELO DIA DOS PAIS...TOME, É UMA RAQUETE DE TÉNIS...fiquei surpreso, eu, jogar ténis?
               Abrí a embalagem e me surpreendí com a qualidade do presente, material e espiritual:ERA UM CRISTO CRUCIFICADO...SEGUREI-O COM AS DUAS MÃOS, beijei os pés do Cristo,VIAJEI PARA DENTRO DE MIM E REFLETÍ, AGRADECÍ A DEUS,REPETÍ PABLO NERUDA:CONFESSO QUE VIVÍ...
               É MUITO GRATIFICANTE ser pai de um homem inteligente, um executivo com capacidade técnica e administrativa,engenheiro elétrico, com MBA da fundação Getúlio Vargas,atualmente fazendo MBA em adminstraçào de ENERGIA,um GESTOR DA COSERN, UM HOMEM QUE CAMINHA COM AS SUAS PRÓPRIAS PERNAS, DÍGNO E LONGE DOS CORRUPTOS,trazer no dia dos pais, JESUS CRISTO DE Presente...confesso que viví e sei que depois de mim eu vou estar presente...é o mesmo rio...
               eu não me enganei.

A SOLIDÃO DE NIESCH...



               “Querido amigo, Se não tenho falado com quase ninguém, isto não é um “silêncio arrogante” mas, ao contrário, um silêncio bastante humilde, de um sofredor envergonhado em revelar o quanto sofre. Um animal rasteja para seu esconderijo quando está doente, e assim também faz la bête philosophe. Quão raramente uma voz amiga chega até mim! Estou agora só, absurdamente só. E no curso de minha guerra subversiva contra todo o homem que até agora tem sido respeitado e amado, eu mesmo me tornei sem perceber uma espécie de esconderijo, algo oculto, que você não poderá mais achar mesmo se for até lá procurá-lo, mas é claro que ninguém o faz. Confidencio que não é impossível que eu seja o principal filósofo desta era, e mesmo um pouco mais que isso, algo decisivo e fatal permanecendo entre dois milênios. Alguém nesta singular posição é constantemente obrigado a pagar com uma crescente, ainda mais glacial e aguda solidão. Nossos amados alemães! Não obstante eu esteja agora em meu quadragésimo quinto ano e tenha publicado cerca de quinze livros, eles não apresentaram nem ao menos uma crítica minimamente decente de meus livros. Recorrem agora a expressões como “excêntrico”, “patológico”, “mentalmente perturbado”. E por anos nenhuma palavra de conforto, nem um pingo de sentimento humano, nem um alento de amor.”
Friedrich Nietzsche. Nice, 12 de Fevereiro de 1888: carta a Reinhart von Seydlitz.

sábado, 30 de maio de 2015

FERNANDO PESSOA...O MAIOR POETA DO MUNDO...

Fernando Pessoa
Pessoa
O mais universal dos poetas portugueses, Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em 1888 e morreu em 1935. Foi leitor de Milton, Shelley, Keats e Poe. Conheceu Baudelaire. Montou uma tipografia e entrou no jornal O Comércio como correspondente estrangeiro.
Escreveu sob algumas personalidades: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos. Sua educação britânica, permitiu contato com a língua e a literatura inglesa.
Sobre ele, José Paulo Cavalcanti Filho escreveu: “Em Lisboa, pude conversar com pessoas que o conheceram. Tocar, com os dedos, papéis escritos por ele. Visitar as casas onde morou. Em frente à escrivaninha do seu quarto, imaginar que o via escrever O Guardador de Rebanhos. No fundo, agora o percebo, queria sentir os limites de seu destino; e, a cada passo dessa viagem ao passado, era como se sua figura fosse ganhando matéria. Como se em cada canto, impressentidamente, começasse a escapar das sombras. Tanto que o vi, no Chiado, próximo à esquina da Livraria Bertrand. Amigos juram que não era ele, mas esses, coitados, nada conhecem de fantasmas”.
Fechemos a semana com trecho de O Guardador de Rebanhos:
“Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um por de sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.
E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita coisa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao por do sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora”.

 COMENTÁRIO DE BERNARDO CELESTINO PIMENTEL:

         O QUE EXISTE DE MAIS NOVO E COMPLETO SOBRE O GRANDE POETA PORTUGUÊS É O LIVRO DE JOSÉ PAULO CAVALCANTE FILHO....
          RECEBÍ O LIVRO ENVIADO POR SEDEX , PELO PRÓPRIO AUTOR...TAMBÉM BAIXEI PELO IPAD...
          O LIVRO CHAMA-SE:
FERNANDO PESSOA, QUASE UMA AUTOBIOGRAFIA...É PERFEITO E COMPLETO...

             SEGUNDO ZÉ PAULO, FERNADO PESSOA NÃO USAVA ADJETIVOS, MAS ABUSAVA DE ADVÉRBIOS...
             FOI UM POETA QUE FALAVA DELE MESMO COMO SE FOSSE OUTRA PESSOA...
E DIZIA: UM POETA NAÕ TEM BIOGRAFIA, POIS A SUA BIOGRAFIA É A SUA PRÓPRIA OBRA...

          AGRADEÇO DE CORAÇÃO AO ZÉ PAULO QUE ME HONROU COM O SEU PRESENTE, QUE TAMBEM VEIO ACOMPANHADO DE UM AUDIO LIVRO, NARRADO POR SILOS BOCANERA.
             CONHECÍ ZÉ PAULO EM DEZEMBRO ÚLTIMO, NO PARTAMENTO DO JORANALISTA LUIZ BERTO, OCASIÃO EM QUE TAMBÉM CONHECÍ JESSIER QUIRINO,MACIEL MELO, SANTANA, O CANTADOR, E MUITOS  OUTROS ARTISTAS ILUSTRE COMO IRAH CALDEIRA.
          O ENCONTRO FOI EM APIPUCOS, EM RECIFE.


JORNALISTA LUIZ BERTO  E ZÉ PAULO CAVALCANTE.


VIOLANTE PIMENTEL COM LUIZ BERTO E ZÉ PAULO.


CONVERSANDO COM CANTOR MACIEL MELO

ZÉ PAULO E A ESPOSA:DONA LETÍCIA
 UM BRINDE COM MACIEL MELO E O POETA XICO BEZERRA, O GRANDE COMPOSITOR DO NORDESTE...
COM O POETA JESSIER QUIRINO...


CANTANDO COM A FAMOSA IRAH CALDEIRA...

O POETA XICO BEZERRA E A ESPOSA

sexta-feira, 29 de maio de 2015

POETAS DO RN...VATE POPULAR: BOB MOTTA



PRUQUÊ FALO E ISCREVO QUI NEM 

MATUTO...

Literatura de Cordel
Autor: Bob Motta


N A T A L – R N
2 0 1 1


Tem gente, aí recramando,
do meu jeito de falá;
e da linguage matuta,
qui eu uso, ao decramá.
Aiguns diz qui é invenção,
qui o matuto meu irmão,
“errado” num fala mais;
quem pensa assim, dêsse jeito,
tá cum um grave defeito,
“disinfóimado demais”.
Meus irmão, meu “MATUTÊS”,
tá nais raíz duis povão,
nuis linguajá dais caatinga,
do matuto do sertão.
Qui herdô duis antepassado,
nais iscola duis roçado,
ixponho a todos vocêis;
e a fala, é, dona fulana,
da linguage “CAMONIANA”,
do Século dizesseis.
Derna duis “iscanchavó”,
já dizia Ludrugero,
qui uis colonizadô,
prá nossas brenha, truvéro.
A linguage qui lhes falo,
eu ixprico, sem abalo,
vem duis professô duis bons;
“CAMONIANA”, criança,
qué dizê qui vem de herança,
do Mestre Luiz de Camões.
Luiz de Camões, meus pôvo,
eu digo a todos vocêis,
nêsse meu verso matuto,
foi um vate portuguêis.
Vate qué dizê poeta,
numa linguage cumpreta,
mêia rim de intendê, de fato;
vem de um tempo munto longe.
Camões é o mêrmo CAMONGE,
Dais prosa e causo, do mato.
Você, tão “inteligente”,
qui nem matuto, in meu verso,
vô infóimá de uma coisa,
de dento dêsse universo.
O professô Clementino,
Câmara, seu minino,
um inlustre potiguá;
pesquisô, foi pionêro,
no Nordeste brasilêro,
disso qui eu vô lhe falá.
Foi in mil e novecentos;
o ano, foi trinta e dois.
In cada povoação,
a isso êle se dispôis.
Seu istudo foi cumpreto,
mais de trêis mil dialeto,
foi o qui êle incontrô;
pois cada povoação,
sigundo sua tradição,
uma linguage, criô.
Verbête, isso nem se fala!
Era tanta da palavra,
qui num tinha nuis iscrito,
do mestre, da sua lavra.
Cum meu véio chapéu de côro,
foi cavando êsse tisôro,
qui eu cheguei à cuncrusão;
qui eu tenho orgúio, in verdade,
da minha Universidade,
dais caatinga do sertão.
Na Facurdade do Mato,
eu aprindí, s’á minina,
o qui ninhuma ôta iscola,
dais cidade, nuis insina.
Aprindí sua linguage,
ais mintira, ais pabulage,
uis custume, ais tradição;
aprindí sê bom sujeito,
e a guardá dento do peito,
ais boa rescordação.
Preséivá, é necessáro,
mais uma vêiz, digo de nôvo.
Ais raíz, ais tradição,
é indentidade de um pôvo.
É essa, minha posição;
arresposto ao sabichão,
num fico in riba do muro;
o meu recado tá dado;
“quem num preséiva o passado,
num pode tê bom futuro”...
Autor: Roberto Coutinho da Motta
Pseudônimo Literário: Bob Motta
Da Academia de Trovas do RN.
Da Academia de Cordel do Vale do Paraíba.
Da União Bras. de Trovadores-UBT-RN.
Do Inst. Hist. e Geog. do RN.
Da Com. Norte-Riog. de Folclore.
Da União dos Cordelistas do RN-UNICODERN.
Da Ass. dos Poetas Populares do RN-AEPP.
Do Inst. Hist. e Geog. do Cariry-PB.
E-mail: bobmottapoeta@yahoo.com.br
Busca no Google: Bob Motta Poeta Matuto.

VATES DO POVO...





O MENINO QUE COMEU MOEDA
Zé Tomaz tinha um menino
Energético, espevitado;
Pense num gota malino,
Pimentinha, espritado!
No bucho já se previa
Que esse moleque seria
Serelepe até de mais.
Pra endoidar sua cuca
Inventou de butar Luca
O nome desse rapaz
O pobre de Zé Tomaz
Já andava atordoado
Com as astúcias do rapaz
Que ele tinha criado.
Era feito um bicho bruto
Num parava um minuto,
Nem ficava sossegado.
Um dia esse pestinha
No fim duma tardezinha
Deu-lhe um susto danado
Ele estava bem sentado,
Era tarde de domingo,
Em casa bem sossegado
Marcando um tal de bingo.
Quando assim de repente
Ouviu um grito estridente
Vindo lá duma sacada.
Ele foi espiá o que é
Era a gota da mulé
Que tava desesperada.
Tava muito assustada
Olha a lapa de oi!
Ele saiu em disparada
Pra reparar o que foi.
De longe viu a presepada;
Tava ela abaixada
E o menino obrando.
Diante daquela cena
Chega lhe dava pena
Ver o bichin s’acabando.
O póbe ia s’esticando
Que nem preá e mocó.
Ele ia só observando
Todo aquele brogodó.
O coitadín se espremia,
Butava força, gemia
Ficando enfraquecido.
Em meio ao labacé
Ele disse pra mulé:
- O bichín tá entupido!
O gota já envermeicido
Com o que lhe acontecia.
Zé Tomaz estarrecido
Via aquela agonia.
Aqui, acolá, se levantava.
Tomava ar, se abaixava
Pra terminar o serviço.
Um pouquín que se buliu
Do fevereiro saiu
Um bicho preto e ruliço.
Em meio ao rebuliço
A mulé com artimanha
Percebeu que no serviço
Tinha uma coisa estranha.
Pra ter ciência dos fato
Que nem instinto de gato
Resolveu escavar.
E mexendo no mondrondo
Um troço feio e redondo
Ela veio a encontrar.
E butou pra lhe mostrar
Lá no chão, o tal negóço
Zé também foi a espiar
Com detailhe aquele troço.
Nisso pro chão se abaixou,
Do bicho se aproximou
Pra fazer especulação
Naquele troco esquisito.
E igualzinho a um perito
Começou a acareação
A mulé tinha na mão
Um objeto pontudo,
Zé deu-lhe um cutucão
Pegou o troço com tudo.
E já muito agastado
Butava o bicho dum lado…
Para melhor compreender
Que boba aquilo seria.
Por mais que se mexia
Tava difícil saber
Que gota podia ser
Aquele estranho objeto!
Que ousou em aparecer
No pequenino dejeto!
E em meio à confusão
Foi reparando no chão
Pra ver s’a coisa entendia
Nisso pegou um cacete
Foi mexendo no tolete
Para ver o que seria.
Foi uma grande agonia,
Um aperrêi tão imenso.
Zé Tomaz se enraivecia
Já tava ficando denso.
Como um valente potó
Mexeu no brogodó
Num instatín entendeu
Que aquela coisa chata
Foi uma pequena prata
Que o pestinha comeu.

GANDHI...




               Quando Gandhi estudava Direito na Universidade de Londres tinha um professor chamado Peters, que não gostava dele, mas Gandhi não baixava a cabeça.
Um dia o prof. estava comendo no refeitório e sentaram-se juntos.
O prof. disse: 
- Sr. Gandhi, você sabe que um porco e um pássaro não comem juntos?

Ok, Prof..... Já estou voando...... e foi para outra mesa.
O prof. aborrecido resolve vingar-se no exame seguinte, mas ele responde, brilhantemente, todas as perguntas.
Então resolve fazer a seguinte pergunta:
- Sr. Gandhi,
indo o Sr. por uma rua e encontrando uma bolsa, abre-a e encontra a Sabedoria e um pacote com muito dinheiro.
Com qual deles ficava?
Gandhi respondeu....
- Claro que com o dinheiro, Prof.!
- Ah! Pois eu no seu lugar Gandhi, ficaria com a sabedoria.
- Tem razão prof, cada um ficaria com o que não tem!
O prof. furioso escreveu na prova "IDIOTA" e lhe entregou.
Gandhi recebeu a prova, leu e voltou:
E disse...
- Prof. o Sr. assinou a prova, mas não deu a nota!
😂😂😂
Moral da historia.
Semeie a Paz, Amor, compreensão. Mas trate com firmeza quem te trata com desprezo. Ser gentil não é ser capacho, nem saco de pancadas...

quinta-feira, 28 de maio de 2015

POETAS DO RN...



31 de MAIO (Arthunio Maux - 1963)


Quando os sinos tocarem a Ave-Maria
E o incenso no altar se expandir,
Quando o primor das almas o amor sentir
E as vozes chegarem ao fim do dia...
Quando vier a tarde e o campanário
Tanger os sons na tua janela,
E vires a expressão - daquela
Que é a mãe de Jesus; tão solitário
........................................................
Se tudo aquilo que eu te disse outrora,
Se esqueceres de quem canta e de quem chora,
Se não lembrares mais os versos meus...
No mesmo altar onde vi um sonho imenso,
Quando tocar o sino e perfumar o incenso...
Rasga os meus versos, pelo AMOR DE DEUS!

quarta-feira, 27 de maio de 2015

PESQUISANDO CULTURA...

FRASES REVELAM O TEMPERAMENTO TRANSGRESSOR DE HILDA HILST
“Você nunca conhecer realmente as pessoas. O ser humano é mesmo o mais imprevisível dos animais.”
“Vontade de não dar sentido algum às coisas, as palavras e à própria vida. Assim como é a vida na realidade ausente de sentido.”
“Conta-se que havia na China uma mulher belíssima que enlouquecia de amor todos os homens. Mas certa vez caiu nas profundezas de um lago e assustou os peixes.”
“Te amo ainda que isso te fulmine ou que um soco na minha cara me faça menos osso e mais verdade.”
“A vida é crua. Faminta como bico de corvos. E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima, olho d’água, bebida. A vida é líquida.”
“Se te pareço noturna
e imperfeita
Olha-me de novo.
Porque esta noite
Olhei-me a mim,
como se tu me olhasses
E era como se a água
Desejasse…”
“Alguns doutos em ciência descobriram que quanto maior o intestino, mais mítico o indivíduo. E quem mais mítico que Deus?
Grande Intestino, orai por nós.”
“Eu sempre me fascinei com o matemático indiano Srinivasa Ramanujan. Ele dizia que para resolver seus intricados teoremas era movido apenas pela beleza das equações.
Na poesia também é assim. É uma espécie de exercício do não-dizer, mas que nos dilata de beleza quando acabamos de ler um poema.”
“Como se te perdesse nos trens, nas estações
Ou contornando um círculo de águas
Removente ave, assim te somo a mim:
De redes e de anseios inundada.”
“E no entanto, refaço minhas asas cada dia. E no entanto, invento amor como as crianças inventam alegria…”
“Há sonhos que devem ser ressonhados, projetos que não podem ser esquecidos…”
“Se você é coerente consigo mesmo, o resto é suportável. Eu suporto.”
“Como se a água ficasse
A um dedo da minha boca
E todo deserto à volta
Me segurasse.”
“A verdadeira revolução é a santidade.”
hilda_hilst
Hilda Hilst (1930-2004) foi uma poeta, ficcionista, cronista e dramaturga brasileira. É reconhecida, quase pela unanimidade da crítica especializada, como uma das maiores escritoras em língua portuguesa portuguesa do século XX. Distinguida por vários de nossos mais importantes prêmios literários, presente em numerosas antologias de ficção e poesia, há muito seu nome está incluído nos dicionários de autores brasileiros brasileiros contemporâneos.

terça-feira, 26 de maio de 2015

NA BOCA DO POVO...





DO EVANGELHO DE JOÃO: O DIABO É O PAI DA MENTIRA...





4 Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira.

A POESIA DE CARLOS PENA FILHO...



SONETO DAS DEFINIÇÕES – 

Carlos Pena Filho


Não falarei de coisas, mas de inventos
e de pacientes buscas no esquisito.
Em breve, chegarei à cor do grito,
à música das cores e do vento.
Multiplicar-me-ei em mil cinzentos
(desta maneira, lúcido, me evito)
e a estes pés cansados de granito
saberei transformar em cataventos.
Daí, o meu desprezo a jogos claros
e nunca comparados ou medidos
como estes meus, ilógicos, mas raros.
Daí também, a enorme divergência
entre os dias e os jogos, divertidos
e feitos de beleza e improcedência.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

A POESIA DE MANUEL BANDEIRA...

MANUEL-BANDEIRA.JPG
          O poeta pernambucano Manuel Bandeira nasceu no Recife, em 1886, e morreu no Rio de Janeiro, em 1968.
Bandeira fez parte da geração de 1922, que deflagrou a Semana de Arte Moderna. Seu poema, Os Sapos, constituiu uma das referências da reunião.
Entre 1913 e 1914, esteve na Suíça para tratar de tuberculose, onde conheceu o poeta francês, Paul Éluard. Professor do Colégio Pedro II, no Rio, elegeu-se para a Academia Brasileira de Letras, em 1943.
É reconhecido como uma das primeiras expressões da moderna poesia nacional. Sem perder profundo senso de lirismo que permeia sua obra. É como se buscasse afogar certa angústia vital na liberdade de descrever o cotidiano da vida.
Provincial, na Evocação do Recife, lidou com o feminino e o erótico em Libertinagem. Alcança a maturidade emEstrela da Vida Inteira, na qual o local e o universal fundem-se em síntese poética atemporal.
Fechemos a semana com Pasárgada:
“Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
— Lá sou amigo do rei —
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada”.




O Bicho

Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem.

domingo, 24 de maio de 2015

CANTIGA POR LUCIANA...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL...






               CANTIGA POR LUCIANA..
.MÚSICA DE PAULINHO TAPAJÓS QUE OGÍRIO CAVALCANTE TOCAVA NO COMERCIAL ATLÉTICO CLUB...NOVA CRUZ RN
OGÍRIO ERA UMA ORQUESTRA DE CAMPINA GRANDE QUE OS NOVA CRUZENSES ADORAVAM...ELE ERA CEGO E TOCAVA ORGÃO...O IRMÃO TAMBÉM CEGO...BAIXISTA...
NO INÍCIO DA FESTA, A NOIVA DE OGÍRIO ERA A SUA GUIA E O DEIXAVA DE FRENTE AO INSTRUMENTO...ELE TATEAVA OS TECLADOS E SE SENTAVA E TOME SHOW...SUA NOIVA ERA A CANTORA DA ORQUESTRA:BONITA, MEIGA ,SIMPÁTICA E CANTAVA LINDO...O CLUB DESABAVA QUANDO ELA CANTAVA :LUCIANA...
ESTA MÚSICA FOI IMORTALIZADA, NO BRASIL, POR EVINHA DO TRIO ESPERANÇA, QUE HOJE MORA NA FRANÇA E CASOU COM EXCELENTE MAESTRO FRANCÊS...O CITADO MAESTRO COMPÔS UMA DAS MÚSICAS MAIS LINDAS DO SÉCULO PASSADO: FEMME, QUE O TRIO ESPERANÇA GRAVOU NO SEU CD Á CAPELA...ESTA CANÇÃO SÓ PODE SER COMPARADA A JOÃO E MARIA DE SIVUCA E CHICO BUARQUE.





Ô Femme
Michel Fugain & Trio Esperança

Ô femme,
Comment tiens-tu encore debout,
Debout depuis l'éternité des larmes,
Quand moi je suis presque à genoux ?

{Refrain:}
Toutes ces guerres
A refaire
Chaque jour
Font le lit
De ma nuit
Sans retour,
Dis, quel est le secret de ton âme,
Dis-moi, ô femme ?

Amour, amour, amour
Est plus fort,
Amour, amour, amour
Tue la mort !
Comme une pierre défie le feu,
Je dois tenir, tenir pour deux,
Pour que tu sèmes d'autres siècles
Dans mon ventre

Amour, amour,
Toi, tu es le sel
Et moi la terre
Il nous reste des hommes à faire

{au Refrain}

Amor, amor, amor
E'tao forte
Amor, amor, amor
Cala a dor
Eu vivo hoje, para depois
Devo lutar, lutar por dois
Pra que semmes outras eras
No meu ventre

Amor, amor, amor,
Tu es o sal
Eu sou a terra
Nosso barro os homens gera

Ô femme,
Comment tiens-tu encore debout,
Debout depuis l'éternité des larmes,
Quand moi je suis presque à genoux ?

Amor, amor, amor
E'tao forte
Amor, amor, amor
Cala a dor

Mulher,
E como estas assim de pee,
Assim de pe'na eterna dor de ser
Quando eu estou quase a morer ?

Toi tu es le sel
Et moi la terre
Il nous reste des hommes à faire.




UMA PARÁBOLA...




Oásis


Conta uma popular lenda do Oriente que um jovem chegou à beira de um oásis junto a um povoado e, aproximando-se de um velho, perguntou-lhe:
– Que tipo de pessoa vive neste lugar ?
– Que tipo de pessoa vivia no lugar de onde você vem ? – perguntou por sua vez o ancião.
– Oh, um grupo de egoístas e malvados – replicou o rapaz – estou satisfeito de haver saído de lá.
– A mesma coisa você haverá de encontrar por aqui –replicou o velho.
No mesmo dia, um outro jovem se acercou do oásis para beber água e vendo o ancião perguntou-lhe:
– Que tipo de pessoa vive por aqui?
O velho respondeu com a mesma pergunta: – Que tipo de pessoa vive no lugar de onde você vem?
O rapaz respondeu: – Um magnífico grupo de pessoas, amigas, honestas, hospitaleiras. Fiquei muito triste por ter de deixá-las.
– O mesmo encontrará por aqui – respondeu o ancião.
Um homem que havia escutado as duas conversas perguntou ao velho:
– Como é possível dar respostas tão diferente à mesma pergunta?
Ao que o velho respondeu :
– Cada um carrega no seu coração o ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares por onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrará aqui, porque, na verdade, a nossa atitude mental é a única coisa na nossa vida sobre a qual podemos manter controle absoluto.

sábado, 23 de maio de 2015

PARA NÃO ESQUECER...


A POESIA DE JORGE DE LIMA...



Espírito Paráclito

Jorge de lima.


Queima-me Língua de Fogo!
Sopra depois sobre as achas incendiadas
e espalha-as pelo mundo
para que tua chama se propague !
Transforma-me em tuas brasas
para que eu queime também como tu queimas,
para que eu marque também como tu marcas !
Esfacela-me com tua tempestade,
Espírito violento e dulcíssimo,
e recompõe-me quando quiseres
e cega-me para que os prodígios de Deus se realizem,
e ilumina-me para que tua glória se irradie !
Espírito, tu que és a boca de todas as sentenças,
toca-me para que os meus irmãos desconhecidos
e longínquos e estranhos compreendam a minha fala
para todos os ouvidos que criares !
Exceder-me-ei em meus limites,
crescerei em todas as distâncias,
serei a palavra transcendente, a profecia,
A revelação e as realidades!
Devora-me, renova-me, ressurge-me
Em sua vontade criadora diante da morte e diante do nada!
Aguça a minha intuição,
Descansa em minhas pupilas,
Agita a minha lentidão,
Faze-me numeroso como tu,
Cobre todo o meu corpo de pálpebras
Que espreitem todas as latitudes e longitudes
E expectativas e anunciações e partos e concepções
E gerações e séculos de séculos!
Ressurgirei de todos os ventres e voarei no sentido
Da perpetuidade sobre as águas e sobre as terras!
Desata-me Espírito Paráclito! Corta os meus laços,
Sopra a terra que há sobre a minha sepultura!
Enche-me de tua verdade e sagra-me teu moderno apóstolo!
Amo como poeta a forma com que te apresentaste
À Assembléia do Cenáculo!
E sinto a tua presença,
A tua aproximação, a tua unção sobre minha alma!
Dá-me tua fecundidade sobrenatural,
Tua heroicidade, e tua luz!
Unge-me teu sacerdote, teu soldado, teu vinho, teu pão,
Tua semente, tuas perspectivas !
Espírito Paráclito, dedo da direita do Pai,
Soergue as minhas pálpebras descidas
E sopra sobre elas o teu hálito e tua essência!
Espírito Paráclito amo-te, com os meus cinco sentidos,
Com a minha imaginação, com a minha memória
E com os outros dons poéticos e proféticos.
E reconstitui dores
Que ultrapassam minha espessa matéria
E meu espírito translúcido!
Sou teu ramo de oliveira que trazes
Dos dilúvios constantes da humanidade
e cujo óleo ungirá os iguais e os desiguais do meu tamanho !
Espírito Paráclito, tu que és o único pássaro que desce
Sobre mim na minha noite untuosa,
Fura os meus olhos para que eu veja mais,
Para que eu penetre na unidade que tu és,
A liberdade que tu és,
A multiplicidade que tu és,
Para eu subir de minha pequenez e me abater em ti!

sexta-feira, 22 de maio de 2015

DIA DE SANTA RITA DE CÁSSIA...

Resultado de imagem para FOTO DE SANT ARITA PADRE CELESTINO PIMENTEL

          HERDEI á devoção que minha mãe tinha a Santa Rita de Cássia...

          Santa Rita das causas impossiveis...nunca me arrependí...
contei a vida toda com a minha querida protetora...a minha procuradora na Procuradoria do céu...
          Muito obrigado Santa Rita por todos os milagres... por atender prontamente os meus aflitos chamados...a minha eterna devoção e gratidão.