sábado, 21 de março de 2015

FILOSOFIA: OSHO...


Hoje, 21 de março, celebramos o dia da 

iluminação de Osho. Para muitos isso 

pode soar estranho, pois no ocidente não 

temos esse conceito de “iluminação” -- 

arealização do ser em sua plenitude, 

quando todos os medos, todas as 

defesas 

desaparecem e as fronteiras se 

dissolvem, 

acabando a separação entre você e o 

Todo.


Intelectualmente podemos até entender

que não somos separados do Todo, que

somos “um” com Ele. Mas a simples

compreensão intelectual não faz com que

vivamos existencialmente essa realidade.

Para que possamos atingir essa

realização

suprema é preciso perder todos os

medos, abandonar as defesas e ser capaz

de se entregar ao fluxo da Existência.


O ponto é que, para isso, o ego tem de se

dissolver, pois ego é sinônimo de

separação. Ego é medo -- surge com o

senso de separação que experimentamos

logo após o período de fusão/simbiose

com a mãe após os primeiros meses de

vida.

 Começamos, a partir daí, a temer

não


receber o que precisamos, a lutar para ter 

aquilo sem o qual não podemos viver.


Nasce a apreensão e perdemos a

confiança básica de que receberemos

tudo o que precisarmos. Começamos a

sentir desproteção, medo, inseguros

quanto ao que pode vir.


Vamos então construindo nossa estrutura

de defesa – o ego – para lidar com um

mundo instável, não confiável. Essa

armadura de defesa, baseada no medo e

na desconfiança, vai se consolidando

com

o tempo e crescemos sem a possibilidade

de confiar na vida, de relaxar, de se

entregar ao fluxo, de deixar acontecer.


Amedrontados, precavidos não

permitimos o desenrolar natural do

processo da vida, não deixamos que a

natureza, através de nós, tome o seu

próprio curso, pois na verdade não nos

sentimos parte dela, não nos

experienciamos como parte do universo,

mas como seres isolados, sozinhos,

separados, pequenos, deixados à própria

sorte, com falta ou deficiência de

capacidades. Temos medo de errar, de

sermos controlados, de sermos

dominados. Tememos o fracasso, a

rejeição, a invasão, a traição, o abandono.


E no ocidente acreditamos que essa é a

condição humana natural e que o que

precisamos é aprender a conviver

“saudavelmente” com a falta.


No oriente tem-se uma outra

compreensão: a falta não é inerente.



Podemos realizar a plenitude, viver na

plenitude. Quando o ego vai embora, vai

com todos os medos, as defesas. E o

senso de separação se dissolve.


A essa condição se dá o nome de “estado

búdico”. Você se torna um buda, alguém

que chegou à realização suprema.


No ocidente acreditamos que Jesus foi o

único ser realizado; ele seria, então, o

único buda já existente.


Já no oriente muitos “budas” são

conhecidos: o Buda Gautama, Lao-Tsé,

Mahavira, Lao Tzu, Bodhidharma,

Ramakrishna, Joshu, Ma-Tsu, Nansen,

Kabir, etc.


E o que todos eles dizem é que cada um

de nós é um buda em potencial e que o

nosso destino é um dia realizar esse

potencial.


Não existe “um Único Filho de Deus”.

Todos somos “filhos” -- manifestações

singulares da Existência -- e o que

precisamos é reganhar a confiança e

voltarmos a nos sentir unos com Ela, não

separados, sem medo, fluidos, naturais e,

finalmente, bem-aventurados.


Osho é um buda de nosso tempo. Sua

sabedoria, claridade e humor têm tocado

as vidas de milhões de pessoas à volta do

mundo, criando as condições para a

emergência do que ele chama de “O Novo

Homem” – um tipo qualitativamente novo

de ser humano, consciente, afirmativo da

vida e livre.


De acordo com Osho, as tradições

espirituais do passado criaram uma

profunda divisão dentro do indivíduo,

refletida em todas as instituições da

sociedade. Seu trabalho é curar essa

divisão, restaurando a unidade entre

material e espiritual, profano e sagrado.


Sua mensagem para o nosso tempo é:


“Esta é uma crise muito grande. Se

tomarmos o desafio, esta é uma

oportunidade para criar o novo..... vocês

estão vivendo em uma das mais belas

eras - porque o velho está

desaparecendo... e um caos é criado. E é

só a partir do caos que grandes estrelas

nascem.


Vocês têm a oportunidade de criar um

novo Cosmos. Esta é uma oportunidade



que só acontece de vez em quando -

muito

rara. Vocês têm sorte de estarem vivos



nestes momentos críticos.


Usem a oportunidade de criar o novo

homem. E para criar o novo homem,

vocês

têm que começar consigo mesmos.


O novo homem será um místico, um

poeta, um cientista - todos ao mesmo

tempo. Quando um homem é todos os

três

juntos, ele é um todo. Esse é o meu

conceito de um homem santo.


O velho homem era repressivo, agressivo.

O velho estava fadado a ser agressivo,

porque a repressão sempre traz a

agressão. O novo homem será

espontâneo, criativo. O velho homem

viveu ideologias; o novo homem não

viverá através de ideologias, não viverá

através de moralidades, mas através da

consciência.


Ele será responsável - responsável por si

mesmo e pela existência."






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