Hoje, 21 de março, celebramos o dia da
iluminação de Osho. Para muitos isso
pode soar estranho, pois no ocidente não
temos esse conceito de “iluminação” --
arealização do ser em sua plenitude,
quando todos os medos, todas as
defesas
desaparecem e as fronteiras se
dissolvem,
acabando a separação entre você e o
Todo.
iluminação de Osho. Para muitos isso
pode soar estranho, pois no ocidente não
temos esse conceito de “iluminação” --
arealização do ser em sua plenitude,
quando todos os medos, todas as
defesas
desaparecem e as fronteiras se
dissolvem,
acabando a separação entre você e o
Todo.
Intelectualmente podemos até entender
que não somos separados do Todo, que
somos “um” com Ele. Mas a simples
compreensão intelectual não faz com que
vivamos existencialmente essa realidade.
Para que possamos atingir essa
realização
suprema é preciso perder todos os
medos, abandonar as defesas e ser capaz
de se entregar ao fluxo da Existência.
O ponto é que, para isso, o ego tem de se
dissolver, pois ego é sinônimo de
separação. Ego é medo -- surge com o
senso de separação que experimentamos
logo após o período de fusão/simbiose
com a mãe após os primeiros meses de
vida.
Começamos, a partir daí, a temer
não
aquilo sem o qual não podemos viver.
Nasce a apreensão e perdemos a
confiança básica de que receberemos
tudo o que precisarmos. Começamos a
sentir desproteção, medo, inseguros
quanto ao que pode vir.
Vamos então construindo nossa estrutura
de defesa – o ego – para lidar com um
mundo instável, não confiável. Essa
armadura de defesa, baseada no medo e
na desconfiança, vai se consolidando
com
o tempo e crescemos sem a possibilidade
de confiar na vida, de relaxar, de se
entregar ao fluxo, de deixar acontecer.
Amedrontados, precavidos não
permitimos o desenrolar natural do
processo da vida, não deixamos que a
natureza, através de nós, tome o seu
próprio curso, pois na verdade não nos
sentimos parte dela, não nos
experienciamos como parte do universo,
mas como seres isolados, sozinhos,
separados, pequenos, deixados à própria
sorte, com falta ou deficiência de
capacidades. Temos medo de errar, de
sermos controlados, de sermos
dominados. Tememos o fracasso, a
rejeição, a invasão, a traição, o abandono.
E no ocidente acreditamos que essa é a
condição humana natural e que o que
precisamos é aprender a conviver
“saudavelmente” com a falta.
No oriente tem-se uma outra
compreensão: a falta não é inerente.
Podemos realizar a plenitude, viver na
plenitude. Quando o ego vai embora, vai
com todos os medos, as defesas. E o
senso de separação se dissolve.
A essa condição se dá o nome de “estado
búdico”. Você se torna um buda, alguém
que chegou à realização suprema.
No ocidente acreditamos que Jesus foi o
único ser realizado; ele seria, então, o
único buda já existente.
Já no oriente muitos “budas” são
conhecidos: o Buda Gautama, Lao-Tsé,
Mahavira, Lao Tzu, Bodhidharma,
Ramakrishna, Joshu, Ma-Tsu, Nansen,
Kabir, etc.
E o que todos eles dizem é que cada um
de nós é um buda em potencial e que o
nosso destino é um dia realizar esse
potencial.
Não existe “um Único Filho de Deus”.
Todos somos “filhos” -- manifestações
singulares da Existência -- e o que
precisamos é reganhar a confiança e
voltarmos a nos sentir unos com Ela, não
separados, sem medo, fluidos, naturais e,
finalmente, bem-aventurados.
Osho é um buda de nosso tempo. Sua
sabedoria, claridade e humor têm tocado
as vidas de milhões de pessoas à volta do
mundo, criando as condições para a
emergência do que ele chama de “O Novo
Homem” – um tipo qualitativamente novo
de ser humano, consciente, afirmativo da
vida e livre.
De acordo com Osho, as tradições
espirituais do passado criaram uma
profunda divisão dentro do indivíduo,
refletida em todas as instituições da
sociedade. Seu trabalho é curar essa
divisão, restaurando a unidade entre
material e espiritual, profano e sagrado.
Sua mensagem para o nosso tempo é:
“Esta é uma crise muito grande. Se
tomarmos o desafio, esta é uma
oportunidade para criar o novo..... vocês
estão vivendo em uma das mais belas
eras - porque o velho está
desaparecendo... e um caos é criado. E é
só a partir do caos que grandes estrelas
nascem.
Vocês têm a oportunidade de criar um
novo Cosmos. Esta é uma oportunidade
que só acontece de vez em quando -
muito
rara. Vocês têm sorte de estarem vivos
nestes momentos críticos.
Usem a oportunidade de criar o novo
homem. E para criar o novo homem,
vocês
têm que começar consigo mesmos.
O novo homem será um místico, um
poeta, um cientista - todos ao mesmo
tempo. Quando um homem é todos os
três
juntos, ele é um todo. Esse é o meu
conceito de um homem santo.
O velho homem era repressivo, agressivo.
O velho estava fadado a ser agressivo,
porque a repressão sempre traz a
agressão. O novo homem será
espontâneo, criativo. O velho homem
viveu ideologias; o novo homem não
viverá através de ideologias, não viverá
através de moralidades, mas através da
consciência.
Ele será responsável - responsável por si
mesmo e pela existência."
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