A’ MINHA ESTRELLA – Anna Lima
A minha estrella pallida e branca,
Mesmo d’ausencia no cháos medonho,
Aos pesadelos minh’alma arranca
E meiga e doce, saudosa e branca,
Brilha em meus sonhos, brilha em meu sonho.
Mesmo d’ausencia no cháos medonho,
Aos pesadelos minh’alma arranca
E meiga e doce, saudosa e branca,
Brilha em meus sonhos, brilha em meu sonho.
E’ muito triste na minha edade,
Nos dias claros de sol mais puro,
Soffrer saudades e mais saudades…
Sem ver a estrella branca da tarde,
Phanal querido do meu futuro!
Nos dias claros de sol mais puro,
Soffrer saudades e mais saudades…
Sem ver a estrella branca da tarde,
Phanal querido do meu futuro!
Ah! se nas noites de insomnia fria
Surgisse triste, mas sem desmaio,
Na minha vida de nostalgia…
Bem como outr’ora me apparecia
Todas as tardes do mez de Maio!
Surgisse triste, mas sem desmaio,
Na minha vida de nostalgia…
Bem como outr’ora me apparecia
Todas as tardes do mez de Maio!
Porque fugiste do azul que eterno
Brilha nas côres lá do arrebol?
Porque deixaste meu céo mais terno?
Foram as nuvens do frio inverno
Que te nublaram, meu lindo sol?
Brilha nas côres lá do arrebol?
Porque deixaste meu céo mais terno?
Foram as nuvens do frio inverno
Que te nublaram, meu lindo sol?
Vem, minha estrella, trazer-me a palma
Dos sonhos de ouro no azul dispersos!
Das tardes claras eu quero a calma
Para a minh’alma, para a minha’alma,
Para os meus versos, para os meus versos.
Dos sonhos de ouro no azul dispersos!
Das tardes claras eu quero a calma
Para a minh’alma, para a minha’alma,
Para os meus versos, para os meus versos.
Natal – 1900
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