terça-feira, 24 de março de 2015

A POESIA DE AUGUSTO DOS ANJOS...



“As cismas do destino
I
Recife, Ponte Buarque de Macedo.
Eu, indo em direção à casa do Agra,
Assombrado com minha sombra magra,
Pensava no destino e tinha medo!
Na austera abóbada alta o fósforo alvo
Das estrelas luzia… O calçamento
Sáxeo, de asfalto rijo, atro e vidrento,
Copiava a polidez de um crânio alvo.
Lembro-me bem. A ponte era comprida,
E a minha sombra enorme enchia a ponte,
Como uma pele de rinoceronte
Estendida por toda a minha vida! (…)”

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