A ONÇA E O BODE...E RECEITA PARA ARMAR O BONECO...POR BERNARDO CELESTINO PIMENTEL.
ESTOU publicando,um folheto, que já tinha visto a estória, no meu livro de leitura do curso primário...desde criança, no Ginásio Nossa Senhora do Carmo, em Nova Cruz, eu já conhecia esta estória...é muito interessante...TRATA do que a gente perde,somente pelo medo de perder...
Mas , falando de bode, VOCÊ já viu duas coisas que se afronte tão bem, como boca de bode...se diz muito este ditado:DEU CERTINHO COMO BOCA DE BODE...quando duas coisas se complementam... a oclusão do bode é perfeita...
SOU UM HOMEM QUE APRECIO A CARNE DO BODE E DO CARNEIRO...nunca vi nada mais afrodisíaco...reforça a armação do boneco...não é atoa que se diz ,do cabra namorador:FULANO É UM BODE...
FALAVA muito sobre o poder da carne de bode , nos plantòes do WALFREDO GURGEL, e o meu ex-aluno SÉRGIO VARELA, o melhor buco facial do estado, ficava rindo...
tempos depois, ME ENCONTRO COM Sérgio e ele diz:professor, HOJE O MEU FREEZER VIVE CHEIO DE CARNE DE BODE E CARNEIRO...O SENHOR TEM RAZÃO...um homem que frequentemente come bode e carneiro, tem outro desempenho.
SE BEM QUE ,OS VELHOS SEMPRE FALAM:PRA CAVALO VELHO O REMÉDIO É CAPIM NOVO...
uma médica de tanto escutar isto do marido revidou :E PRA CERCA VELHA, O REMÉDIO É VARA NOVA.
HOJE ESTE ASSUNTO FOI RESOLVIDO...
QUANDO INVENTARAM O REVOLVER TRINTA E OITO, NOEL ROSA FALOU:OS HOMENS ESTÃO NIVELADOS COM O TRINTA E OITO...COM UM REVOLVER NA MÃO,O FRANZINO É IGUAL AO GIGANTE...
EM 2OOO, EU PARAFRASEEI NOEL: COM O VIAGRA, O GAROTO E O VELHO FICAM NIVELADOS... ARMAM O BONECO, COM AS MESMAS CHANCES...
MAS AGORA, ME LEMBREI DE JACKSON DO PANDEIRO, falando de MACHÃO...DIZIA QUE EM CAMPINA GRANDE,existia um valentão, que dava em todo mundo, desacatava, era um terror... seu nome era SEVERINO GARRAFÃO,parrudo, 1.80m...Certo dia,um homem franzino, pouquinho,1.60m, acordou com o diabo no couro,E DESACATOU-O...deu uma surra em garrafão,que ficou somente o projeto, humilhado....a partir daí, mudaram o seu nome...passou a ser chamado de TUBO DE PENICILINA...
MAS AGORA, VOU MANDAR BEATA IR NA FEIRA DE SANTO ANTONIO,COMPRAR CARNEIRO...
HOJE É SÁBADO,os bares vÃo ficar repletos de homens vazios,dizia Vinicius...
HOJE O DIA É DE MÚSICA,PISCINA , VINHO E CARNEIRO...
HOJE EU ENXERGAREI A POESIA COM ÓCULOS DE GRAU COLOCADOS NA ALMA...
BEIJOS PARA TODOS.
de tudo o que eu falo e escrevo, O MAIS IMPORTANTE É VIVER.
Um folheto de José Costa Leite
A ONÇA E O BODE
Uma pobre onça vivia
em uma mata deserta
dormindo ali, acolá
não tinha morada certa
exposta a chuva e o vento
cochilando no relento
sem travesseiro ou coberta.
Certa vez a onça estava
pensando na sua vida
havia chovido a noite
ela estava enfraquecida
com fome e toda molhada
além disso, resfriada
pois se molhou na dormida.
A onça disse consigo:
“Isso assim não fica bem
vivo por dentro dos matos
sofrendo como ninguém
nunca pude preparar
uma casa pra morar
e quase todo bicho tem”.
E esse plano na mente
pegou idealizar
dizendo assim: Quando chove
eu só falto me acabar
se Deus do céu me valer
brevemente eu vou fazer
uma casa pra morar.
Na ribanceira dum rio
viu o canto apropriado
a onça limpou o terreno
deixando tudo ciscado
resolveu ir descansar
pra depois de recomeçar
quando passasse o enfado.
Acontece que o bode
teve o mesmo pensamento
disse: Eu durmo no mato
passo a noite no relento
exposto a muitos perigos
a sanha dos inimigos
sujeito a chuva e o vento.
- Eu vou cuidar em fazer
uma casa pra morar
quando estiver chovendo
eu tenho aonde ficar
fazendo inveja aos demais
pois todos os animais
zombar vendo eu me molhar.
Na ribanceira dum rio
achou um lugar varrido
o bode disse: Eu aqui
farei o meu lar querido
aqui ninguém me aperreia
o rio dando uma cheia
eu estarei garantido.
Cortou madeira no mato
e cavou na mesma hora
os buracos dos esteios
já com a língua de fora
cansado de trabalhar
resolveu ir descansar
tomou banho e foi embora.
A onça chegando viu
o trabalho prosperando
disse assim: É Deus do céu
que está me ajudando
cortou folhas de palmeira
trabalhou a tarde inteira
e foi-se embora cantando.
O bode chegando achou
o serviço quase no fim
disse: “Parece que Deus
está ajudando a mim
pegou tapar o mocambo
trabalhou que ficou bambo
plantou até um jardim”.
Tomou banho e foi embora
e quando a onça chegou
botou portas no mocambo
e o que faltava tapou
cortou folhas de palmeira
fez na base de uma esteira
forrou tudo e se deitou.
O bode chegando teve
uma alegria danada
já viu a casa com portas
porém não foi caçoada
foi chegando perto dela
e quando olhou da janela
avistou a onça deitada.
E quando o bode falou
a onça disse que tinha
feito a casa pra morar
pois sofrendo muito vinha
porém o bode na hora
disse: Minha não senhora
porque esta casa é minha.
A onça disse: Eu limpei
o canto e fui descansar
o bode disse: Eu cortei
a madeira e fui cavar
os buracos dos esteios
assim por todos os meios
nela sou quem vou morar.
A onça disse: Eu cortei
palmeira e cobri ela
o bode disse: Eu tapei
e fiz o jardim perto dela
disse a onça: Eu vou caçar
pois eu não quero brigar
só sei que vou morar nela.
O bode ficou deitado
e a onça foi caçar
lá ela matou um bode
e trouxe para jantar
o outro bode, coitado
vendo seu irmão sangrando
deu vontade de chorar.
A onça disse ao bode:
- Quando me ver pinotear
é que está chegando em mim
a vontade de brigar
da minha casa eu não saio
e de fome sei que não caio
todo dia irei caçar.
Disse ao bode: Quando eu
ficar de pé, espirrando
pinoteando bem alto
e a barba balançando
estou rosnento e voraz
pior do que Satanás
é bom ir se preparando.
Na caçada o bode viu
uma onça pendurada
tinha caído no laço
ele matou-a de pancada
chegou em casa com ela
a onça vendo a irmã dela
ficou toda arrepiada.
Fez um churrasco da onça
e comeu que ficou deitado
depois pegou espirrar
dando salto agigantado
com a barba balançando
deitando e se levantando
com o maior bodejado.
A onça com medo dele
também pegou pinotear
para dizer que estava
com vontade de brigar
nos dois pés se levantou
mas o bode nem ligou
e danou-se pra espirrar.
O bode de cara feia
ficou perto da janela
pra pinotear e correr
antes do fim da novela
ela estava no pagode
era com medo do bode
e o bode com medo dela.
O bode espirrou de novo
fez um grande bodejado
a onça saltou no terreiro
e entrou no mato fechado
o bode correu também
no mato inda hoje tem
o mocambo abandonado”.