terça-feira, 25 de outubro de 2011

UMA HISTÓRIA DE PAPAGAIOS...


“A senhora Iris ganhara duas papagaias de presente. Acontece que as aves foram criadas na zona, no baixo meretrício. No convívio com as “meninas”, logo dominaram um linguajar vulgar. Obsceno.
Puritana, Iris se envergonhava com o palavreado chulo das papagaias. Arrependida, procurou o padre para desabafar. Pedir solução.
_ Padre, disse Iris, vivo num dilema. Ganhei duas papagaias, gosto delas, mais elas me envergonham. Só falam safadeza. Cantam todo mundo que se aproxima do poleiro. Estou até encabulada para lhe dizer o que elas falam.
O Padre, para encorajar Iris, falou.
_ Minha filha. Não tem problema. Por mais que pequem, as aves são inocentes. Não sabem o que dizem.
_ Mas, Padre, respondeu Iris. Elas só sabem falar assim: Olá, somos putas. Vamos fazer amor?
Indignado com a baixaria das papagaias, o reverendo respondeu.
_ Eu tenho uma solução. Traga suas aves para a casa paroquial. Lá, tenho dois papagaios, aos quais, desde novinhos, ensinei a rezar. Passam o dia rezando. Numa boa. Tenho até pena deles, coitadinhos!
No entanto, assim que as duplas ficaram juntas num mesmo cantinho, as fêmeas lascaram o verbo. Repetiram a sábia frase.
_ Olá, somos putas. Vamos fazer amor?
Ao ouvir a cantada, um dos machos não se conteve e mandou brasa.
_ Irmão, joga o terço fora, malandro. Nossas preces foram ouvidas.”

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