quarta-feira, 12 de outubro de 2011

OLAVO BILAC...O QUE OUVIA AS ESTRELAS...


"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso.' " E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: - Tresloucado amigo.'
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo? "

E eu vos direi.- "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas."


Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac ou simplesmente Olavo Bilac

Olavo Bilac nasceu no Rio de Janeiro, em dezembro de 1865, na rua Uruguaiana. Filho do cirurgião do Exército Brás Martins dos Guimarães Bilac e de Delfina Belmira dos Guimarães Bilac.

Quando Bilac nasceu seu pai estava na Guerra do Paraguai, só retomando em 1870, quando o filho já estava com 5 anos.
Foi estudante de medicina até o quinto ano, tendo ingressado na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro com apenas quinze anos, através de autorização especial, partindo em seguida para São Paulo a fim de estudar Direito, que também não concluiu. Como o fascínio pelas letras foi mais forte, Bilac abandonou os estudos para seguir a carreira literária e jornalística. Por essa razão, teve de romper com o pai que desejava vê-lo formado médico, conduzindo-o para um futuro estável.

Como homem de letras, começou colaborando com alguns jornais do Rio: Gazeta Acadêmica (primeiros versos), Gazeta de Noticias (primeiro soneto) e Diário de Noticias. Em São Paulo, colaborou no Diário Mercantil e na Vida Semanária.

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