segunda-feira, 10 de outubro de 2011
A ARTE II...
Pintura - Os Quatro Elementos: Ar (1566)
Há quem ache a pintura clássica ou acadêmica maçante; para esses trago hoje um presente à altura de seus queixumes: Giuseppe Arcimboldo, nascido em Milão, no ano de 1527, filho de um pintor que trabalhava na Fabbrica, o conjunto de oficinas responsáveis pela construção do Duomo de Milão.
Ele é o autor dos desenhos para os vitrais da bela catedral milanesa, incluindo o que conta a história de Santa Catarina de Alexandria. Trabalhou também nos afrescos da catedral de Monza e foi quem desenhou o cartão da imensa tapeçaria que pode ser vista na catedral de Como.
Foi tão bem sucedido nessas empreitadas que chamou a atenção de poderosas cortes europeias.
Em 1562, foi contratado, como retratista, pela corte do rei habsburgo, Fernando I, em Viena; mais tarde foi para Praga, onde serviu na mesma função aos reis Maximiliano II e seu filho Rodolfo II. Era, comprovadamente, um excelente pintor acadêmico.
Mas nesta semana falaremos da assombrosa e rica imaginação do talentoso Arcimboldo que deixou obra sem igual, “Os Quatro Elementos” e “As Quatro Estações”.
Focaremos exclusivamente esses “capricci”, ou fantasias, que é como ficaram conhecidos seus mais célebres trabalhos. Como tenho cinco dias, escolhi os quatro elementos e uma estação do ano, o outono.
De tão extravagantes, essas telas levaram alguns críticos apressados a julgá-lo mentalmente desequilibrado.
Chocantes? Surpreendentes? Talvez, mas, sobretudo, pintados por alguém que dominava seu ofício como poucos.
Óleo sobre prancha de madeira, 67 x 52 cm
Acervo Kunsthistorisches Museum, Gemäldegalerie, Viena
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