Lí no Jornal da Besta fubana de Recife ,uma carta endereçada a mim, pelo meu colega de turma,Pedroza, grande Ortopedista desta cidade...estou transcrevendo-a com prazer...escreva sempre, amigo...
Meu caro amigo e colega, PADRE BERNARDO CELESTINO PIMENTEL
Foi com muita satisfação que descobri na internet o JBF.
Estou enviando uma crônica sobre o recente acontecimento envolvendo o jogador de futebol Adriano, endeusado e idolatrado pelos cronistas esportivos da Rede Globo.
Esta crônica foi publicada no Recanto das Letras, da UOL, no dia 09/03/10.
Um grande abraço
BRIGA DO IMPERADOR COM A NAMORADA
No final de semana que passou os aficionados pelo futebol, mais especificamente os torcedores do Flamengo, tiveram uma grande decepção: Adriano não compareceu para a partida contra o Resende. A causa foi logo revelada: ele brigara com a namorada Joana Machado. O assunto foi noticia dos jornais do Brasil e da Europa. Apesar do alto salário pago ao jogador, a diretoria do time compreendeu o drama vivido por Adriano e o perdoou.
Se ele for convocado para jogar na copa do mundo, na África, Dunga deverá se precaver, dando apoio especial ao jogador. E se Joana Machado resolver assistir aos jogos na África, terá que ser convocado para integrar a comitiva da seleção brasileira conselheiros sentimentais e apartadores de brigas.
Vocês já pensaram se essa moda pega? O que poderia acontecer com um funcionário qualquer, que recebe apenas um salário mínimo, que exagerasse na bebida num final de semana, brigasse com a mulher e resolvesse faltar ao expediente no dia seguinte? Certamente ele receberia uma carta de advertência, uma suspensão ou, talvez, até a demissão. E se o nosso presidente Lula, por motivos semelhantes, tivesse um desentendimento com Dona Marisa e resolvesse não trabalhar, ficando aborrecido na Granja do Torto. Os jornais, com certeza, estampariam as manchetes: “Presidente Lula briga com Marisa e fica no Torto” ou “ Lula briga com Marisa e falta reunião da ONU”. No entanto, isso seria muito difícil de ocorrer num regime democrático.
Não podemos esquecer que Adriano é “O Imperador”, conforme os cronistas esportivos do Brasil. E quando se trata de monarquia a coisa é diferente. Ao monarca tudo é permitido.
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